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Centro de Juventude muda a vida de uma família migrante

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Marcos Barreto e o irmão começaram a fazer os cursos do CJ por causa da alimentação: “Até lanche escondido para minha mãe a gente levava”, conta | Fotos: Ascom/Sejuv-DF

Com esperança e expectativa de alcançar uma vida mais confortável e promissora, a família Barreto decidiu sair de Salvador e vir para Brasília. Paulo, Fabiana, Júnior, Marcos e as duas cachorrinhas de estimação desembarcaram na capital do país acreditando em seus sonhos e nas novas oportunidades que estavam prestes a viver.

No entanto, logo após a chegada, a família enfrentou inúmeras dificuldades. A casa que haviam alugado já estava ocupada, a proposta de negócio promissor também não deu certo e o sonho de promover uma vida melhor parecia longe de se realizar.

Os Barretos, incansavelmente, todos os dias saíam em busca de oportunidades, mas as portas permaneciam fechadas. As caixas de ovos vazias eram seus cobertores na temporada de frio, e a loja que conseguiram alugar com o pouco dinheiro que restava foi a moradia da família por meses.

Durante uma aula do curso de Empregabilidade, Marcos soube de uma oportunidade de emprego e foi contratado

Mesmo diante de toda a dificuldade enfrentada, Fabiana manteve firme a fé. Ela conta que, durante uma caminhada, se deparou com o Centro de Juventude (CJ) da Cidade Estrutural e naquele momento percebeu que seus filhos poderiam ter uma chance de viver uma realidade diferente.

Após uma conversa, o casal decidiu matricular os filhos nos cursos disponíveis. “A gente veio para cá acreditando em melhores oportunidades para nossos filhos, para eles terem estudo, e o CJ era o primeiro degrau para eles”, afirma Fabiana.

O que ela não imaginava era que um de seus filhos resistiria à ideia de participar dos cursos ofertados no CJ. Marcos desacreditava em um futuro com dignidade para a sua vida e de sua família “Àquela altura, eu tinha muita revolta dentro de mim e achava que seria desperdício de tempo fazer os cursos porque não tinha nenhuma perspectiva, tanto que só aceitei de fato fazer quando descobri que davam lanche depois das aulas”, conta.

Marcos, ao lado da secretária da Juventude, Luana Machado (de verde), e da equipe do Centro de Juventude da Estrutural: de aluno a atual coordenador substituto da unidade | Fotos: Ascom/Sejuv-DF

O lanche mencionado por Marcos é ofertado ao término de cada aula a todos os alunos dos CJs, projeto promovido pela Secretaria de Juventude (Sejuv), motivo pelo qual o jovem decidiu se matricular em todos os cursos.

“A gente almoçava e jantava a comida do restaurante comunitário, porque era isso que a gente tinha condições de ter naquele momento. Por muitas vezes, a gente deixava para comer mais tarde para não ficar com fome durante o dia ou de madrugada. Quando eu e meu irmão começamos a fazer os cursos, até lanche escondido para minha mãe a gente levava”, revela o jovem.

“O testemunho desse jovem nos impulsiona a trabalhar ainda mais e garantir que essa iniciativa tenha um alcance cada vez maior”Luana Machado, secretária de Juventude

Foi durante uma aula do curso de Empregabilidade que Marcos soube de uma oportunidade de emprego, e acabou sendo contratado. “Eu ia e voltava andando da Estrutural para Águas Claras, onde era realizado o treinamento, porque não tinha dinheiro para passagem, e, mesmo chegando cansado, fazia os cursos do CJ à noite”, relembra.

A história de êxito na vida de Marcos não parou por aí. Ele foi destaque durante o período do contrato e, após o término, com experiência e recomendação profissional, teve a oportunidade de ser contratado como auxiliar administrativo do CJ.

E, mais uma vez, ele se dedicou em tudo o que foi proposto a fazer. Novamente se destacou e, para a sua surpresa, foi convidado a ser coordenador substituto do CJ da Estrutural. Na nova oportunidade, o membro da família Barreto amadureceu, adquiriu conhecimento e, em 2021, foi efetivado como coordenador da unidade que o recebeu como aluno.

Agora, como coordenador, cursando duas graduações, o jovem tem planos maiores e acredita que tudo que passou foi para fortalecer a sua fé e prepará-lo para acolher outros jovens, como ele foi acolhido. Se antes a família dependia do restaurante comunitário, os irmãos dividiam as poucas roupas que tinham e tudo parecia impossível, hoje os Barretos estão prestes a inaugurar seu terceiro negócio na Cidade Estrutural.

Emocionada ao conhecer Marcos e a sua história, a secretária de Juventude, Luana Machado, afirma a importância do projeto e o poder que ele tem de transformar a vida de cada jovem alcançado. “Quando conheci o Marcos e toda a sua trajetória, não pude conter a minha emoção, porque trabalhamos perseverantemente para que vários marcos sejam alcançados, para que famílias possam ver seus filhos recebendo qualificação profissional, acolhimento e dignidade”, conta.

“O testemunho desse jovem nos impulsiona a trabalhar ainda mais e garantir que essa iniciativa tenha um alcance cada vez maior. E na data em que comemoramos o Dia da Gratidão [6 de janeiro], o meu coração não poderia estar mais grato e feliz em conhecer e, junto a toda a minha equipe, poder compartilhar mais essa história de sucesso”, comemora a secretária.

*Com informações da Secretaria de Juventude do DF

Fonte: Governo DF

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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