Geral

Caravana de São João sacode o DF, com toda a segurança

Publicado

em


“A Caravana é uma ideia que nasceu em plena pandemia. Garante renda ao artista e cultura aos brasilienses e, principalmente, contribui com a preservação da tradição do são-joão” Sol Montes, subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural

Até o próximo dia 16, o Zeca Troncho –  apelido dado ao caminhão-palco da Caravana de São João 2021 –  atravessa 27 regiões administrativas do DF, levando o forró de raiz. Nesta quarta-feira (4), entre as 16h e as 17h30, o festivo veículo sobe a poeira em Sol Nascente/Pôr do Sol. A iniciativa é fruto de Termo de Fomento executado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) em parceria com a Associação dos Defensores das Culturas Regionais (ADCR).

Com recursos de R$ 640 mil, o projeto compreende 76 apresentações. A iniciativa gera 300 empregos para a classe artística e 50 para profissionais de apoio e de administração. Todos os participantes seguem protocolos de segurança contra a covid-19. Por ser itinerante, o projeto não gera aglomerações.

Zeca Troncho, o caminhão do forró, percorre 27 regiões do DF | Foto: Divulgação/Secec

“A Caravana é uma ideia que nasceu em plena pandemia”, explica a subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural (SDDC), Sol Montes. “Garante renda ao artista e cultura aos brasilienses e, principalmente, contribui com a preservação da tradição do são-joão.”

Paranoá em festa

“Todo artista tem de ir aonde o povo está”, parafraseia o músico Nilson Freire, em alusão ao clássico da MPB Bailes da Vida, de Milton Nascimento e Fernando Brant. “É uma iniciativa importante, porque ameniza tanto a situação financeira dos artistas, que estão sem trabalho desde o ano passado por causa da pandemia, quanto a carência cultural das pessoas, que agradecem por onde a gente passa, com brilho nos olhos, dançando e jogando beijos e abraços”. Nilson está escalado para tocar em Brazlândia, no próximo dia 12.

No último sábado (31/8), no Paranoá, a reação do público à passagem da Caravana de São João confirmou a descrição de Freire. Enquanto Zeca Troncho deslizava preguiçosamente entre dois carros de apoio – primeiro com o Trio Forró Biju, que tocou às 16h, e em seguida com o Trio Farol da Barca (18h) –, as pessoas acenavam das janelas e pelo comércio da cidade. O caminhão-palco fez um circuito de cerca de 6 km pela Avenida Comercial, quadras internas e Avenida Transversal em aproximadamente 80 minutos.

“Ceilândia é o grande celeiro dessa música no DF”Marques Célio, presidente da Associação dos Forrozeiros do DF (Asforró)

No Paranoá, o presidente da ADCR, Arkson Rangel, estima que cerca de mil pessoas tenham tomado contato com a música conduzida por vocal, triângulo, zabumba e sanfona, formação tradicional do forró de raiz. Esses trios ganham cachê por apresentação que varia de R$ 3,6 mil a R$ 5 mil, dependendo do portfólio da banda.

O presidente da Associação dos Forrozeiros do DF (Asforró), Marques Célio, explica que o forró de raiz repete a tradicional formação de músicos criada por Luiz Gonzaga (1912-1989) e Dominguinhos (1941-2013) e tende a se diferenciar do chamado “forró de plástico” – como Dominguinhos, às vezes, se referia às versões mais comerciais do gênero.

Marques ensina ainda que cinco ritmos compõem o gênero: forró, xote, baião, xaxado e marchinha. “Ceilândia é o grande celeiro dessa música no DF”, ressalta ele, que acompanha os trios em todas as apresentações da Caravana. “Dos 42 trios da Asforró, 26 são de lá, mas todas as regiões administrativas comparecem no arrasta-pé”.

Marques Célio conta que os segmentos que vivem em torno dessa tradição aguardam para o ano que vem o registro do forró de raiz como patrimônio imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). “Não saiu ainda porque a pandemia atrapalhou”, afirma.

Emprego e renda

O músico Luizão do Forró, de Ceilândia, agradece aos organizadores da Caravana de São João e lembra que o projeto tem o apoio integral da classe artística “Não tenho nenhuma dúvida do tamanho da importância dessa proposta para todos”, diz. Nilson Freire vai mais longe: “É um projeto que, independentemente da pandemia, deveria continuar. Em 20 anos de carreira, tocando em Brasília e em várias partes do país, nunca vi nada igual”.

Músico e produtor cultural há 34 anos, além de participante da diretoria da Associação dos Músicos e Artistas Populares do DF e Entorno (Asmap), Cacá Silva destaca a participação das mulheres na arte do forró no DF. Cita as cantoras Carliane Alves, Eliane Di Paula, Maiza Lima, Anne Santos, Luana, Anna Doni e as bandas Menino Ricco e Collo de Mainha. “Esse projeto tem uma importância extraordinária na manutenção do trabalho e renda de cantores, cantoras e trios”, reforça.

O operador de áudio José Roberto Pereira de Oliveira, morador do Riacho Fundo, ecoa os elogios ao projeto: “É muito importante para nós, tanto os da equipe técnica quanto os artistas. A Caravana de São João traz trabalho e dignidade para todos nós e nossas famílias”.

O operador de iluminação Rubens Noronha, por sua vez, não pensa duas vezes ao trocar a arte dos projetos cenográficos pelo álcool gel para higienizar microfones e instrumentos musicais em cima do caminhão. “Sou muito fã de São João”, diz. “Em breve, a Caravana vai passar na minha cidade [Riacho Fundo]. Vamos esperá-la de braços abertos”.

*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

Fonte: Governo DF

Comentários do Facebook

Geral

Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

Publicados

em

Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

Comentários do Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA