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Governo cria grupo para agir rápido após tempestades

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Em função das chuvas intensas, o governador Ibaneis Rocha determinou a criação de um grupo executivo composto por equipes multidisciplinares para agir prontamente em eventuais ocorrências ou acidentes naturais. A comissão foi efetivada por meio de decreto publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) e os trabalhos começam na próxima segunda-feira (20), no Sol Nascente.

“É tarefa do governo a adoção de providências para abrandar eventuais sinistros e administrar seus impactos, evitando ou minimizando riscos à segurança da coletividade, ao patrimônio e ao funcionamento da cidade”José Humberto Pires, secretário de Governo

O grupo executivo é composto por 11 órgãos do Executivo e as equipes vão trabalhar em escalas, priorizando os fins de semana e feriados. De acordo com o secretário de Governo, José Humberto Pires, a atuação será articulada e coordenada de forma que os órgãos possam atender ocorrências com presteza, agilidade, eficiência e, principalmente, com fornecimento de recursos humanos e materiais, hábeis a fazer frente às situações desfavoráveis.

“É tarefa do governo a adoção de providências para abrandar eventuais sinistros e administrar os seus impactos, evitando ou minimizando os riscos à segurança da coletividade, ao seu patrimônio e ao próprio funcionamento da cidade”, afirma o secretário.

Integram o grupo executivo as secretarias de Governo, Segurança Pública, Desenvolvimento Social e DF Legal; administrações regionais, Defesa Civil, Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF); Companhia Urbanizadora Nova Capital (Novacap), Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb); Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e CEB Ipes.

Orientadas pela Secretaria Executiva das Cidades, as administrações têm destacado equipes para atender situações emergenciais e diminuir possíveis danos às comunidades | Foto: Ascom AR Sol Nascente

Medidas já vêm sendo tomadas

Mesmo antes da criação do grupo executivo, o Governo do Distrito Federal já vem atuando intensamente para atender situações emergenciais e diminuir possíveis danos causados pelas chuvas às comunidades. A Secretaria de Governo, por meio da Secretaria Executiva das Cidades, tem acompanhado de perto as ocorrências nas regiões administrativas.

Em Itapoã, foi rápida a atuação da equipe de obras da administração regional, que acionou a Polícia Militar, o Detran e a Novacap para reduzir os danos provocados

A pasta alertou as administrações regionais sobre a previsão de chuvas fortes e orientou a permanecerem em alerta para ações imediatas. Desde o último fim de semana, além das equipes das administrações regionais, demais órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF) estão de prontidão para os atendimentos emergenciais.

As equipes do GDF Presente também trabalham para que os problemas registrados sejam solucionados no menor tempo possível, de forma a se evitar maiores transtornos à população.

Entre as regiões administrativas mais atingidas está Itapoã. Lá foi rápida a atuação da equipe de obras da administração regional, que acionou a Polícia Militar, o Detran e a Novacap para reduzir os danos provocados.

Um trecho da Rua do Murão, onde surgiu uma cratera que logo foi fechada, encontra-se interditado até o trabalho de recuperação que será feito pela Novacap. A equipe da administração esteve nas ruas para mapear ocorrências relativas a alagamentos, tampas de bueiros, buracos e quedas de árvores.

Na Estrutural, serviços estão sendo feitos para evitar alagamentos. Nos últimos dias foram recolhidas 42 toneladas de lixo verde e entulho das ruas

De acordo com o administrador do Itapoã, Marcus Cotrim, no período da seca foi executado trabalho preventivo de manutenção de bocas de lobo, com limpeza e desobstrução. Na Avenida Murão foram construídas 55 novas bocas de lobo, pois a divisão de obras da administração constatou que ali seria um local onde represaria muita água em razão da falta de pavimentação e drenagem pluvial, que existe em algumas quadras da região administrativa.

