Geral
Naturatins participa de oficina de revisão do Plano de Ação Nacional do pato-mergulhão
O Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) participou da oficina de revisão do segundo ciclo do Plano de Ação Nacional (PAN) do pato-mergulhão, que teve o objetivo de avaliar, em nível nacional, as ações realizadas ao longo do ano de 2022 em prol da conservação da espécie.
O evento ocorreu em Brasília, na sede do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e contou com a participação de instituições e pesquisadores parceiros no desenvolvimento de ações.
O Naturatins foi representado pelo inspetor de Recursos Naturais, o biólogo Marcelo Barbosa, que apresentou as ações desenvolvidas em 2022 na região do Jalapão, onde a espécie vive principalmente em áreas localizadas nos limites e entorno da Unidade de Conservação (UC) que formam o mosaico de UC’s do Jalapão. “Os principais resultados mostrados foram um censo da espécie realizado ao longo do Rio Novo e ações de manejo de ninhos. A partir dessa oficina foram definidos os próximos passos a serem seguidos, inclusive com a construção e elaboração do terceiro ciclo do PAN para os próximos anos”, afirmou o biólogo.
Mais sobre o pato-mergulhão
Em 2018, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) a Portaria nº 79 que reconhece o pato-mergulhão (Mergus octosetaceus) como símbolo das águas brasileiras. O pato-mergulhão necessita de águas muito limpas para viver, servindo como um indicador biológico da qualidade das águas.
É classificada como uma das aves mais ameaçadas das américas e uma das mais raras do mundo, inclusive sendo considerada extinta entre os anos de 1940 e 1950.
Atualmente conhecida apenas no Brasil, há registros confirmados em três localidades: região da Serra da Canastra -MG, na Chapada dos Veadeiros – GO e Jalapão- TO. Habita os cursos d’água que formam as bacias hidrográficas do São Francisco e Tocantins. No Paraguai e na Argentina, a espécie não é encontrada há mais de 10 anos.
Por ser uma espécie com requerimento de habitat muito específico, o pato-mergulhão é pouco tolerante a impactos e perturbações no ambiente. A principal ameaça à espécie é a degradação do seu habitat. Toda e qualquer atividade que provoque alterações hidrológicas nos rios e modificações no habitat ou na estrutura da paisagem, por menores que sejam, podem inviabilizar a sobrevivência da espécie em uma determinada área.
O ICMBio é responsável pelo desenvolvimento e implantação dos Planos de Ação Nacional para a Conservação das Espécies Ameaçadas de Extinção ou do Patrimônio Espeleológico (PANs), que identificam e orientam ações prioritárias de preservação.
Desde 2017, está em vigor o 2º Ciclo do PAN do pato-mergulhão, cujo responsável é o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave). Além disso, o PAN conta com a participação de um grupo de assessoramento técnico (GAT) formado por órgãos do governo e instituições não-governamentais. (Fonte: ICMBio)
Fonte: Governo TO
Geral
Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha
Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.
A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.
Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.
Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.
Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.
Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.
ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.
“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.
NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:
Balanço de atendimentos
- Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
- Equipes volantes: 548
- Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
- Remoções aéreas: 25
- Atendimentos psicossociais: 22
Força de trabalho:
- 134 profissionais em atuação;
- 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
- 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
- 62 profissionais no HCamp;
- 19 profissionais de gestão;
- 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)
Recursos aplicados:
- Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
- Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
- Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
- Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
- Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.
IMUNOGLOBULINA — O Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.
Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.
“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.
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