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PM fica ferido durante ação policial na Cracolândia, em SP

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Um policial militar ficou ferido na perna após uma ação policial ter sido desencadeada na tarde de hoje (15) na Avenida Rio Branco, centro da capital paulista, um dos locais de São Paulo onde há fluxo de usuários de drogas.

Segundo a Polícia Militar, o agente levou um tiro na perna durante uma abordagem policial que ocorreu entre a Avenida Rio Branco e a Rua dos Gusmões, um dos pontos onde se aglomeram usuários da antiga Cracolândia, que agora está dispersada por vários locais da capital. A PM não informou de onde partiu o tiro e disse que isso será objeto de investigação. 

A ação policial na região ocorre um dia após vídeos que mostram pessoas sendo roubadas na Avenida Rio Branco terem viralizado nas redes sociais. Os vídeos mostram motoristas sendo atacados e roubados quando pararam no semáforo do cruzamento entre a Avenida Rio Branco e a Rua dos Gusmões.

Um dos motoristas, que teve o seu celular roubado, chegou a sair do carro para correr atrás do bandido. Enquanto ele corre, o vídeo mostra um outro bandido chegando próximo ao seu carro ainda aberto e lhe furtando a mochila. O bandido que furtou a mochila, de 19 anos, foi reconhecido e preso ontem (14) pela Polícia Militar.

Operação

Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), nesta quinta-feira foi realizada a Operação Mobile e sete pessoas foram presas por envolvimento em roubos e furtos no centro da capital. Seis foram autuados em flagrante por receptação e um foi detido por furto e receptação. Dois dos presos foram liberados após o pagamento de fiança.

A secretaria informou que 15 celulares foram recuperados durante a operação e encaminhados ao Instituto de Criminalística. “A Polícia Civil vem realizando ações diariamente de combate e prevenção a todas as modalidades de crimes, principalmente os patrimoniais, no centro da capital. Uma delas é a Operação Mobile, cujo objetivo é coibir roubos e furtos de celulares”, diz a nota da SSP.

De acordo com a secretaria, só neste ano, entre janeiro e novembro, a ação resultou na apreensão de mais de 11 mil celulares roubados ou furtados e a prisão de 231 pessoas envolvidas nesse tipo de crime.

Cracolândia

A Cracolândia era uma região no centro da capital paulista ocupada por usuários e dependentes de drogas. Durante 30 anos, a Cracolândia ficava no entorno da Praça Júlio Prestes, na região da Luz, no centro da capital. Em março deste ano, os usuários migraram para a Praça Princesa Isabel e permaneceram nesse local até maio, quando foi realizada uma grande operação policial que terminou com a morte de um homem

A partir daí, o fluxo se dispersou pela região central da capital. Desde então, as operações policiais têm sido frequentes para continuar dispersando os usuários que tentam se concentrar em alguma rua central.

A polícia e o governo paulista defendem que a dispersão facilita a abordagem aos usuários. Especialistas, no entanto, têm criticado as operações policiais, dizendo que elas não resolvem o problema e ainda prejudicam o trabalho das equipes de saúde e de assistência social. Moradores e comerciantes também têm reclamado e protestado contra a dispersão dos usuários por várias ruas do centro da capital. 

Craco Resiste

Procurado hoje pela Agência Brasil, o coletivo Craco Resiste disse lamentar que “a política da prefeitura e do governo do estado para o centro de São Paulo esteja aumentando a violência e deixando toda a população insegura”.

“As agressões da polícia e da guarda, as prisões arbitrárias e as internações forçadas apenas aumentaram a vulnerabilidade das pessoas pobres que vivem e frequentam a região central da cidade. O caos provocado por essa situação tem atingido toda a população que vive e trabalha no centro. Enquanto não forem implementadas políticas que garantam moradia, renda e acesso à saúde, não haverá nenhuma melhora na situação da Cracolândia”, diz o movimento, por meio de nota.
 

Edição: Fábio Massalli

Fonte: EBC Geral

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“Caminhos assistenciais” do Governo Federal liberam rodovias para garantir abastecimento do Rio Grande do Sul

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Prioridade é a liberação ágil de trechos essenciais para assegurar o fluxo de veículos com suprimentos, comida, oxigênio e combustível

Com mais de 400 cidades atingidas pelo alto volume de chuvas que caiu sobre o território gaúcho, o Governo Federal desenvolveu um plano emergencial para reestabelecer o fluxo viário em rotas estratégicas para assegurar o atendimento da população e impedir o desabastecimento de itens essenciais para a população do Rio Grande do Sul.

“Esses caminhos assistenciais, como estamos chamando, são para garantir salvamento e abastecimento do estado, sobretudo com oxigênio e remédio, comida e água, além da chegada de combustível, para não haver outras paralisações nesta crise e intensificarem ainda mais o sofrimento do povo gaúcho neste momento”, informou o ministro dos Transportes, Renan Filho. “É um plano de trabalho com prioridades a serem adotadas em 48 horas”.

Para isso, são usados maquinários pesados, como tratores, escavadeiras, guindastes e caminhões. Há cerca de 200 equipamentos e 600 homens atuando diretamente no estado. Em alguns pontos de rompimento de trechos de estrada, a solução é preencher as brechas com pedras para permitir a passagem dos veículos. Um dos trechos liberados é a BR 290, que liga Porto Alegre a Santa Maria e segue até a fronteira com a Argentina, por onde passa 30% do comércio internacional do país. Equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), de concessionárias e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) seguem no para restabelecer o fluxo viário.

“Liberamos o fluxo na BR 290. O momento é de trabalhar pela preservação da vida, reencontro das famílias e reconstrução do Rio Grande do Sul. Nesses caminhos serão permitidos transporte de alimentos, remédios, oxigênio, combustíveis, resgates e pacientes em ambulâncias”, comentou o ministro.

Já estão liberados também trechos das BRs-116/RS, entre Estância Velha a Nova Petrópolis; de Vacaria a Campestre da Serra; e de Caxias a São Marcos. Também foi restabelecido o fluxo na BR-392/RS, de Santa Maria a Caçapava do Sul, possibilitando o acesso ao Porto de Rio Grande, beneficiando a região de Pelotas. Até esta quarta-feira (8/5), serão realizadas ainda as seguintes liberações: na BR-116/RS, sentido norte do estado, no trecho do Viaduto da Scharlau, e a ponte sobre o Rio dos Sinos.

 

Na BR-470, passagem liberada de Carlos Barbosa a Montenegro; na BR-386, a ponte sobre o rio Taquari, em Estrela e Lajeado também teve o fluxo retomado, assim como na BR-290, de Eldorado a Santa Maria, com construção de um bueiro. Já no caso da BR-158, de Santa Maria a Cruz Alta, o trânsito ainda ocorre com escolta, apenas para passagens de veículos emergenciais, pois há risco no trajeto. Trânsito liberado também na BR-448, a Rodovia do Parque.

Para o ministro, chama a atenção nesse desastre a amplitude, a velocidade com que as águas subiram e a demora no escoamento, o que dificulta o dimensionamento da crise e o atendimento. “A prioridade agora é salvar vidas, liberar vias para passagem de equipes de resgate e pronto socorro e, depois, pensarmos na reconstrução”, listou.

Rodovias liberadas e em processo de liberação

1 BILHÃO – Em reunião com parlamentares na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, o ministro ainda informou que cerca de R$ 1 bilhão serão destinados pelo Governo Federal à reconstrução de rodovias federais, além do orçamento previamente destinado ao estado de R$ 1,7 bilhão.

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