Marcus Cotrim informa que foi encaminhado projeto para a Novacap e a expectativa é de que em breve a questão da drenagem seja solucionada na cidade. “No dia da abertura da cratera, acionamos os órgãos e solucionamos o problema o mais rápido possível para que a comunidade ficasse tranquila e a equipe da administração pudesse dar atenção a outros problemas que viessem a acontecer”, disse o administrador.

Cidade Estrutural

Na Estrutural, serviços estão sendo feitos para evitar alagamentos. A equipe do Polo Central do GDF Presente trabalha em parceria com a administração regional e a Novacap no recolhimento de lixo e na desobstrução de bocas de lobo, serviços que estão sendo feitos diariamente. Nos últimos dias foram recolhidas 42 toneladas de lixo verde e entulho da região administrativa.

Também na Estrutural, Santa Luzia e na comunidade rural Cabeceira do Valo estão recebendo ações. As localidades não têm infraestrutura urbana e, por serem áreas irregulares, os serviços são restritos à colocação de material triturado nas vias que não têm asfalto, amenizando os alagamentos.

No Sol Nascente, o secretário executivo das Cidades, Valmir Lemos, e o administrador regional, Cláudio Ferreira, visitaram os pontos atingidos pela chuva. Depois dos prejuízos causados, a administração acionou a Defesa Civil, em caráter de urgência, para verificar as áreas de risco e as famílias atingidas foram encaminhadas à Secretaria de Desenvolvimento Social.

A administração segue com trabalhos paliativos por toda a cidade, como terraplanagem, tapa-buraco e limpeza de bocas-de-lobo.

*Com informações da Secretaria de Governo do DF

Fonte: Governo DF

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Programa Cisternas avança e promove cidadania às famílias do Semiárido nordestino

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Nova etapa de execução é concretizada via convênio entre MDS e Consórcio Nordeste, no valor de R$ 311 milhões. Na área rural de Juazeiro (BA), os moradores estão otimistas com as novas possibilidades trazidas pelo acesso à água

No Semiárido nordestino, um sonho começa a ganhar forma. A retomada do Programa Cisternas vem enchendo a casa das famílias de esperança. Em meio às obras de uma cisterna para a produção de alimentos em sua propriedade, Jamile da Silva, 26 anos, faz planos para o futuro. A tecnologia de acesso à água, combinada com o recurso do Programa Fomento Rural, vai proporcionar a ela uma renda extra.

Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos” Jamile da Silva, produtora rural

A produtora mora na comunidade Pau Preto, zona rural de Juazeiro, ao norte da Bahia. “O Programa Cisternas é perfeito”, definiu Jamile, sorridente. São mais de 42 mil cisternas contratadas, a partir de convênio entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o Consórcio Nordeste. A parceria, formalizada em maio deste ano, contempla os nove estados nordestinos.

O investimento é de quase R$ 300 milhões do Governo Federal, por meio do MDS, e de outros R$ 12 milhões de contrapartida dos estados. O convênio prevê a instalação de 39 mil tecnologias de acesso à água para consumo humano e 2,89 mil sistemas para consumo animal e produção de alimentos. As famílias que recebem as cisternas para a produção de alimentos também são inseridas no Programa Fomento Rural, em um repasse de R$ 13,3 milhões pelo acordo.

Além de oferecer assistência técnica, o Fomento Rural transfere o valor de R$ 4,6 mil diretamente para os beneficiados. São grandes conquistas para Jamile da Silva, que pensa em alternativas de expansão produtiva, a partir do recurso, da cisterna concluída e da capacitação para trabalhar em novas culturas. Ela também quer melhorar as condições do local onde cria caprinos e ovinos, a começar pela construção de um teto para os animais.

“Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos”, projetou Jamile, enquanto acompanha em detalhes o processo de construção da estrutura. Nascida e criada na zona rural, é nessa mesma terra em Juazeiro que ela quer continuar a escrever sua história.

