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Escola de Aperfeiçoamento comemora 33 anos

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“Aqui temos excelentes profissionais. Longa vida à Eape e aos profissionais da Educação!” Hélvia Paranaguá, secretária de Educação

Em comemoração aos 33 anos da Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (Eape) e ao Dia da Formação (10 de agosto), foi realizada, na manhã desta terça-feira (10), uma homenagem à instituição, pioneira e única do gênero na formação continuada no Brasil. A Eape é um dos pilares do Programa de Educação do Governo do Distrito Federal (GDF), executado pela Secretaria de Educação (SEE), responsável por todas as ações de formação dos profissionais da área do DF.

Escola foi homenageada em comemoração ao Dia da Formação, instituído como 10 de agosto | Foto: Vinícius de Melo/Agência Brasília

Recebido no evento pela secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, e pela subsecretária da Eape, Maria das Graças de Paula Machado, o vice-governador Paco Britto ressaltou a importância da educação para a sociedade: “Se em um evento de que eu participe pode parecer frase feita quando digo que ‘educação é o futuro’, tenho certeza que aqui, entre educadores, essa frase é entendida em sua essência, porque é realmente assim que eu vejo a educação: como o futuro”.

A Eape reúne cerca de 270 profissionais formadores, entre servidores e professores da SEE, há mais de três décadas. “O governo Ibaneis Rocha reconhece não apenas a importância da educação, mas a importância dos profissionais que promovem esta educação, que se empenham tanto para oferecer um ensino público de qualidade aos nossos estudantes”, valorizou Paco.

“Há menos de um mês eu estava aqui [na Eape]”, contou Hélvia Paranaguá, homenageada pela equipe da escola em que já atuou. “Estava escrito que eu tinha que passar [pela escola]. Meus últimos anos foram mais voltados para as pessoas. Aqui temos excelentes e os melhores profissionais. Longa vida à Eape e aos profissionais da Educação!”

“É uma escola de aperfeiçoamento de pessoal que faz jus ao nome e que carrega consigo políticas públicas tão importantes que fizeram história na educação do Distrito Federal” Paco Britto, vice-governador

Tema recorrente, a pandemia também foi mote dos discursos. Na avaliação da secretária de Educação, é primordial resgatar os estudantes para sua recuperação escolar. “Hoje, graças à ciência, conseguimos avançar na vacinação e pudemos levar os estudantes de volta às salas de aula”, destacou o vice-governador durante a cerimônia.

Políticas públicas

No caso do DF, a formação continuada ofertada pela Eape sempre esteve articulada à implementação de importantes históricas políticas públicas distritais. “É uma escola de aperfeiçoamento de pessoal que faz jus ao nome e que carrega consigo políticas públicas tão importantes que fizeram história na educação do Distrito Federal, como o ciclo básico de alfabetização, [o projeto] Escola Candanga, entre outras tantas”, lembrou Paco.

Para a subsecretária da Eape, a formação continuada é uma referência na continuidade dos conhecimentos dos currículos. “Estar na Eape é uma escolha”, frisou, referindo-se ao fato de que os mestres e doutores da escola abrem mão de gratificações.

“Essa escola representa um espaço vital para a rede de ensino público”, reforçou a mestra em literatura Tamar Rabelo, há sete anos na Eape. “As políticas públicas são pensadas em outros espaços da Secretaria [de Educação], mas aqui a gente faz o pedagógico formar trabalhadores. Aqui, mantemos vivo o nosso currículo”, completou a educadora, que também é graduada em letras e atua na área de desenvolvimento humano.

Aprimoramento

23 mil professores da rede pública de ensino são atendidos pela Eape

Com um olhar diferenciado para a escola pública, a Eape trabalha na formação dos professores, visando aprimorar a qualidade de ensino no Distrito Federal. Lá as salas recebem profissionais de todas regionais que, atuando em palestras, atendem todo o DF e o Brasil.

