Nacional

Literatura infantil auxilia crianças a lidar com temas difíceis

Publicado

em


Abordar assuntos delicados como morte, divórcio e doenças com as crianças não é tarefa fácil. Até para quem é adulto, lidar com estas questões exige equilíbrio emocional. Mas, com as crianças, abordar de forma lúdica, por meio de livros, pode ser o caminho para iniciar o assunto de forma mais compreensível e humanizada.

Os livros podem ajudar famílias e educadores a lidar com momentos de transição importantes para as crianças como a hora de deixar as fraldas, de dizer adeus para a chupeta, ou ainda de lidar com a morte de um parente ou de um animal de estimação.

Fernando Vernilo trabalhou durante dez anos como Relações Públicas e, quando se tornou mãe, sentiu falta de livros que abordassem temas como desmame e o desfralde, por exemplo. Assim nasceu o projeto da coleção de livros Conto com Você.

Eu, Fernanda Vernilo, RG sob número 355992954, autorizo o uso da minha imagem de autoria da fotógrafa Marcela Alvim pela Agência Brasil mediante créditos. Eu, Fernanda Vernilo, RG sob número 355992954, autorizo o uso da minha imagem de autoria da fotógrafa Marcela Alvim pela Agência Brasil mediante créditos.

 A empreendedora Fernanda Vernilo com livros da coleção Conto com Vocêdireitos reservados/Marcela Alvim

“Saí do meu trabalho para um [ano] sabático improvisado, depois do nascimento do meu primeiro filho, e estava procurando uma oportunidade de empreender. A ideia do livro surgiu quando comecei a estudar sobre como fazer nosso desmame e descobri que o lúdico da história ajudaria demais na comunicação. Livros assim não existiam no Brasil e, como sou formada em comunicação, acredito demais na importância da clareza do que é dito para o sucesso do processo. Assim nasceram o Mamar quando o Sol Raiar e Tchau, Tetê, os primeiros livros para apoio na condução de desmame do Brasil”.

Os livros da coleção também abordam sentimentos como o ciúme de uma irmã que nasceu ou a tristeza com a separação dos pais. Fernanda conta que, além de ajudar a passar por estes desafios com leveza, os livros da coleção colocam as crianças como protagonistas do processo com autonomia e respeito.

“O objetivo da Coleção é publicar livros sobre diversas temáticas da infância para ajudar no diálogo entre gerações, com muito acolhimento, verdade e respeito”.

Mamar quando o Sol Raiar e Tchau, Tetê foram os dois primeiros títulos da editora, escritos por Fernanda. De 2018 até hoje, a editora já publicou mais de 25 outros títulos de diferentes autoras, todos seguindo a mesma proposta narrativa, como Dino Davissauro, para controle de raiva, e Pode Parar, para prevenção de abuso sexual.

Paz e respeito

A paz de laboratório A paz de laboratório

A paz de laboratório – Divulgação/A paz de laboratório

Diante do cenário que o mundo assiste de uma guerra entre a Rússia e a Ucrâcia, no Leste Europeu, um livro pode esclarecer para as crianças a importância da paz e da união entre os países, mas principalmente entre as pessoas.

O livro Paz de Laboratório levou dois anos de pesquisa com crianças e adultos, que relataram o que sabem sobre a paz e o que gostariam de ter aprendido na infância. A obra trabalha valores como respeito, amor, amizade, empatia, liberdade e união. A autora Izabel Stresser Araujo relata que o projeto do livro iniciou quando o pai dela morreu.

“Quando meu pai faleceu, eu tive um momento muito difícil, em que eu não conseguia encontrar a paz e isso me levou a refletir que pouco sabemos sobre ela, do que ela é feita, o que podemos fazer para nos sentir em paz. Mergulhei em um projeto de dois anos para escrever o livro. Pensei muito na minha filha, sobre reflexões e conversas que gostaria de ter com ela”.

Porém, conta Renata, a inspiração para o enredo veio anos antes da morte do pai. “O engraçado é que cinco anos antes eu sonhei com a história de um livro em que crianças ouviram que a paz estava desaparecendo e resolveram fabricá-la em laboratório para ajudar o mundo todo. Para isso, elas precisavam descobrir do que a paz é feita.

