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Mil jovens participam de Feira de Oportunidades em Ceilândia

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A etapa presencial do projeto Jovem Protagonista movimentou o Centro Educacional (CED) 16 de Ceilândia, de sexta (5) a domingo (7), com a Feira de Oportunidades. A iniciativa surgiu com o objetivo de apresentar oportunidades aos jovens, por meio do incentivo à liderança, ao empreendedorismo e à empregabilidade, para que eles sejam protagonistas de suas próprias vidas e das comunidades em que vivem.

Além dos bate-papos, a feira também contou com oficinas sobre empreendedorismo, workshop sobre finanças pessoais e capacitação para os que buscam o primeiro emprego| Foto: Divulgação/Sejuv

O evento ofereceu atividades presenciais com o intuito de beneficiar a população jovem da cidade. O primeiro dia contou com uma programação repleta de bate-papos com profissionais renomados do Centro Universitário Iesb, que compartilharam suas experiências e esclareceram as dúvidas sobre a carreira profissional de suas respectivas profissões. Além dos bate-papos, a feira também contou com oficinas sobre empreendedorismo, workshop sobre finanças pessoais e capacitação para os que buscam o primeiro emprego.

“O projeto Jovem Protagonista é uma ação que tem o poder de mudar o destino dos jovens que são alcançados e é com imensa gratidão que realizamos essa entrega. Aqui podemos mostrar referenciais para que cada participante possa se inspirar e, assim, tomar boas decisões que corroborem para um futuro de sucesso”Luana Machado, secretária de Juventude

Os jovens puderam participar, ainda no primeiro dia, da “papolestra” com convidados especiais, entre eles, a secretária de Juventude do Distrito Federal, Luana Machado; o vice-presidente da Câmara Legislativa, deputado Rodrigo Delmasso; o coordenador da Regional de Ensino da Ceilândia, Carlos Ney Menezes, e o diretor da escola, Wellington Germano.

“O que eu aprendi na juventude que me trouxe até aqui?” foi o tema da conversa com os convidados. Cada um deles contou aos participantes sobre suas vivências durante a juventude até o presente momento, suas escolhas na área acadêmica e seus desafios no mercado de trabalho. A ocasião ficou marcada pela interação entre todos os presentes, momento em que os jovens puderam fazer perguntas e ter um espaço para contar as suas expectativas para o futuro.

Na oportunidade, a secretária de Juventude, Luana Machado, contou aos jovens um pouco sobre a sua jornada: “Sempre tive muitos sonhos, um deles era o de viajar. Meus pais não tinham condições financeiras de me ajudar, então decidi que eu seria protagonista desse sonho e foi assim que comecei a vender brigadeiros. Por meio dessas vendas, custeei as minhas primeiras viagens, ainda muito nova.  Ingressei na Universidade de Brasília e continuei vendendo os doces para arcar com o custo dos livros. Conto isso para vocês porque acredito que todos aqui são capazes de alcançar seus sonhos, basta acreditar e trabalhar por isso”, incentivou.

Os jovens também puderam participar de mentorias sobre as profissões do futuro e empreendedorismo digital| Foto: Divulgação/Sejuv

A chefe da pasta falou, ainda, da importância na promoção dessas atividades. “O projeto Jovem Protagonista é uma ação que tem o poder de mudar o destino dos jovens que são alcançados e é com imensa gratidão que realizamos essa entrega. Aqui podemos mostrar referenciais para que cada participante possa se inspirar e, assim, tomar boas decisões que corroborem para um futuro de sucesso”, finalizou.

O vice-presidente da Câmara Legislativa, deputado Rodrigo Delmasso, contou aos jovens sobre os preconceitos que sofreu e a volta por cima que deu. “Passei por situações em que fui desacreditado por vários motivos, inclusive pelo local onde morei, mas, na minha caminhada, também encontrei pessoas que viram um potencial em mim que nem eu mesmo achava que poderia ter. O que me fez chegar onde estou foi acreditar nos meus sonhos, seguir em frente mesmo diante das dificuldades e me reinventar quando foi necessário”, concluiu.

