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Outubro Rosa com programação especial contra câncer de mama

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O Outubro Rosa chegou, o Palácio do Buriti já está iluminado em tons de rosa, e a Secretaria da Mulher (SMDF) preparou uma programação especial para a campanha. Ao longo do mês, as mulheres do Distrito Federal terão acesso a diversos serviços voltados para a conscientização da importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama.

Arte: Secretaria da Mulher do DF

A divulgação do calendário das ações previstas para o mês será na segunda-feira (4), às 16h, no Salão Branco do Palácio do Buriti. Na ocasião, também será realizada a abertura da exposição de fotos Simplesmente Amor, realizada pela ONG Recomeçar – Associação de Mulheres Mastectomizadas de Brasília, com o apoio da SMDF, com oito mulheres que receberam o diagnóstico de câncer de mama, venceram a doença e conseguiram reconstruir a autoconfiança e a autoestima.

O câncer de mama é o segundo tipo de tumor mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca)

Entre os serviços oferecidos em outubro, serão disponibilizadas, em parceria com o Sesc, 100 vagas para realização de mamografias, em mulheres com idade acima de 50 anos, e 130 vagas para exames citopatológicos.

As interessadas deverão preencher o formulário disponível na página da Secretaria da Mulher, apresentar os documentos solicitados e aguardar o agendamento.

A carreta do Sesc ficará estacionada na Casa da Mulher Brasileira, em Ceilândia, no período de 4 a 6 de outubro; e na Administração de Planaltina, entre os dias 26 a 29 de outubro.

A unidade móvel da Secretaria da Mulher também fará parte da programação. O Ônibus da Mulher visitará diversos pontos do DF e a equipe da SMDF, em parceria com a Secretaria de Saúde, irá oferecer às mulheres orientações sobre o autoexame das mamas, debates e palestras sobre a promoção da saúde feminina, além de agendamento de exames preventivos, como mamografia pela Rede Ses. Estão previstos 35 atendimentos por dia, voltados para mulheres adultas de 50 a 69 anos, conforme preconizado nas normas do SUS.

Na Clínica da Mulher (Cesmu) também terá uma programação voltada para a prevenção e para o tratamento do câncer de mama entre mulheres catadoras de materiais recicláveis e com deficiência.

O câncer de mama é o segundo tipo de tumor mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). A campanha Outubro Rosa foi criada pela Lei nº 13.733, de 16 de novembro de 2018, e dispõe sobre a realização de atividades para conscientização sobre o câncer de mama durante o mês de outubro. Neste período, reforça-se a importância de compartilhar informações de acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento, além de orientação sobre acesso e atendimento pela rede de saúde.

*Com informações da Secretaria da Mulher do DF

Fonte: Governo DF

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Programa Cisternas avança e promove cidadania às famílias do Semiárido nordestino

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Nova etapa de execução é concretizada via convênio entre MDS e Consórcio Nordeste, no valor de R$ 311 milhões. Na área rural de Juazeiro (BA), os moradores estão otimistas com as novas possibilidades trazidas pelo acesso à água

No Semiárido nordestino, um sonho começa a ganhar forma. A retomada do Programa Cisternas vem enchendo a casa das famílias de esperança. Em meio às obras de uma cisterna para a produção de alimentos em sua propriedade, Jamile da Silva, 26 anos, faz planos para o futuro. A tecnologia de acesso à água, combinada com o recurso do Programa Fomento Rural, vai proporcionar a ela uma renda extra.

Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos” Jamile da Silva, produtora rural

A produtora mora na comunidade Pau Preto, zona rural de Juazeiro, ao norte da Bahia. “O Programa Cisternas é perfeito”, definiu Jamile, sorridente. São mais de 42 mil cisternas contratadas, a partir de convênio entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o Consórcio Nordeste. A parceria, formalizada em maio deste ano, contempla os nove estados nordestinos.

O investimento é de quase R$ 300 milhões do Governo Federal, por meio do MDS, e de outros R$ 12 milhões de contrapartida dos estados. O convênio prevê a instalação de 39 mil tecnologias de acesso à água para consumo humano e 2,89 mil sistemas para consumo animal e produção de alimentos. As famílias que recebem as cisternas para a produção de alimentos também são inseridas no Programa Fomento Rural, em um repasse de R$ 13,3 milhões pelo acordo.

Além de oferecer assistência técnica, o Fomento Rural transfere o valor de R$ 4,6 mil diretamente para os beneficiados. São grandes conquistas para Jamile da Silva, que pensa em alternativas de expansão produtiva, a partir do recurso, da cisterna concluída e da capacitação para trabalhar em novas culturas. Ela também quer melhorar as condições do local onde cria caprinos e ovinos, a começar pela construção de um teto para os animais.

“Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos”, projetou Jamile, enquanto acompanha em detalhes o processo de construção da estrutura. Nascida e criada na zona rural, é nessa mesma terra em Juazeiro que ela quer continuar a escrever sua história.

A realidade que o Programa Cisternas desenha para as famílias é possível graças à retomada, em 2023, dos investimentos na ação. Trata-se de uma política pública que assegura o direito de acesso a água.

PERSPECTIVA — À sombra de uma árvore no quintal de casa, na comunidade Arapuá Novo, a produtora rural Maria Sonia Oliveira espera com tranquilidade o período de chuvas na região, quando será possível captar a água, armazenar e, finalmente, utilizá-la. Os 60 anos de vida, completados no último mês, são morando sobre o mesmo chão de terra em Juazeiro. Maria Sonia recorda da época em que a família não tinha cisterna em casa.

“A primeira cisterna foi um sonho, quando a gente conseguiu, há quase 20 anos. Porque a gente tinha uma dificuldade enorme de carregar a água. Tinha que buscar água longe, colocar na cabeça, era um peso”, lembrou aliviada. “Agora, com essa outra, vai ser ainda melhor, porque é para produção”, disse, mirando o futuro.

A poucos quilômetros da propriedade em que Maria Sonia cria caprinos, a família de André Nascimento também tem na pequena agricultura o meio de subsistência. É da atividade no campo que o produtor colhe qualidade de vida para os três filhos. Ao lado da esposa, Márcia Cristina, ele enxerga no Programa Cisternas a chance de ampliar e otimizar a produção na área em que vivem.

Aos 43 anos, essa será a primeira vez que o agricultor vai manejar uma horta. “Vou plantar coentro, alface, tomatinho… Vai ser pra gente comer em casa, um alimento saudável, e se for possível, até ter uma rendinha extra pra família”, planeja André, com entusiasmo.

CAPACITAÇÃO — O assessoramento técnico para as famílias que atuarão com as cisternas de produção de alimentos, tem o papel de educar e dar suporte, para que a atividade seja executada com segurança. Dessa forma, Jamile, Maria e André são acompanhados por profissionais com experiência e que conhecem o potencial produtivo da região.

Nas comunidades rurais de Juazeiro, a assistência é feita pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA). “É um trabalho que fortalece a função da assessoria técnica, porque a gente conversa com eles, tira dúvidas e até ajuda a escolher qual atividade produtiva eles querem desenvolver”, explicou Andressa Menezes, técnica do IRPAA.

“A retomada do Programa Cisternas consolida o que nós defendemos, que é a convivência com o Semiárido. É um processo que integra a família, porque todos participam”, completou.

O desenho do programa beneficia todos os envolvidos, de uma ponta a outra, como é o caso do pedreiro Flávio Rodrigues, que nunca havia trabalhado na construção civil. Ele passou por uma capacitação, esse ano, e agarrou a oportunidade. Desde que assumiu a função, perdeu as contas de quantas cisternas já ajudou a construir.

“Quero aprender mais ainda, desde moleque tinha vontade de ser pedreiro, e quero aproveitar a oportunidade de trabalhar na área. A cisterna é um presente, eu só tenho a agradecer ao programa, à ASA, a todos”, declarou Flávio. Entre o início e a entrega, a construção de cada cisterna pode variar entre sete e 15 dias, em média.

A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) é uma rede que defende, propaga e desenvolve o projeto de convivência com o bioma. A entidade é composta por mais de três mil organizações da sociedade civil, como sindicatos rurais, associações de agricultores e agricultoras, cooperativas, organizações não governamentais e institutos, como o IRPAA.

AVANÇO — Ao resgatar o Programa Cisternas, em 2023, após longo período sem incentivos, o Governo Federal investiu R$ 600 milhões e contratou 62,7 mil unidades, sendo 58,2 mil para o Semiárido e as demais para a região Amazônica.

As tecnologias sociais de acesso à água são um importante equipamento para a convivência com as regiões, promovendo dignidade, saúde, segurança alimentar e melhores condições de vida. Além disso, pesquisas científicas mostram a importância desses sistemas na saúde de gestantes e recém-nascidos.

 

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