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Empresários goianos destacam apoio do Governo de Goiás nas negociações com executivos chineses

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Na China, comitiva de empresários goianos estreita relacionamento com representantes do mercado chinês

Eles ressaltam importância de canal de diálogo aberto pelo Executivo goiano com investidores da China. Missão comercial chefiada pelo vice-governador termina nesta quinta-feira (22/06). No segundo semestre governador Ronaldo Caiado oficializa, naquele país, parcerias cujos termos foram discutidos previamente por Daniel Vilela

Na reta final da missão comercial à China, líderes empresariais e de entidades de classe destacam a importância da interlocução do Governo de Goiás para a abertura de canais de negociação com executivos, industriais e investidores chineses. Afirmam que a já consolidada relação diplomática entre o estado e o país asiático facilitou diálogos e gerou oportunidades que beneficiam de micro à grandes empresas goianas.

“Tivemos aqui na China conversas extraordinárias que vão resultar na importação, por parte deles, de mais produtos goianos. Em contrapartida, exportarão para nós novos artefatos que vão incrementar nossa linha de produção”, celebrou o empresário e presidente executivo da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial), Edwal Portilho. “Vamos ‘copiar’ as excelentes iniciativas que vimos por aqui e agregar mais valor aos nossos produtos”.

“Esta missão, liderada pelo vice-governador Daniel Vilela, nos deu a chance de evoluirmos, ainda mais, nesta parceria Goiás/China. A boa diplomacia só nos favorece”, acrescentou Portilho. Em 2022, para se ter ideia da dimensão desta relação, o mercado chinês respondeu por cerca de 46% de tudo que o estado vendeu para o exterior.

Presidente da Associação Comercial e Industrial do Estado de Goiás (Acieg), Rubens Fileti disse que ao organizar a missão comercial, o governo goiano “abriu portas” e foi “fundamental” para que os empresários “fizessem conexões” com seus pares chineses. “Foi uma agenda puxada, com muitos compromissos, visitas técnicas e reuniões em fábricas e indústrias, mas muito proveitosa”, ressaltou.

“Tivemos acesso a processos tecnológicos e nos reunimos com potenciais fornecedores graças ao respeito que Goiás tem aqui. A receptividade foi algo incomparável. Os chineses foram solícitos, estão abertos e em busca de novas matérias-primas”, relatou Nicolas Canevaroli, do Grupo Canevaroli, que atua na área de saneamento.

Além de participarem de audiências conduzidas pelo vice-governador Daniel Vilela com autoridades das províncias de Henan, Hebei e Shandong para formatar acordos comerciais, tecnológicos, diplomáticos e tratados de cooperação, os empresários goianos também tiveram compromissos exclusivos que foram articulados pelo Governo de Goiás.

Na terça-feira (20/06), por exemplo, encontraram-se com executivos de Xangai na sede do consulado brasileiro. Em outros dias, participaram de rodadas de negócios nas cidades de Beijing, Zhengzhou e Langfang – com destaque para esta última, onde foram recebidos na maior feira mundial de logística, inovação e tecnologia. Já nesta quarta-feira (21/06), também em Xangai, estarão com representantes chineses dos setores farmacoquímico e de mineração, além de terem reuniões com empresários do ramo de alimentos.

A missão do Governo de Goiás à China, que também marca três décadas de relações comerciais com aquele país, encerra-se oficialmente nesta quinta-feira (22/06). Ainda este ano o governador Ronaldo Caiado desembarca em território chinês para oficializar parcerias cujos termos foram discutidos previamente nesta viagem comandada por Daniel Vilela.

Fotos: Bruno Farias / Vice-Governadoria – Governo de Goiás

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Brasil lidera diálogos sobre integridade da informação e regulação de plataformas

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Evento paralelo ao G20 apresentou desafios do mundo digital, como a desinformação e o discurso de ódio, e propôs soluções para o enfrentamento global

O Brasil integra o grupo que lidera uma iniciativa global para promover a integridade da informação e enfrentar a desinformação e o discurso de ódio no mundo. Nesta semana, o país protagonizou este debate e reuniu, em São Paulo, especialistas, autoridades e líderes globais para dialogar, além de propor caminhos para educação midiática, regulação do mercado de serviços digitais e proteção de eleições e instituições públicas.