Balanço

No segundo e no terceiro dia do evento foram ministradas palestras por parceiros –  o Instituto Mundial para as Relações Internacionais, idealizador do projeto, além do Brasil Startups, Sebrae, Instituto Fecomércio, Iesb e Instituto Sicoob – com temas variados, como orientação vocacional, elaboração eficaz de currículo e procedimentos para abertura de empresas.

Além disso, os jovens puderam participar de mentorias sobre as profissões do futuro e empreendedorismo digital e de oficinas de robótica e batalha de robôs. Vale lembrar que, durante os três dias de feira, ficaram disponíveis estandes fixos que permitiram aos jovens acessos a vagas disponíveis de estágios no DF.

Passaram pela Feira de Oportunidades mais de mil jovens, entre eles Yasmin Rodrigues, 17 anos, que contou sobre a sua experiência participando das atividades disponibilizadas no evento: “Esse projeto me permitiu ter acesso a profissionais incríveis e, por meio deles, pude tirar dúvidas e aprender sobre assuntos que eu jamais imaginei ter acesso.  Me senti acolhida por toda equipe, foram prestativos e se dispuseram a nos ensinar e mostrar que é possível alcançarmos nossos sonhos, desde que estejamos dispostos a estudar e trabalhar por isso. Saio daqui muito confiante e grata”, comemorou.

O projeto foi viabilizado por meio de emenda parlamentar do vice-presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, deputado Rodrigo Delmasso.

*Com informações da Sejuv

Fonte: Governo DF

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Programa Cisternas avança e promove cidadania às famílias do Semiárido nordestino

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Nova etapa de execução é concretizada via convênio entre MDS e Consórcio Nordeste, no valor de R$ 311 milhões. Na área rural de Juazeiro (BA), os moradores estão otimistas com as novas possibilidades trazidas pelo acesso à água

No Semiárido nordestino, um sonho começa a ganhar forma. A retomada do Programa Cisternas vem enchendo a casa das famílias de esperança. Em meio às obras de uma cisterna para a produção de alimentos em sua propriedade, Jamile da Silva, 26 anos, faz planos para o futuro. A tecnologia de acesso à água, combinada com o recurso do Programa Fomento Rural, vai proporcionar a ela uma renda extra.

Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos” Jamile da Silva, produtora rural

A produtora mora na comunidade Pau Preto, zona rural de Juazeiro, ao norte da Bahia. “O Programa Cisternas é perfeito”, definiu Jamile, sorridente. São mais de 42 mil cisternas contratadas, a partir de convênio entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o Consórcio Nordeste. A parceria, formalizada em maio deste ano, contempla os nove estados nordestinos.

O investimento é de quase R$ 300 milhões do Governo Federal, por meio do MDS, e de outros R$ 12 milhões de contrapartida dos estados. O convênio prevê a instalação de 39 mil tecnologias de acesso à água para consumo humano e 2,89 mil sistemas para consumo animal e produção de alimentos. As famílias que recebem as cisternas para a produção de alimentos também são inseridas no Programa Fomento Rural, em um repasse de R$ 13,3 milhões pelo acordo.

Além de oferecer assistência técnica, o Fomento Rural transfere o valor de R$ 4,6 mil diretamente para os beneficiados. São grandes conquistas para Jamile da Silva, que pensa em alternativas de expansão produtiva, a partir do recurso, da cisterna concluída e da capacitação para trabalhar em novas culturas. Ela também quer melhorar as condições do local onde cria caprinos e ovinos, a começar pela construção de um teto para os animais.

“Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos”, projetou Jamile, enquanto acompanha em detalhes o processo de construção da estrutura. Nascida e criada na zona rural, é nessa mesma terra em Juazeiro que ela quer continuar a escrever sua história.