“Resolvi colocar esse sonho em prática e perguntei a mais de 200 pessoas o que elas gostariam de ter aprendido sobre a paz na infância. Daí, saíram sete ingredientes: amor, empatia, liberdade, coragem, respeito, amizade e união, que são abordados de uma forma lúdica, como se fosse uma aventura na busca dos ingredientes”.

O que ela aprendeu ao escrever Paz de Laboratório, é o que espera que as crianças absorvam com a leitura. “Aprendi que somos ensinados a camuflar nossos sentimentos e achamos que a paz é a ausência de conflito. Na paz, aprendemos a lidar com conflitos, que sempre irão existir. Por acharmos que paz é não discordar, abrimos mão de nós mesmos e dos nossos sentimentos em troca de uma falsa paz. Precisamos, urgentemente, educar sobre a paz, mais do que educamos para a competição”, defende a autora.

Câncer na infância

Livia em uma das sessões de quimioterapia Livia em uma das sessões de quimioterapia

Lívia em uma das sessões de quimioterapia – Arquivo pessoal

Conversar sobre doenças com os pequenos é outro tema complexo, porém se torna mais importante ainda se é a própria criança que está com uma doença grave, como um câncer, por exemplo.

Depois de passarem pela dor de perder um filho para a leucemia, Francisco e Sonia, tinham o sonho de levar o tema para as salas de aulas. Eles são gestores do Instituto Ronald McDonald, uma organização sem fins lucrativos, que há mais de 22 anos atua para aproximar famílias da cura do câncer infantojuvenil.

Para a missão, convidaram a escritora Isa Colli. Ela aceitou o convite e escreveu Tulipa Glória e sua Amiga Vitória. O lançamento do livro faz parte de um projeto maior, que vai destinar um percentual das vendas para o tratamento de pacientes com câncer.

No livro, a sementinha Glória e a menina Vitória, que está em tratamento contra a leucemia, se tornam amigas. O título infantil traz uma abordagem mais leve da situação para crianças que vivem com essa doença.

A escritora conta que ficou muito emocionada com o convite, porque tem uma longa história pessoal de lutas e vitórias contra o câncer, o que a faz participar de diversos projetos para apoiar a causa. Desafio aceito, veio a parte da inspiração, conta Isa.

“Em apenas uma noite, dei vida à Vitória, menina carinhosa com os pais, mas que carrega um ar tristonho justamente por estar enfrentando um problema de saúde. Glória, uma semente sonhadora, foi levada pelo vento para o jardim onde mora Vitória. O destino as aproxima e as lágrimas de garotinha dão a força que Glória precisa para sobreviver. A partir dali nasce uma relação de cumplicidade entre as duas. De forma leve, o livro pretende ensinar aos pequenos como superar problemas difíceis, como as doenças”.

Tulipa Glória e sua amiga Vitória Tulipa Glória e sua amiga Vitória

Tulipa Glória e sua amiga Vitória – Divulgação/Tulipa Glória e sua amiga Vitória

Para a escritora, é importante ter clareza ao abordar temas delicados com crianças. “Temas delicados devem ser abordados com as crianças de maneira lúdica e sem esconder informações. No caso de Tulipa Glória e sua amiga Vitória, eu abordo o câncer de forma leve para motivar e trazer esperança às crianças que lutam contra essa doença e aos seus familiares”.

A pequena Lívia, hoje com seis anos, começou a luta contra a leucemia quando tinha quase dois anos. Na época, a mãe usou outros recursos para que a menina fizesse as sessões de quimioterapia, com um pouco de brincadeira e fantasia para aguentar as horas de aplicação dos medicamentos.

“Para tornar as coisas mais suaves para a Livinha fizemos as ‘químio temáticas’. A gente fazia uma pequena decoração no quarto, eu levava uma fantasia pra ela vestir quando terminasse a químio e fosse consultar com a oncologista pediátrica, a Ana Luiza Rodrigues”, relembra a mãe da Lívia, a empresária Lucimara Kraj.