O encontro, nos dias 30 de abril e 1º de maio, em São Paulo, foi promovido pelo Grupo de Trabalho de Economia Digital do G20, sob o tema “Integridade da Informação e Confiança no Ambiente Digital”. O Brasil é a sede do G20 em 2024 e o evento paralelo enfatizou discussões multilaterais que, atualmente, estão tendo lugar no âmbito da ONU, da Unesco e da OCDE.

“Acreditamos que a desinformação e o discurso de ódio afetam o exercício pleno de direitos individuais e coletivos. O enfrentamento à desinformação e ao discurso de ódio fortalece a liberdade de expressão, porque promove o acesso à informação para o conjunto da sociedade e protege o direito de expressão de grupos minorizados”, afirmou o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta.

Para ele, o G20 é um espaço privilegiado para abordar a questão. O ministro afirmou que as Nações Unidas e a Unesco já estão “gestando a proposta” — que deve reunir coletivos internacionais de pesquisadores, como a Rede de Conhecimento Global, o Observatório da Informação e Democracia e o Painel Internacional sobre o Ambiente Informacional, assim como outras agências do Sistema ONU envolvidas no enfrentamento das mudanças climáticas.

REGULAÇÃO — Pimenta assegurou que o Brasil seguirá pautando globalmente a urgência pela regulação “democrática” das plataformas. O chefe da Comunicação do governo ressaltou que as grandes empresas do setor precisam ter mais responsabilidade para garantir que o ambiente digital não seja usado para a disseminação de conteúdos ilegais.

“A regulação deve ser equilibrada para promover e garantir a liberdade de expressão ao mesmo tempo em que protege outros direitos fundamentais dos cidadãos. Entendemos que a União Europeia e o Reino Unido são referências de legislação recente que vão nessa direção e devem inspirar os debates globais”, declarou.

O ministro Silvio Almeida (Direitos Humanos e Cidadania) fez coro com o titular da Secom e enfatizou a urgência da regulação. “Não existe liberdade sem responsabilidade”, resumiu, apontando para a necessidade de mediação institucional para garantir soberania e democracia. O ministro destacou que o ódio e a violência não são fenômenos novos, mas assumem significados distintos ao longo do tempo.

Almeida definiu a atual era de desinformação e polarização como “alarmante”, especialmente em função do comportamento das empresas de mídias sociais. Alertou que a falta de regulação alimenta o caos e a desordem, proporcionando terreno fértil para extremistas e criminosos.

“Se não agirmos agora para discutir e implementar medidas sérias contra a desinformação, estaremos entregando o futuro nas mãos daqueles que combatemos. Precisamos entender a necessidade de responsabilização para evitar um futuro sombrio. A história está em nossas mãos e não podemos nos omitir”, argumentou o ministro.

REUNIÕES BILATERAIS — O ministro Pimenta aproveitou o evento paralelo ao G20 para realizar encontros bilaterais sobre melhores práticas para conteúdos patrocinados nas redes sociais; ações de combate à desinformação no ambiente online; e medidas para a regulação das plataformas digitais. Em cada oportunidade, enfatizou a determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para construir parcerias internacionais, citando desafios para combater a desinformação no país — a exemplo da queda na cobertura vacinal no Brasil, resultante da disseminação de informações falsas contra as vacinas.

O ministro esteve com representantes de empresas para discutir a possibilidade de uma agenda conjunta para promover a integridade da informação em ações publicitárias no ambiente digital. Afirmou a vontade de contar com as entidades para a promoção de melhores práticas nos setores público e privado, bem como para buscar uma com foco em eficiência e demandar ação mais enérgica das plataformas para combater anúncios de estelionato e fraude nas redes, principalmente aqueles que usam políticas do Governo Federal para atrair atenção dos cidadãos.

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