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Naturatins incentiva o agroextrativismo na região do Jalapão

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O beneficiamento do jatobá, fruto de casca dura e que nasce em vagens, se tornou a principal fonte de renda para algumas famílias de extrativistas que vivem na Área de Proteção Ambiental (APA) do Jalapão. O sucesso do projeto que transforma os frutos do Cerrado em produtos com valor agregado tem feito com que os moradores da APA aprendam na prática o conceito de desenvolvimento sustentável.

Em março deste ano, foi realizada uma oficina prática de produção da farinha de jatobá, oferecido pela Fundação Pró-Natureza (Funatura) e pela Associação Comunitária dos Artesãos e Pequenos Produtores de Mateiros (ACAPPM), dentro do projeto Rede Jalapão.

Neste mês, após a coleta dos frutos, as famílias já estão produzindo farinha de jatobá, produto muito apreciado por moradores dos municípios da região e também por turistas. A farinha de jatobá não tem glúten e possui mais potássio do que a banana e mais cálcio do que o leite.

Segundo a supervisora da APA do Jalapão, Rejane Nunes, a área, enquanto instrumento de planejamento e gestão, visa conciliar conservação da natureza e o modo de vida tradicional das comunidades. “Isso resulta em melhoria da qualidade de vida, inclusive da segurança alimentar das pessoas”, informou.

Dentre as iniciativas de apoio da equipe gestora da APA, Rejane destaca a cadeia produtiva do jatobá, resgatada pelo projeto Rede Jalapão, que há 15 anos vem sendo desenvolvido por famílias da região, em especial José Batista dos Santos, conhecido como Zé Mininim, residente na Fazenda Nova, e que hoje dá cursos sobre o processamento do fruto.

“Neste ano, com a ampliação da Rede, famílias de outras comunidades receberam capacitação, apoio para coleta e começaram a produzir a farinha de jatobá, que é comercializada também para a Cooperativa Central do Cerrado, que possui parceria consolidada com produtores da Rede Jalapão”, informou Rejane.

REDE JALAPÃO

O apoio às famílias agroextrativistas por meio da Rede Jalapão de Produtos Artesanais teve início em 2006, encabeçado pela Associação Onça D’água. O Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), por meio da gestão da APA, assumiu o projeto em 2011.

As ações desenvolvidas no âmbito da Rede Jalapão envolvem também o Manejo do Fogo de Base Comunitária, que é uma estratégia que associa aspectos ecológicos, socioeconômicos e técnicos, com objetivo de integrar ações de controle de queimadas e de prevenção aos incêndios florestais.

“Essa estratégia está sendo aplicada com base no planejamento do fogo com os comunitários, com treinamentos, capacitações e apoio a projetos de parceiros, além do apoio à coleta e apoio aos projetos que visam ao beneficiamento e à comercialização dos produtos artesanais, tanto alimentos quanto artesanato”, esclareceu a supervisora da APA do Jalapão.

Na prática agroextrativista, as espécies nativas do Cerrado como o jatobá (Hymenaea stigonocarpa, H.coubaril), pequi (Caryocar brasiliense) e buriti (Mauritia flexuosa) são frequentemente utilizados na produção alimentícia e artesanal em toda a região, na forma de farinhas, polpas, óleos, doces e artesanatos.

Abrangência

A Rede Jalapão é composta por famílias agroextrativistas do entorno do Parque Estadual do Jalapão, instituições parceiras e diversos colaboradores, cujos interesses são voltados à conservação do Cerrado e à busca de alternativas de vivência digna para os moradores da zona rural, partindo dos seguintes princípios: Cooperação, Gestão Comunitária, Conservação do Cerrado, Geração de Renda, Segurança Alimentar, Uso Sustentado dos Recursos Naturais e Manejo Integrado do Fogo.

No ano de 2022, além da Funatura, a Rede Jalapão contou com o apoio Associação Comunitária de Artesãos e Pequenos Produtores de Mateiros (ACAPPM), que atuaram na ampliação a Rede, criando a Rede Jalapão Mateiros, inserindo novas famílias nas cadeias produtivas. 

O jatobá, após processado, se transforma em uma farinha especial, que pode substituir com vantagens outras farinhas – Rejane Nunes/Governo do Tocantins

Famílias do Jalapão receberam oficinas de treinamento para aprenderem a beneficiar o jatobá – Rejane Nunes/Governo do Tocantins

Famílias do Jalapão estão tirando do processamento de frutos do Cerrado seu sustento – Rejane Nunes/Governo do Tocantins

Fonte: Governo TO

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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