Geral
Mais rapidez no atendimento de emergência no Paranoá
O Hospital da Região Leste (Paranoá) recebeu nesta quinta-feira, 12, a primeira visita dos consultores do Hospital Sírio-Libanês para a implementação do Projeto Lean nas Emergências. O encontro ocorreu no auditório da unidade e contou com a participação de vários gestores. A iniciativa do Ministério da Saúde tem por objetivo reduzir a superlotação nas urgências e emergências de hospitais públicos.
Para tal, são utilizadas metodologias de gestão e algumas ferramentas para melhorar o fluxo de atendimento ao usuário. O projeto também engloba a otimização dos recursos, diminuir os desperdícios, aumentar a agilidade na prestação de assistência fazendo que reflita no giro de leito, reduzindo tempo de internação. Desta forma, podendo absorver os pacientes que chegam de uma demanda aumentada ao pronto-socorro no hospital.
Para a gerente de Emergência do HRL, Cláudia Joffily, o projeto vai tornar o processo de trabalho mais eficiente e eficaz para o paciente.
“O projeto será útil para todos os setores organizarem e ordenarem seus processos de trabalho, anulando desperdícios de tempo, mão de obra e materiais, além disso, trará um ambiente melhor para trabalhar”, aponta.
“O Lean acaba incorporando uma nova cultura organizacional onde as pessoas enxergam a possibilidade de uma melhoria continua, de fluxo puxado, enxergam o entendimento do que agrega valor para o paciente. A gente traz essa série de ferramentas e que acabam refletindo não apenas na emergência, mas o projeto também adentra o hospital”, explica o médico consultor do Hospital Sírio-Libanês, Guillermo Sócrates.
O Superintendente da Região de Saúde Leste, Sidney Sotero, enalteceu a parceria com os profissionais do Sírio-Libanês e que vai auxiliar as equipes do HRL. “A equipe da Região Leste mantém a tradição de seguir em busca de aprimoramento contínuo, aceitando grandes desafios e tecendo parcerias com as instituições de maior renome nacional para entregar a sua população adscrita a melhor saúde possível”, frisa.
Ainda de acordo com Guillermo Sócrates, o hospital tem estrutura muito boa e estuda junto aos gestores uma forma de reduzir o desperdício de circulação do paciente. “Às vezes o paciente vai lá na radiologia e volta, depois vai lá no laboratório, ou seja, a gente vai tentar através da planta do hospital encurtar percursos, trajetos, mapear o processo de prestação do serviço, para que a gente possa tornar cada vez mais eficiente aquele processo de trabalho”, sinaliza.
Como parte para a implementação do projeto e treinamento da equipe, em agosto, oito servidores do Hospital da Região Leste viajaram a São Paulo, tudo custeado pelo Hospital Sírio-Libanês. Foram dois dias de curso.
A gerente de Planejamento, Monitoramento e Avaliação da Atenção Hospitalar, Lucyara Simplício, contou como foi à experiência. “Estivemos no curso em São Paulo realizado pelo Sírio Libanês de dois dias intensos de curso para entender esse projeto e essa metodologia, para que o hospital trabalhe da melhor maneira com o que ele tem. Porque ele trabalha com o tempo, com agilidade, com os recursos que a gente tem”.
A equipe do Hospital Sírio-Libanês vai realizar acompanhamento durante seis meses com visitas a cada 15 dias. Para garantir a manutenção a longo prazo, a equipe de controle do projeto vai acompanhar os resultados por mais 12 meses.
* Com informações da Secretaria de Saúde
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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha
Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.
A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.
Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.
Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.
Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.
Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.
ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.
“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.
NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:
Balanço de atendimentos
- Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
- Equipes volantes: 548
- Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
- Remoções aéreas: 25
- Atendimentos psicossociais: 22
Força de trabalho:
- 134 profissionais em atuação;
- 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
- 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
- 62 profissionais no HCamp;
- 19 profissionais de gestão;
- 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)
Recursos aplicados:
- Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
- Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
- Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
- Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
- Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.
IMUNOGLOBULINA — O Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.
Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.
“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.
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