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SLU participa de debate sobre resíduos sólidos no Plano Piloto
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O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) participou da live “Conversa com SLU”, promovida pela Administração Regional do Plano Piloto sobre gestão de resíduos sólidos na região. O evento, realizado nesta sexta-feira (3), no Espaço Conexão, no Shopping Venâncio, foi transmitido ao vivo no Instagram da administração. A live foi apresentada pela administradora do Plano Piloto, Ilka Teodoro, e contou com participação do diretor-presidente do SLU, Silvio Vieira, e da diretora de Limpeza Urbana interina, Andrea Almeida. Além disso, lideranças comunitárias da região participaram do encontro.
“É muito importante que a comunidade participe mesmo e cobre a gente. Nós estamos aqui para isso, para trabalhar e atender a comunidade. O SLU está à disposição da população”Silvio Vieira, diretor-presidente do SLU
O objetivo do evento foi esclarecer dúvidas da população sobre a gestão de resíduos e os equipamentos de limpeza no Plano Piloto. A conversa foi aberta à comunidade, que pôde compartilhar experiências e participar – presencialmente ou de forma on-line – com perguntas sobre o tema.
Ao longo da live foram abordados assuntos como coleta seletiva, uso de equipamentos públicos do SLU (papa-entulho, papa-lixo, papa-reciclável e lixeiras), posicionamento de contêineres de prédios residenciais, contêineres de grandes geradores, descarte e coleta de lixo verde, varrição de calçadas, fiscalização e descarte de vidro.
Para o diretor-presidente do SLU, Silvio Vieira, a iniciativa da conversa foi muito importante. Segundo ele, o contato do SLU com a população é fundamental. “É muito importante que a comunidade participe mesmo e cobre a gente. Quero agradecer, especialmente, a presença das lideranças comunitárias. Nós estamos aqui para isso, para trabalhar e atender a comunidade. Tenho aprendido muito e sei que podemos fazer muitas coisas. O SLU está à disposição da população”, frisou.
“A gente resolveu fazer a live pois a gestão de resíduos é uma das demandas que mais chegam na nossa administração. Todos esses assuntos são muito importantes e estamos juntos com o SLU e a comunidade por uma cidade mais harmônica, limpa e com qualidade de vida”Ilka Teodoro, administradora do Plano Piloto
A diretora de limpeza urbana interina do SLU, Andrea Almeida, teve a oportunidade de esclarecer quais são e como a população deve usar os equipamentos públicos do SLU. “Os papa-recicláveis são equipamentos azuis destinados aos nossos recicláveis, como papel, papelão e metal, por exemplo. Nos papa-entulhos a população pode fazer a destinação correta dos resíduos da construção civil, podas, galhadas e volumosos. Inclusive temos um papa-entulho, aqui, no Plano Piloto, que fica na via L4 Sul. Outro equipamento nosso é o papa-lixo, contêiner semienterrado que tem capacidade de receber até 5m³ de resíduos orgânicos e indiferenciados. E temos também as lixeiras públicas. Já são quase 10 mil instaladas em todo o Distrito Federal”, explicou Andrea.
“A gente resolveu fazer a live pois a gestão de resíduos é uma das demandas que mais chegam na nossa administração. Todos esses assuntos são muito importantes e estamos juntos com o SLU e a comunidade por uma cidade mais harmônica, limpa e com qualidade de vida”, destacou a administradora Ilka Teodoro.
O presidente da Associação de Moradores das quadras 700 da Asa Sul, Carlos Cézar, elogiou o evento e ressaltou a importância da comunicação entre governo e sociedade. “Quero agradecer o convite e parabenizar a administração e o SLU. Me lembro quando houve uma vez alteração nos horários da coleta e o SLU passou com carro de som nas quadras distribuindo folhetos. Esse contato e o trabalho de comunicação são muito importantes para melhorar a gestão de resíduos”.
*Com informações do SLU e da AR Plano Piloto
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Programa Cisternas avança e promove cidadania às famílias do Semiárido nordestino
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No Semiárido nordestino, um sonho começa a ganhar forma. A retomada do Programa Cisternas vem enchendo a casa das famílias de esperança. Em meio às obras de uma cisterna para a produção de alimentos em sua propriedade, Jamile da Silva, 26 anos, faz planos para o futuro. A tecnologia de acesso à água, combinada com o recurso do Programa Fomento Rural, vai proporcionar a ela uma renda extra.
Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos” Jamile da Silva, produtora rural
A produtora mora na comunidade Pau Preto, zona rural de Juazeiro, ao norte da Bahia. “O Programa Cisternas é perfeito”, definiu Jamile, sorridente. São mais de 42 mil cisternas contratadas, a partir de convênio entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o Consórcio Nordeste. A parceria, formalizada em maio deste ano, contempla os nove estados nordestinos.