Ela diz que, se tivesse livros como Tulipa Glória e sua amiga Vitória na época do tratamento da Lívia, usaria o recurso. “Com toda certeza usaria livros também. A Lívia não tinha entendimento nenhum quando começou a tratar, para ela era só dor e desespero, ela mal falava. Para crianças tão pequenas, tudo tem que ser lúdico. Nunca menti ou escondi nada da Lívia, mas é difícil fazer elas aceitarem a situação. No caso dela, foi o amor mesmo e o carinho da equipe e da Dra Ana Luiza, que foi quem nos conduziu à cura, da forma mais humana e carinhosa possível”.

O livro está disponível para compra no site e nas maiores plataformas de venda.

Edição: Denise Griesinger

Fonte: EBC Geral

Comentários do Facebook

Nacional

“É um compromisso nosso deixar o Rio Grande do Sul como era antes da chuva”, diz Lula em reunião ministerial

Publicados

em

Junto com 38 ministros, presidente faz balanço do que já foi realizado para mitigar os danos causados pela chuva no estado e define próximos passos

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, convocou reunião extraordinária com todos os 38 ministros e ministras nesta segunda-feira, 13 de maio, para discutir as medidas adotadas pelo Governo Federal em resposta às fortes chuvas que atingiram o estado do Rio Grande do Sul.

“Teremos mais um anúncio para as concessões de benefícios das pessoas físicas, depois o que nós vamos continuar fazendo, recuperação de estrada, questão de energia, telecomunicações, saúde, educação, portos, aeroportos, é uma infinidade de problemas que a gente vai ter que cuidar e que não é uma coisa de curto prazo, é uma coisa de médio, eu diria até quase longo prazo”, iniciou Lula.

Mais cedo nesta segunda-feira, o Governo Federal anunciou a suspensão por três anos da dívida que o Rio Grande do Sul tem com a União, liberando R$ 11 bilhões para um fundo para a reconstrução do estado. Além disso, R$ 12 bilhões referentes a juros do estoque total da dívida serão perdoados. “Recuperar aquele estado vai ser difícil, mas é um compromisso nosso de deixar o Rio Grande do Sul como era antes da chuva”, sublinhou o presidente.

As medidas agora apresentadas somam-se aos R$ 50,9 bilhões que haviam sido destinados — entre antecipação de programas sociais e liberação de crédito para o RS — e aos R$ 12,1 bilhões liberados por Medida Provisória para diversos órgãos federais executarem ações necessárias no atendimento aos municípios.

De acordo com Lula, o planeta vive tempos difíceis porque “a questão climática é mais séria do que muita gente tenta acreditar que é”. O presidente ainda pontuou: “o mundo está passando por um processo de transformação que somente nós, seres humanos, seríamos capazes de controlar se tivermos capacidade, competência, sabedoria para nos comportarmos de acordo com aquilo que a ciência nos ensina”.

O presidente reforçou o compromisso do Brasil em colaborar para frear o aumento da temperatura global. “Não podemos deixar o planeta Terra ter um aquecimento acima de 1,5ºC. Isso é um compromisso. Para isso, nós temos que cuidar da energia, nós temos que cuidar da floresta, temos que cuidar da água”, acrescentou.

BALANÇO — Segundo a atualização da Defesa Civil, às 19h desta segunda-feira, 450 municípios estão afetados pelos efeitos das chuvas. São 77,4 mil pessoas em abrigos, 538 mil pessoas desalojadas e 2,12 milhões de pessoas afetadas. O número de mortes chegou a 147, com 127 registros de desaparecidos. O trabalho integrado das Forças de Segurança federal, estadual, municipal e de voluntários resultou em 76,4 mil salvamentos de pessoas e 10,8 mil animais.

Durante a terça e quarta-feira não são esperadas precipitações expressivas no estado (a precipitação estará localizada entre Santa Catarina e Paraná), mas devem continuar as baixas temperaturas. Entre quinta-feira (16) e sexta-feira (17) estão previstas novas precipitações na porção norte do Rio Grande do Sul, em princípio, com volumes inferiores aos registrados no último final de semana, mas ainda significativos. Após isso, as precipitações devem novamente diminuir (ou cessar), até os primeiros dias da próxima semana, quando, novamente, existe chance de chuva, ainda a ser confirmada.

