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Eleições para o Conselho de Cultura movimentam cidades
Na reta final para as inscrições das eleições dos conselhos regionais de cultura (CRCs), o Conselho de Cultura do Distrito Federal (CCDF) mobiliza gerentes a das oito regiões administrativas (RAs) envolvidas no certame: Arniqueira, Núcleo Bandeirante, Octogonal/Sudoeste, Park Way, SIA, Lago Sul, Lago Norte e Fercal.
Abertas em 21 de junho, as inscrições seguem até sexta-feira (16), com eleições marcadas para o período de 24 a 31 de agosto. A escolha dos conselheiros é importante para as regiões, pois preserva as tradições locais, movimenta a economia criativa e dá destaque a artistas das diversas RAs.
“Estamos trabalhando para despertar esses trabalhadores, artistas e produtores” Beth Fernandes, presidente do Conselho de Cultura do DF
O CCDF estudou as especificidades de cada região a fim de adequar demandas para construir um conselho cultural que beneficie as populações locais. Nesse momento, a principal estratégia das RAs é a intensificação da divulgação por meio das redes sociais.
Em comum, os gerentes de cultura de Arniqueira, Octogonal, Park Way, SIA e Sudoeste adiantam que há mobilização dos artistas em busca de inscrições. Todos trabalham no processo de divulgação, reforçando a importância para a construção do CRC, além de apoiar os artistas para o desenvolvimento das candidaturas.
“Para ser candidato a conselheiro regional de cultura, é preciso apenas exercer as atividades artísticas na localidade onde ocorrerá a eleição”, orienta a presidente do CCDF, Beth Fernandes. “Estamos trabalhando para despertar esses trabalhadores, artistas e produtores. Por isso, o conselho solicitou o apoio das administrações regionais e dos gerentes de cultura no processo.”
Eleições no alto-falante
Gerente cultural do SIA, Luiz Carlos Barros lembra que a cidade é atípica porque abriga comércio e indústria e, devido a isso, funciona em horários e dias comerciais. Esse limite de tempo administrativo, segundo ele, dificulta o relacionamento com as pessoas. “Tenho conversado com a população sobre as eleições”, conta. “Precisamos driblar essa dificuldade e seguir embora rumo ao CRC”.
O SIA, que nasceu com o projeto inicial de Brasília, tem a Feira dos Importados como um grande atrativo. “O SIA tem uma presença muito forte de produtoras, casas de shows e apresentações de rua”, resume Beth Fernandes.
Uma das estratégias da parceria entre CCDF e SIA é a divulgação de spots na programação diária na Rádio Feira para falar sobre o conselho. A administração local e a emissora também reforçam o recado em suas redes sociais. No Lago Sul, o CCDF conseguiu colocar um áudio no Centro Comercial Gilberto Salomão.
Cultura fortalecida
A gerente de cultura de Arniqueira, Aliny Acácio, diz que tem sido desafiante mapear artistas da cidade, assim como os projetos culturais desenvolvidos. Mesmo assim, ela consegue promover a divulgação por meio das redes sociais e acredita na formação do CRC.
“A criação do conselho vai ajudar a administração a desenvolver projetos para a comunidade”, destaca. “Isso fortalece a cultura e os artistas locais. Eu, como gerente, faço o necessário para que Arniqueira eleja o seu conselho.”
A situação se repete no Sudoeste/Octogonal. Henrique Behr, gerente de cultura da RA, conta que a principal estratégia para o sucesso das candidaturas e eleições do CRC está na divulgação em grupos de WhatsApp da região. Behr também distribui panfletos e conversa presencialmente com membros da comunidade.
“Por ser uma região relativamente nova, a cidade ainda está em formação em termos de ter a sua própria cultura. Mesmo assim, percebo o crescimento artístico, que tem ocorrido por meio das novas interações sociais”, relata. Em sua avaliação, o maior impedimento para a expansão cultural, hoje, são os transtornos causados em função da pandemia de covid-19.
Arniqueira foi implementada como região administrativa oficialmente em 2019, com publicação no Diário Oficial da União. O Sudoeste/Octogonal, por desmembramento da área do Cruzeiro, foi criado em 2003. Essa RA está inserida na área tombada pelo Patrimônio Histórico da Humanidade.
Pioneiros em ação
O Núcleo Bandeirante, conhecido anteriormente como Cidade Livre, foi a primeira ocupação dos candangos – famílias e trabalhadores que vieram para construir Brasília. Essa região abriga o Museu Vivo da Memória Candanga – extinto Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira, a primeira unidade hospitalar do DF.
A cidade abriga concorridos pontos turísticos de Brasília, como a Casa do Pioneiro, a Estação Ferroviária Bernardo Sayão e a Paróquia Dom Bosco, além do museu. “O Bandeirante possui a simplicidade de uma cidade do interior, mas a participação do público é muito boa e eu acredito que os artistas podem se beneficiar com essas eleições”, avalia o gerente de cultura do Núcleo Bandeirante, José Dionísio Filho.
Até 2003, o Park Way era parte integrante do Núcleo Bandeirante. Atualmente, a área abriga o Setor de Mansões Park Way, uma das áreas mais valorizadas do DF, e o Núcleo Hortícola Suburbano de Vargem Bonita, um dos maiores produtores de hortaliças do DF e morada de pioneiros de origem japonesa.
“No Park Way, os moradores consomem muita cultura, e nos vilarejos costumam acontecer feiras de artesanato com música ao vivo”, conta o gerente de cultura do Park Way, Thiago Henrique Prado. “Na nossa cidade, estamos com as inscrições completas para o CRC. Acho que a partir dessa formação será possível criar um cronograma cultural anual para a região.”
Além da Vargem Bonita, existem os núcleos Córrego da Onça e Ipê Coqueiros. A região é composta por inúmeras reservas naturais do cerrado, como a Fazenda Água Limpa, de propriedade da Universidade de Brasília (UnB). Outros atrativos turísticos são o Catetinho, a Casa Niemeyer e o Brasília Country Club.
*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha
Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.
A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.
Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.
Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.
Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.
Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.
ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.
“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.
NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:
Balanço de atendimentos
- Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
- Equipes volantes: 548
- Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
- Remoções aéreas: 25
- Atendimentos psicossociais: 22
Força de trabalho:
- 134 profissionais em atuação;
- 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
- 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
- 62 profissionais no HCamp;
- 19 profissionais de gestão;
- 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)
Recursos aplicados:
- Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
- Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
- Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
- Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
- Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.
IMUNOGLOBULINA — O Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.
Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.
“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.
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