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Agenda de sustentabilidade envolve todas as áreas, afirmam ministros

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Os impactos que tecnologias ambientalmente sustentáveis terão para a economia em um futuro próximo deixam clara a necessidade de ações interligadas entre diferentes pastas governamentais. É com esse espírito que algumas políticas públicas têm sido elaboradas e anunciadas durante o Congresso Mercado Global de Carbono – Descarbonização & Investimentos Verdes.

Em uma das plenárias desta sexta-feira (20), sobre crescimento verde, três ministros ressaltaram a necessidade de trabalhar conjuntamente algumas pautas. É o caso da produção sustentável de combustíveis a partir do hidrogênio – o chamado hidrogênio verde – e da elaboração de um selo para “estradas parque”, que são rodovias com passagens aéreas e subterrâneas para minimizar os impactos causados à fauna e à flora próximas.

Esta é uma das tecnologias que estão na mira do ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, que destaca ainda a preocupação em incentivar cada vez mais rodovias “racionalmente impermeáveis”, que devolvem a água da chuva para o meio ambiente, evitando erosões. “Tudo para mitigar ou garantir impacto mínimo [para esses ambientes]”, afirmou Sampaio.

“A agenda de sustentabilidade é transversal e pega todos ministérios”, completou.

Também participaram do debate os ministros do Meio Ambiente, Joaquim Leite, e da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, que fizeram algumas sugestões. “O caminho é crescer verde; é se desenvolver na direção do verde”, disse Joaquim Leite. “Os investidores querem isso: estradas que garantem proteção ambiental”, disse Alvim, ao sugerir que tais empreendimentos tenham “pontos de paradas para observação das florestas”.

Alvim sugeriu que alguns tipos de material que têm sido usados em laboratórios, inclusive flutuantes, na Amazônia poderiam ser testados nas estradas e pavimentações. “Em ciência e tecnologia, além do papel de construir soluções, temos alternativas de pavimentação, como construção de pavimentos bons ambientalmente e duradouros.”

“Há políticas públicas convergentes que se falam e se somam”, disse o ministro. Para ele, a exemplo do que tem ocorrido em outras iniciativas, é preciso que se traga o setor empresarial para este “mercado, que só vai crescer”.

Hidrogênio Verde

Outro mercado que tende a crescer, principalmente após o interesse manifestado por outros países, é o do hidrogênio verde, que é a produção de hidrogênio para ser usado como combustível, a partir de fontes ambientalmente sustentáveis.

A produção do combustível verde requer uso de grande quantidade de energia. Caso o processo de produção hidrogênio não faça uso de fontes energéticas danosas ao meio ambiente, dá-se a ele o nome de “hidrogênio verde”.

Entre as possibilidades em estudo, está o uso da energia obtida a partir de offshores (energia eólica gerada a partir de estruturas instaladas no mar) para produzir hidrogênio combustível. “Temos uma costa sem tempestades e com ventos constantes. Poderemos instalar muita coisa offshore para produzir hidrogênio”, disse o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite.

De acordo com ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, segurança energética é um dos principais desafios e precisa ser debatida. “Quando falamos disso, falamos dos combustíveis do futuro e do hidrogênio. Temos políticas que avançam nesse sentido; no desafio tecnológico do hidrogênio, que vai contribuir não só para ativar a bioeconomia como também para permitir maior distribuição espacial de energia limpa”, destacou Alvim.

Ele disse que o governo está preocupado com a questão do hidrogênio. “A água [de onde se pode extrair hidrogênio] é uma das fontes, mas há outras rotas tecnológicas para chegar na energia do hidrogênio, como é o caso do etanol”, acrescentou.

“Já temos produção em alguns estados, e temos carros de hidrogênio rodando. Temos inclusive linhas de produção em fábricas. É algo que está muito próximo. Há ainda possibilidade de usar essa energia em indústrias, energia elétrica e em outras áreas. O hidrogênio tem um arco-íris [de possibilidades] porque, a partir de cada fonte, tem uma alternativa. São fontes ilimitadas”, destacou.

Alvim aproveitou o encontro para adiantar que, nos próximos dias, haverá uma grande chamada para empreendedores e pesquisadores de energia verde. “Milhões serão investidos para que, em breve, tenhamos novas soluções.”

O Congresso Mercado Global de Carbono, que termina hoje, inclui 24 painéis que estão sendo apresentados em quatro salas temáticas. O evento traz ainda 120 cases (evento como a criação de uma empresa ou o lançamento de um produto ou serviço) de sucesso de empreendedores verdes.

Edição: Nádia Franco

Fonte: EBC Geral

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Lula segue para o Rio Grande do Sul, acompanhado de ministros e líderes dos poderes Legislativo e Judiciário

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Estado registra 329 municípios atingidos e 686.482 pessoas afetadas. A frente fria tem previsão de altos volumes de chuva para o norte do Rio Grande do Sul, todo o estado de Santa Catarina e sul do Paraná

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, seguiu para o Rio Grande do Sul na manhã deste domingo, 5 de maio, acompanhado por uma comitiva de ministros e líderes dos poderes Legislativo e Judiciário. O grupo se une aos ministros Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social) e Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), que já estão no estado e acompanham de perto as ações de socorro e assistência do Governo Federal à população gaúcha.

Embarcaram com o presidente a primeira-dama, Janja Lula, e os ministros Rui Costa (Casa Civil), José Mucio (Defesa), Fernando Haddad (Fazenda), Renan Filho (Transportes), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Camilo Santana (Educação), Nísia Trindade (Saúde), Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), Wellington Dias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), Jader Filho (Cidades), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral) e Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais). Também seguem para o Rio Grande do Sul os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, os ministros Edson Fachin (STF) e Bruno Dantas (presidente do Tribunal de Contas da União), além do comandante do Exército Brasileiro, general Tomás Paiva.

Neste domingo, durante o Regina Caeli (uma das peças da liturgia católica, denominadas “antífonas marianas”), o Papa Francisco manifestou solidariedade e dirigiu suas orações aos povos dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, afetados pelas fortes chuvas e enchentes.

Atualizações nas ações de socorro e assistência ao Rio Grande do Sul

Ministério da Defesa
Resgate de pessoas isoladas em Lajeado, Encantado, Taquari, Estrela, Nova Santa Rita, Montenegro, Sinimbu, Canoas, Bento Gonçalves, Campo Bom e São Sebastião do Caí. Em São Gabriel, Bagé, Alegrete e Cristal, também foram realizadas operações de apoio à reestruturação de imóveis destruídos e realocação de pessoas desabrigadas. Em Candelária e São Valentim do Sul, o contingente ainda realizou a desobstrução de vias. Em Restinga Seca, atuaram para o lançamento de uma ponte e restituição dos acessos. Em Porto Alegre e Cachoeira do Sul, atuaram no apoio à organização e distribuição de doações e aos abrigos de desabrigados. Foram realizados 9.749 resgates nos últimos dias, sendo 402 aéreos, 2.340 fluviais e 7.007 terrestres – 69 pessoas demandaram um trabalho de evacuação aeromédica. São 647 militares das Forças Armadas envolvidos nas operações, sendo 426 do Exército, 155 da Marinha e 66 da Força Aérea.

Força Aérea Brasileira (FAB)
Nesta madrugada, a aeronave KC-390 Millennium transportou mais de 18 toneladas de materiais do Grupamento de Apoio Logístico de Campanha (GALC). Decolou da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ) com destino à Base Aérea de Canoas, transportando geradores, banheiros químicos, barracas operacionais, colchões, materiais de apoio elétrico e hidráulico que vão prover suporte de alimentação, alojamento, higienização (banho e sanitários) e manutenção da assistência à população gaúcha. Além de toda a carga, a aeronave ainda transportou 14 militares do GALC, que farão a montagem de toda a estrutura em Canoas. A atuação desse efetivo tem a finalidade de apoiar logisticamente as operações na calamidade pública.

Polícia Rodoviária Federal (PRF)
No balanço da manhã, a PRF apontou a previsão de reforço de 75 agentes no efetivo envolvido nas operações. Até o momento, estão destacados 99. A força relatou extrema dificuldade de movimentação do efetivo em razão dos pontos bloqueados. Estão empregadas na operação 20 viaturas e três aeronaves. Cento e cinquenta resgates terrestres já foram realizados e 54 pessoas (e três animais) demandaram resgate aéreo.

BALANÇO — De acordo com a última atualização do governo estadual, são 329 municípios atingidos e já são 686.482 pessoas afetadas. O estado contabiliza 79.253 desalojadas e outras 14.447 pessoas em abrigos, com 72 mortes, 150 feridos e 103 desaparecidas.

PREVISÃO DO TEMPO — De acordo com os órgãos de monitoramento e previsão hidrometeorológica — Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Serviço Geológico do Brasil (SGB) e Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) — a frente fria tem previsão de altos volumes de chuva para o norte do Rio Grande do Sul, todo o estado de Santa Catarina e sul do Paraná.

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