PLANOS APROVADOS — O Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) avaliou e aprovou 194 planos de trabalho para resposta, restabelecimento e reconstrução das localidades afetadas pelas fortes chuvas no estado. Com efeito, R$ 157 milhões serão repassados pelo Governo Federal para as ações de Defesa Civil. Outros 93 planos de trabalho estão em análise, somando mais R$ 72,9 milhões solicitados pelos municípios.

SATÉLITE — A Polícia Federal oferece acesso gratuito a imagens de satélite de alta resolução para regiões em estado de calamidade no Rio Grande do Sul. A ideia é auxiliar órgãos públicos na resposta a desastres naturais, como inundações e deslizamentos de terra. A ação ocorre por meio do Programa Brasil Mais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Todos os municípios gaúchos podem solicitar acesso, mas os que decretaram calamidade terão prioridade. Os órgãos estaduais também podem solicitar adesão. Para solicitar o acesso, os órgãos públicos devem enviar e-mail do gabinete da maior autoridade da instituição, por exemplo, do prefeito ou do gabinete do prefeito. O e-mail deve ser enviado para o endereço eletrônico . Na mensagem, é necessário fornecer informações básicas, como nome, sigla e endereço da instituição; nome, cargo e e-mail da autoridade e dos pontos focais e a lista de usuários para acesso.

FRONTEIRAS — A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) tem se somado aos esforços para facilitar os fluxos de pessoas e de bens de origem e destino para o Rio Grande do Sul. A interlocução com os países fronteiriços tem permitido atuar imediatamente na adequação de regras aplicáveis ao transporte de cargas e de passageiros. Como resultado, a entrada no país de veículos com donativos recebe tratamento prioritário. Além disso, a Argentina suspendeu a exigência de licença especial para veículos zero quilômetro e o Uruguai flexibilizou pontos de ingresso e saída de seu território.

VOOS COMERCIAIS — Os primeiros voos extras da malha aérea emergencial para o Rio Grande do Sul começaram a chegar no interior do estado. Desde sábado, Gol, Latam e Azul operam com voos para Passo Fundo, Santo ngelo e Caxias do Sul. Nesta segunda, os voos seguiram para Passo Fundo, Santa Maria, Uruguaiana e Caxias. A malha aérea faz parte do plano de 116 voos semanais nesta primeira fase do plano de aviação emergencial na região, sendo 88 no Rio Grande do Sul e 28 em Santa Catarina. A definição foi resultado de uma força-tarefa que reúne Ministério de Portos e Aeroportos, Anac, ABR, Infraero, Abear e companhias aéreas. O Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, segue interditado por tempo indeterminado.

CRÉDITO RURAL — Os municípios do Rio Grande do Sul atingidos por enchentes, alagamentos, enxurradas, deslizamentos ou inundações estão autorizados a renegociar operações de crédito rural. A decisão foi tomada pelo Conselho Monetário Nacional, em sessão extraordinária em 10 de maio. A Resolução CMN Nº 5.132, que autoriza a renegociação, foi publicada nesta segunda-feira, 13 de maio, no Diário Oficial da União. A norma vale para parcelas de empreendimentos em municípios com decretação de situação de emergência ou de estado de calamidade pública no período de 30 de abril a 20 de maio de 2024. Segundo a Resolução, as instituições financeiras estão autorizadas a prorrogar de forma automática para 15 de agosto de 2024 o vencimento de parcelas de crédito rural com vencimento de 1º de maio de 2024 a 14 de agosto de 2024.

1,6 MIL ATENDIMENTOS — A Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) realizou, em uma semana, 1.629 atendimentos às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. As consultas ocorreram entre 5 e 12 de maio, com 1.034 registros apenas no Hospital de Campanha em Canoas. O aumento no número de atendimentos se deve à chegada de mais profissionais e maior estrutura com apoio do Ministério da Saúde. Houve ainda 22 atendimentos psicossociais, 25 remoções aéreas, 548 consultas volantes e 57 encaminhamentos para outras unidades de saúde. Três novos hospitais de campanha serão montados em Porto Alegre, São Leopoldo e em um terceiro município a definir.