A realidade que o Programa Cisternas desenha para as famílias é possível graças à retomada, em 2023, dos investimentos na ação. Trata-se de uma política pública que assegura o direito de acesso a água.

PERSPECTIVA — À sombra de uma árvore no quintal de casa, na comunidade Arapuá Novo, a produtora rural Maria Sonia Oliveira espera com tranquilidade o período de chuvas na região, quando será possível captar a água, armazenar e, finalmente, utilizá-la. Os 60 anos de vida, completados no último mês, são morando sobre o mesmo chão de terra em Juazeiro. Maria Sonia recorda da época em que a família não tinha cisterna em casa.

“A primeira cisterna foi um sonho, quando a gente conseguiu, há quase 20 anos. Porque a gente tinha uma dificuldade enorme de carregar a água. Tinha que buscar água longe, colocar na cabeça, era um peso”, lembrou aliviada. “Agora, com essa outra, vai ser ainda melhor, porque é para produção”, disse, mirando o futuro.

A poucos quilômetros da propriedade em que Maria Sonia cria caprinos, a família de André Nascimento também tem na pequena agricultura o meio de subsistência. É da atividade no campo que o produtor colhe qualidade de vida para os três filhos. Ao lado da esposa, Márcia Cristina, ele enxerga no Programa Cisternas a chance de ampliar e otimizar a produção na área em que vivem.

Aos 43 anos, essa será a primeira vez que o agricultor vai manejar uma horta. “Vou plantar coentro, alface, tomatinho… Vai ser pra gente comer em casa, um alimento saudável, e se for possível, até ter uma rendinha extra pra família”, planeja André, com entusiasmo.

CAPACITAÇÃO — O assessoramento técnico para as famílias que atuarão com as cisternas de produção de alimentos, tem o papel de educar e dar suporte, para que a atividade seja executada com segurança. Dessa forma, Jamile, Maria e André são acompanhados por profissionais com experiência e que conhecem o potencial produtivo da região.

Nas comunidades rurais de Juazeiro, a assistência é feita pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA). “É um trabalho que fortalece a função da assessoria técnica, porque a gente conversa com eles, tira dúvidas e até ajuda a escolher qual atividade produtiva eles querem desenvolver”, explicou Andressa Menezes, técnica do IRPAA.

“A retomada do Programa Cisternas consolida o que nós defendemos, que é a convivência com o Semiárido. É um processo que integra a família, porque todos participam”, completou.

O desenho do programa beneficia todos os envolvidos, de uma ponta a outra, como é o caso do pedreiro Flávio Rodrigues, que nunca havia trabalhado na construção civil. Ele passou por uma capacitação, esse ano, e agarrou a oportunidade. Desde que assumiu a função, perdeu as contas de quantas cisternas já ajudou a construir.

“Quero aprender mais ainda, desde moleque tinha vontade de ser pedreiro, e quero aproveitar a oportunidade de trabalhar na área. A cisterna é um presente, eu só tenho a agradecer ao programa, à ASA, a todos”, declarou Flávio. Entre o início e a entrega, a construção de cada cisterna pode variar entre sete e 15 dias, em média.

A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) é uma rede que defende, propaga e desenvolve o projeto de convivência com o bioma. A entidade é composta por mais de três mil organizações da sociedade civil, como sindicatos rurais, associações de agricultores e agricultoras, cooperativas, organizações não governamentais e institutos, como o IRPAA.

AVANÇO — Ao resgatar o Programa Cisternas, em 2023, após longo período sem incentivos, o Governo Federal investiu R$ 600 milhões e contratou 62,7 mil unidades, sendo 58,2 mil para o Semiárido e as demais para a região Amazônica.

As tecnologias sociais de acesso à água são um importante equipamento para a convivência com as regiões, promovendo dignidade, saúde, segurança alimentar e melhores condições de vida. Além disso, pesquisas científicas mostram a importância desses sistemas na saúde de gestantes e recém-nascidos.

 

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