De acordo com a equipe, uma das metas é, por meio de parcerias, alcançar 30% do quadro de professores com mestrado. A Eape, que atende mais de 23 mil professores da rede pública de ensino, proporciona o afastamento anual de cerca de 2 mil servidores para fazerem especialização, mestrado e doutorado. Segundo a diretora da área administrativa da escola, Mariana Cassiano, só no ano passado, foram inscritas cerca de 74 mil pessoas em cursos da área de tecnologia.

Durante o evento, o público – formado por subsecretários, formadores e coordenadores regionais de ensino – pôde apreciar uma apresentação dos professores da Escola de Música de Brasília (BEM). Foi realizada ainda a entrega simbólica, aos formadores da Eape, dos kits de unidades de álcool gel e máscaras fornecidos pelo Comitê Todos Contra a Covid, coordenado por Paco Britto.

O vice-governador e demais participantes foram presenteados com edições da revista Com Censo, publicação científica no campo da educação. Na ocasião, foi lançado o projeto Prosa Pedagógica, que envolve vídeos e podcats voltados a essa temática dentro da formação continuada.

A data

No calendário oficial do Distrito Federal, 10 de agosto é a data em que se comemora o Dia da Formação Continuada, em homenagem à criação da Escola de Aperfeiçoamento de Pessoal, da extinta Fundação Educacional, instituída nesse mesmo dia, em 1988.

Posteriormente, a instituição teve o nome mudado para Escola de Aperfeiçoamento de Profissionais da Educação. A homenagem se tornou lei com a publicação no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) de 12 de fevereiro de 2020.

A Eape oferece formação continuada aos profissionais da Educação do DF, incluindo servidores das carreiras de magistério e de assistência. Dessa forma, possibilita o desenvolvimento contínuo dos profissionais, com oferta de centenas de cursos estruturantes em todos os níveis, presenciais e a distância, permitindo o desenvolvimento de melhores escolas e da educação.

O Distrito Federal é uma das unidades federativas que exigem formação superior de todos os seus professores – inclusive dos temporários – e um plano de carreira que privilegia a formação, tornando a sua rede pública uma das mais bem-preparadas do Brasil. A Eape é responsável por esse planejamento.

Fonte: Governo DF

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Programa Cisternas avança e promove cidadania às famílias do Semiárido nordestino

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Nova etapa de execução é concretizada via convênio entre MDS e Consórcio Nordeste, no valor de R$ 311 milhões. Na área rural de Juazeiro (BA), os moradores estão otimistas com as novas possibilidades trazidas pelo acesso à água

No Semiárido nordestino, um sonho começa a ganhar forma. A retomada do Programa Cisternas vem enchendo a casa das famílias de esperança. Em meio às obras de uma cisterna para a produção de alimentos em sua propriedade, Jamile da Silva, 26 anos, faz planos para o futuro. A tecnologia de acesso à água, combinada com o recurso do Programa Fomento Rural, vai proporcionar a ela uma renda extra.

Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos” Jamile da Silva, produtora rural

A produtora mora na comunidade Pau Preto, zona rural de Juazeiro, ao norte da Bahia. “O Programa Cisternas é perfeito”, definiu Jamile, sorridente. São mais de 42 mil cisternas contratadas, a partir de convênio entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o Consórcio Nordeste. A parceria, formalizada em maio deste ano, contempla os nove estados nordestinos.

O investimento é de quase R$ 300 milhões do Governo Federal, por meio do MDS, e de outros R$ 12 milhões de contrapartida dos estados. O convênio prevê a instalação de 39 mil tecnologias de acesso à água para consumo humano e 2,89 mil sistemas para consumo animal e produção de alimentos. As famílias que recebem as cisternas para a produção de alimentos também são inseridas no Programa Fomento Rural, em um repasse de R$ 13,3 milhões pelo acordo.

Além de oferecer assistência técnica, o Fomento Rural transfere o valor de R$ 4,6 mil diretamente para os beneficiados. São grandes conquistas para Jamile da Silva, que pensa em alternativas de expansão produtiva, a partir do recurso, da cisterna concluída e da capacitação para trabalhar em novas culturas. Ela também quer melhorar as condições do local onde cria caprinos e ovinos, a começar pela construção de um teto para os animais.

“Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos”, projetou Jamile, enquanto acompanha em detalhes o processo de construção da estrutura. Nascida e criada na zona rural, é nessa mesma terra em Juazeiro que ela quer continuar a escrever sua história.

A realidade que o Programa Cisternas desenha para as famílias é possível graças à retomada, em 2023, dos investimentos na ação. Trata-se de uma política pública que assegura o direito de acesso a água.

PERSPECTIVA — À sombra de uma árvore no quintal de casa, na comunidade Arapuá Novo, a produtora rural Maria Sonia Oliveira espera com tranquilidade o período de chuvas na região, quando será possível captar a água, armazenar e, finalmente, utilizá-la. Os 60 anos de vida, completados no último mês, são morando sobre o mesmo chão de terra em Juazeiro. Maria Sonia recorda da época em que a família não tinha cisterna em casa.

“A primeira cisterna foi um sonho, quando a gente conseguiu, há quase 20 anos. Porque a gente tinha uma dificuldade enorme de carregar a água. Tinha que buscar água longe, colocar na cabeça, era um peso”, lembrou aliviada. “Agora, com essa outra, vai ser ainda melhor, porque é para produção”, disse, mirando o futuro.

A poucos quilômetros da propriedade em que Maria Sonia cria caprinos, a família de André Nascimento também tem na pequena agricultura o meio de subsistência. É da atividade no campo que o produtor colhe qualidade de vida para os três filhos. Ao lado da esposa, Márcia Cristina, ele enxerga no Programa Cisternas a chance de ampliar e otimizar a produção na área em que vivem.

Aos 43 anos, essa será a primeira vez que o agricultor vai manejar uma horta. “Vou plantar coentro, alface, tomatinho… Vai ser pra gente comer em casa, um alimento saudável, e se for possível, até ter uma rendinha extra pra família”, planeja André, com entusiasmo.

CAPACITAÇÃO — O assessoramento técnico para as famílias que atuarão com as cisternas de produção de alimentos, tem o papel de educar e dar suporte, para que a atividade seja executada com segurança. Dessa forma, Jamile, Maria e André são acompanhados por profissionais com experiência e que conhecem o potencial produtivo da região.

Nas comunidades rurais de Juazeiro, a assistência é feita pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA). “É um trabalho que fortalece a função da assessoria técnica, porque a gente conversa com eles, tira dúvidas e até ajuda a escolher qual atividade produtiva eles querem desenvolver”, explicou Andressa Menezes, técnica do IRPAA.

“A retomada do Programa Cisternas consolida o que nós defendemos, que é a convivência com o Semiárido. É um processo que integra a família, porque todos participam”, completou.

O desenho do programa beneficia todos os envolvidos, de uma ponta a outra, como é o caso do pedreiro Flávio Rodrigues, que nunca havia trabalhado na construção civil. Ele passou por uma capacitação, esse ano, e agarrou a oportunidade. Desde que assumiu a função, perdeu as contas de quantas cisternas já ajudou a construir.

“Quero aprender mais ainda, desde moleque tinha vontade de ser pedreiro, e quero aproveitar a oportunidade de trabalhar na área. A cisterna é um presente, eu só tenho a agradecer ao programa, à ASA, a todos”, declarou Flávio. Entre o início e a entrega, a construção de cada cisterna pode variar entre sete e 15 dias, em média.

A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) é uma rede que defende, propaga e desenvolve o projeto de convivência com o bioma. A entidade é composta por mais de três mil organizações da sociedade civil, como sindicatos rurais, associações de agricultores e agricultoras, cooperativas, organizações não governamentais e institutos, como o IRPAA.

AVANÇO — Ao resgatar o Programa Cisternas, em 2023, após longo período sem incentivos, o Governo Federal investiu R$ 600 milhões e contratou 62,7 mil unidades, sendo 58,2 mil para o Semiárido e as demais para a região Amazônica.

As tecnologias sociais de acesso à água são um importante equipamento para a convivência com as regiões, promovendo dignidade, saúde, segurança alimentar e melhores condições de vida. Além disso, pesquisas científicas mostram a importância desses sistemas na saúde de gestantes e recém-nascidos.

 

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