SAÚDE MENTAL — O Ministério da Saúde elabora um plano para atendimento de saúde mental no Rio Grande do Sul. O documento, que vai balizar a assistência, terá três eixos: um focado na população; outro nos trabalhadores que estão atuando na tragédia; e o terceiro com diretrizes para os gestores do estado e dos municípios.

IMUNIZAÇÃO — Até quinta-feira (16), o Programa Nacional de Imunização enviará 600 doses de imunoglobulina, 1.140 frascos de soro, 416 mil doses de hepatite A, raiva, pólio e influenza, e 134 mil doses de Covid. Estão previstas para a próxima semana 1,1 milhões de doses de rotina. Além disso, serão doadas 695 caixas de absorventes higiênicos, totalizando 333 mil tiras de absorventes entregues, além de 6.888 pacotes de lenços umedecidos.

DOAÇÃO — A Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE), está gerenciando ofertas de Estados e organismos internacionais de auxílio humanitário às vítimas das inundações no Rio Grande do Sul. A cidade de Canoas (RS) recebeu, no domingo (12), a primeira parte da doação feita pela ONG norte-americana Samaritan’s Purse, composta por 10 estações de purificação de água com capacidade de 400 mil litros por hora, seus materiais e componentes, e outros bens emergenciais. Os equipamentos fornecem água potável para até 100 mil pessoas. Também no domingo, a Chancelaria de Taiwan divulgou que o Escritório Econômico e Cultural em Taipe (TECO) fez doação de 50 mil dólares americanos ao Rio Grande do Sul, como ajuda humanitária.

MIL HORAS DE VOO — Desde o início das operações de socorro à população atingida pelas fortes chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul já foram realizadas mais de mil horas de voo. A informação foi divulgada durante a 9ª reunião da Sala de Situação, coordenada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, nesta segunda-feira (13). O trabalho das equipes federais no estado segue sob a coordenação do comando militar do Sul. Segundo a totalização desta segunda-feira, as ações realizadas pelos militares de Exército, Marinha e Aeronáutica já resultaram no resgate de 68 mil pessoas e de dez mil animais domésticos.

TURISMO — Uma portaria publicada em edição extra do Diário Oficial da União facilita condições de financiamentos por meio do Fundo Geral de Turismo (Novo Fungetur) a empreendedores turísticos afetados pelas chuvas no Rio Grande do Sul. As regras do texto, que oficializa um aporte de R$ 100 milhões do Fungetur ao estado, se aplicam a novas operações e àquelas já contratadas, envolvendo medidas como a suspensão, por até seis meses, do pagamento pelo crédito. No caso da realização de obras, o texto amplia de 240 para 246 meses o prazo de amortização, além de elevar de 60 para 66 meses o prazo de carência. Já quanto à aquisição de equipamentos, a amortização foi aumentada de 120 para 126 meses, e a carência, de 48 para 54 meses.

DÍVIDA SUSPENSA – O Governo Federal anunciou nesta segunda-feira a suspensão por três anos da dívida que o Rio Grande do Sul tem com a União, liberando R$ 11 bilhões para um fundo para a reconstrução do estado. Além disso, R$ 12 bilhões referentes a juros do estoque total da dívida serão perdoados. As medidas estão dispostas em projeto de lei complementar encaminhado ao Congresso Nacional pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ainda nesta segunda-feira, o ministro Jader Filho (Cidades) anunciou medidas de apoio à população gaúcha que paga financiamento de imóveis por meio do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) ou do Pró-Cotista — utilizando recursos provenientes do FGTS. Agora as famílias podem solicitar a suspensão das cobranças à Caixa. O titular da pasta informou que elas podem optar por uma pausa de até seis meses no pagamento dos financiamentos. Para solicitar a suspensão, basta ligar para o número 0800 104 0104.

Comentários do Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA