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Terceiro setor

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Por iniciativa do deputado Thiago Albernaz (MDB), foi realizado na manhã desta quarta-feira, 18, audiência pública com membros do terceiro setor para debater a autonomia financeira, o apoio do poder público e políticas públicas para as entidades filantrópicas de Goiás. A audiência foi realizada no auditório Mauro Borges, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, sede administrativa do Governo de Goiás.

Compõem o terceiro setor todas as instituições que não visam lucros e que trabalham com o objetivo de solucionar ou minimizar problemas sociais de áreas como direitos humanos, meio ambiente, crianças, idosos, entre outras. Albernaz, que é presidente da Frente Parlamentar do terceiro setor e presidiu a sessão, ressaltou a importância de seminários para disseminar informações que contribuem para o crescimento e fortalecimento das entidades filantrópicas. 

O parlamentar agradeceu, em especial, ao professor Hamilcar Costa, pelo convênio estabelecido entre a Frente Parlamentar e a faculdade UniAraguaia para oferecer às entidades atendimentos jurídicos, contábeis e psicossocial. Além disso, Albernaz apontou algumas metas traçadas para incentivar o terceiro setor, entre elas: a regulamentação fundiária das áreas onde as entidades se localizam – já que a maioria delas se encontra em áreas públicas -, e o projeto de lei para determinar a obrigatoriedade dos deputados estaduais em repassar 10% de suas emendas a entidades filantrópicas.

Solidariedade 

O professor Halmicar Costa, vice-diretor pedagógico da UniAraguaia, explanou que o reconhecimento de direitos civis, políticos e sociais são os pilares da cidadania. Ele apontou que é de responsabilidade do terceiro setor atender os locais onde o Estado ainda não alcançou. Hamilcar falou, ainda, que a faculdade não é uma entidade filantrópica, mas oferece recursos para as entidades poderem atuar, como pesquisas e observatórios, além de oferecer atendimentos às organizações. “Falar do terceiro setor é falar de solidariedade com o próximo”, concluiu.

Presidente da Federação das Organizações Não Governamentais do Estado de Goiás (Fogo), Maria Joaquina de Jesus afirmou que o trabalho filantrópico não tem preço, ressaltando que o trabalho social é realizado, sobretudo, com o coração. Entretanto, ela apontou que as burocracias do Estado acabam por dificultar e atrasar o trabalho. “Temos muito amor e vontade em ajudar o próximo, mas isso não basta. Precisamos de apoio financeiro por parte do setor público”.

E o presidente do Fórum Estadual do Terceiro Setor, Arízio dos Santos, parabenizou a união das entidades em lutar por melhorias das instituições. Ele apontou que conquista em transferir a escritura do terreno para a nomeada entidade é fruto de ações conjuntas do terceiro setor. Arízio ainda considerou um marco histórico o projeto apresentado pelo deputado Thiago Albernaz que determina a obrigatoriedade de repassar 10% das emendas parlamentares ao terceiro setor. 

Articulações e parceiras

Heloísa Alves Ribeiro, presidente do Conselho Estadual de Assistência Social de Goiás, afirmou que o papel do terceiro setor é construir pontes e entender que a atuação integrada das entidades é essencial e de vital importância para que se possa atender toda a demanda. Ela apontou, ainda, que o trabalho realizado pelas instituições é, para algumas pessoas, transformador. 

Nesse sentido, a prefeita de Perolândia, Grete Elisa (Cidadania), pontuou que o debate é fundamental para traçar metas em comum. “Enquanto prefeita, preciso quebrar as barreiras e facilitar as atividades desempenhadas pelo terceiro setor. Preciso ser parceira”. Ela ainda criticou a precariedade de espaços públicos que limitam o pleno exercício do direito de ir e vir e ressaltou que o papel das mulheres no exercício público é essencial para garantia de direitos para todos.

Coordenadora de Projetos Sociais e gerente de Cuidados à População Específica da secretaria de Estado da Educação (SES), Daniela de Gilka  contou que sempre batalhou pelo fortalecimento das entidades filantrópicas. “Temos que defender o que é nosso. Por conseguinte, hoje temos um fórum consolidado, com uma frente parlamentar estadual e federal”. Ela apontou, também, a importância das doações que o terceiro setor recebe e explanou que a finalidade das instituições é prestar assistências a mulheres e crianças, população negra, comunidade LGBTQIA+, população carcerária e os indígenas. 

Presença do Estado

Representando a Secretaria Nacional de Assistência Social, Leandro de Oliveira ressaltou que o Estado é parceiro do terceiro setor e atua como instrumento para a realização das atividades sociais.  O último a discursar, o deputado Jeferson Rodrigues (Republicanos), parabenizou os presentes por abdicarem de outras atividades e se dedicarem ao trabalho social para dar sentido a suas vidas. Ele pediu uma salva de palmas aos assistentes sociais que “dedicam suas vidas a ajudar o próximo”.

A exortação do parlamentar tem razão de ser, uma vez que o terceiro setor é composto por instituições que não visam lucros e que trabalham com o objetivo de solucionar ou minimizar problemas sociais de áreas como direitos humanos, meio ambiente, crianças, idosos etc. Rodrigues lembrou seu empenho para desburocratizar as questões que envolvem entidades filantrópicas e convocou a todos para pedir apoio ao Legislativo goiano. “Projetos precisam de apoio e de um empurrão de seus interessados para sair da gaveta. Não podemos deixar parado um projeto que revolucionará a assistência social em Goiás. Vamos lutar, juntos, por essas emendas parlamentares.” 

A mesa diretora da audencia foi composta pela superintendente de Gestão e Controle de Parcerias, Contratações e Transparência da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Seds), Cássia Rodrigues de Bessa, representando o governador Ronaldo Caiado (UB); o coordenador-geral de certificação de entidades beneficentes em ação social da Secretaria Nacional de Assistência Social do Ministério da Cidadania, Leandro de Oliveira Nardi; a diretora de Ações Sociais da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), Jeane de Cássia Abdala; o presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae-Gyn), Albanir Pereira Santana, representando o Conselho Estadual de Assistência Social; a prefeita de Perolândia, Grete Elisa (Cidadania); e o membro da FPTS), deputado estadual Jeferson Rodrigues (Republicanos).

Também se encontravam presentes o presidente da comissão de Terceiro Setor da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Goiás (OAB-Goiás), Vinicius Peregrino; o vice-diretor pedagógico da UniAraguia, professor Hamilcar; o presidente do Fórum Estadual do Terceiro Setor, Arízio Ribeiro dos Santos; e a presidente da Federação das Organizações Não Governamentais do Estado de Goiás (Fogo), Maria Joaquina de Jesus e outras autoridades representando instituições filantrópicas.

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“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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