O investimento é de quase R$ 300 milhões do Governo Federal, por meio do MDS, e de outros R$ 12 milhões de contrapartida dos estados. O convênio prevê a instalação de 39 mil tecnologias de acesso à água para consumo humano e 2,89 mil sistemas para consumo animal e produção de alimentos. As famílias que recebem as cisternas para a produção de alimentos também são inseridas no Programa Fomento Rural, em um repasse de R$ 13,3 milhões pelo acordo.
Além de oferecer assistência técnica, o Fomento Rural transfere o valor de R$ 4,6 mil diretamente para os beneficiados. São grandes conquistas para Jamile da Silva, que pensa em alternativas de expansão produtiva, a partir do recurso, da cisterna concluída e da capacitação para trabalhar em novas culturas. Ela também quer melhorar as condições do local onde cria caprinos e ovinos, a começar pela construção de um teto para os animais.
“Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos”, projetou Jamile, enquanto acompanha em detalhes o processo de construção da estrutura. Nascida e criada na zona rural, é nessa mesma terra em Juazeiro que ela quer continuar a escrever sua história.
A realidade que o Programa Cisternas desenha para as famílias é possível graças à retomada, em 2023, dos investimentos na ação. Trata-se de uma política pública que assegura o direito de acesso a água.
PERSPECTIVA — À sombra de uma árvore no quintal de casa, na comunidade Arapuá Novo, a produtora rural Maria Sonia Oliveira espera com tranquilidade o período de chuvas na região, quando será possível captar a água, armazenar e, finalmente, utilizá-la. Os 60 anos de vida, completados no último mês, são morando sobre o mesmo chão de terra em Juazeiro. Maria Sonia recorda da época em que a família não tinha cisterna em casa.
“A primeira cisterna foi um sonho, quando a gente conseguiu, há quase 20 anos. Porque a gente tinha uma dificuldade enorme de carregar a água. Tinha que buscar água longe, colocar na cabeça, era um peso”, lembrou aliviada. “Agora, com essa outra, vai ser ainda melhor, porque é para produção”, disse, mirando o futuro.
A poucos quilômetros da propriedade em que Maria Sonia cria caprinos, a família de André Nascimento também tem na pequena agricultura o meio de subsistência. É da atividade no campo que o produtor colhe qualidade de vida para os três filhos. Ao lado da esposa, Márcia Cristina, ele enxerga no Programa Cisternas a chance de ampliar e otimizar a produção na área em que vivem.
Aos 43 anos, essa será a primeira vez que o agricultor vai manejar uma horta. “Vou plantar coentro, alface, tomatinho… Vai ser pra gente comer em casa, um alimento saudável, e se for possível, até ter uma rendinha extra pra família”, planeja André, com entusiasmo.
CAPACITAÇÃO — O assessoramento técnico para as famílias que atuarão com as cisternas de produção de alimentos, tem o papel de educar e dar suporte, para que a atividade seja executada com segurança. Dessa forma, Jamile, Maria e André são acompanhados por profissionais com experiência e que conhecem o potencial produtivo da região.
Nas comunidades rurais de Juazeiro, a assistência é feita pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA). “É um trabalho que fortalece a função da assessoria técnica, porque a gente conversa com eles, tira dúvidas e até ajuda a escolher qual atividade produtiva eles querem desenvolver”, explicou Andressa Menezes, técnica do IRPAA.
“A retomada do Programa Cisternas consolida o que nós defendemos, que é a convivência com o Semiárido. É um processo que integra a família, porque todos participam”, completou.
O desenho do programa beneficia todos os envolvidos, de uma ponta a outra, como é o caso do pedreiro Flávio Rodrigues, que nunca havia trabalhado na construção civil. Ele passou por uma capacitação, esse ano, e agarrou a oportunidade. Desde que assumiu a função, perdeu as contas de quantas cisternas já ajudou a construir.
“Quero aprender mais ainda, desde moleque tinha vontade de ser pedreiro, e quero aproveitar a oportunidade de trabalhar na área. A cisterna é um presente, eu só tenho a agradecer ao programa, à ASA, a todos”, declarou Flávio. Entre o início e a entrega, a construção de cada cisterna pode variar entre sete e 15 dias, em média.
A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) é uma rede que defende, propaga e desenvolve o projeto de convivência com o bioma. A entidade é composta por mais de três mil organizações da sociedade civil, como sindicatos rurais, associações de agricultores e agricultoras, cooperativas, organizações não governamentais e institutos, como o IRPAA.
AVANÇO — Ao resgatar o Programa Cisternas, em 2023, após longo período sem incentivos, o Governo Federal investiu R$ 600 milhões e contratou 62,7 mil unidades, sendo 58,2 mil para o Semiárido e as demais para a região Amazônica.
As tecnologias sociais de acesso à água são um importante equipamento para a convivência com as regiões, promovendo dignidade, saúde, segurança alimentar e melhores condições de vida. Além disso, pesquisas científicas mostram a importância desses sistemas na saúde de gestantes e recém-nascidos.
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