A realidade que o Programa Cisternas desenha para as famílias é possível graças à retomada, em 2023, dos investimentos na ação. Trata-se de uma política pública que assegura o direito de acesso a água.

PERSPECTIVA — À sombra de uma árvore no quintal de casa, na comunidade Arapuá Novo, a produtora rural Maria Sonia Oliveira espera com tranquilidade o período de chuvas na região, quando será possível captar a água, armazenar e, finalmente, utilizá-la. Os 60 anos de vida, completados no último mês, são morando sobre o mesmo chão de terra em Juazeiro. Maria Sonia recorda da época em que a família não tinha cisterna em casa.

“A primeira cisterna foi um sonho, quando a gente conseguiu, há quase 20 anos. Porque a gente tinha uma dificuldade enorme de carregar a água. Tinha que buscar água longe, colocar na cabeça, era um peso”, lembrou aliviada. “Agora, com essa outra, vai ser ainda melhor, porque é para produção”, disse, mirando o futuro.

A poucos quilômetros da propriedade em que Maria Sonia cria caprinos, a família de André Nascimento também tem na pequena agricultura o meio de subsistência. É da atividade no campo que o produtor colhe qualidade de vida para os três filhos. Ao lado da esposa, Márcia Cristina, ele enxerga no Programa Cisternas a chance de ampliar e otimizar a produção na área em que vivem.

Aos 43 anos, essa será a primeira vez que o agricultor vai manejar uma horta. “Vou plantar coentro, alface, tomatinho… Vai ser pra gente comer em casa, um alimento saudável, e se for possível, até ter uma rendinha extra pra família”, planeja André, com entusiasmo.

CAPACITAÇÃO — O assessoramento técnico para as famílias que atuarão com as cisternas de produção de alimentos, tem o papel de educar e dar suporte, para que a atividade seja executada com segurança. Dessa forma, Jamile, Maria e André são acompanhados por profissionais com experiência e que conhecem o potencial produtivo da região.

Nas comunidades rurais de Juazeiro, a assistência é feita pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA). “É um trabalho que fortalece a função da assessoria técnica, porque a gente conversa com eles, tira dúvidas e até ajuda a escolher qual atividade produtiva eles querem desenvolver”, explicou Andressa Menezes, técnica do IRPAA.

“A retomada do Programa Cisternas consolida o que nós defendemos, que é a convivência com o Semiárido. É um processo que integra a família, porque todos participam”, completou.

O desenho do programa beneficia todos os envolvidos, de uma ponta a outra, como é o caso do pedreiro Flávio Rodrigues, que nunca havia trabalhado na construção civil. Ele passou por uma capacitação, esse ano, e agarrou a oportunidade. Desde que assumiu a função, perdeu as contas de quantas cisternas já ajudou a construir.

“Quero aprender mais ainda, desde moleque tinha vontade de ser pedreiro, e quero aproveitar a oportunidade de trabalhar na área. A cisterna é um presente, eu só tenho a agradecer ao programa, à ASA, a todos”, declarou Flávio. Entre o início e a entrega, a construção de cada cisterna pode variar entre sete e 15 dias, em média.

A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) é uma rede que defende, propaga e desenvolve o projeto de convivência com o bioma. A entidade é composta por mais de três mil organizações da sociedade civil, como sindicatos rurais, associações de agricultores e agricultoras, cooperativas, organizações não governamentais e institutos, como o IRPAA.

AVANÇO — Ao resgatar o Programa Cisternas, em 2023, após longo período sem incentivos, o Governo Federal investiu R$ 600 milhões e contratou 62,7 mil unidades, sendo 58,2 mil para o Semiárido e as demais para a região Amazônica.

As tecnologias sociais de acesso à água são um importante equipamento para a convivência com as regiões, promovendo dignidade, saúde, segurança alimentar e melhores condições de vida. Além disso, pesquisas científicas mostram a importância desses sistemas na saúde de gestantes e recém-nascidos.

 

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