Geral
62 anos depois, Setor de Rádio e TV Sul é urbanizado pela primeira vez
No coração de Brasília, pulsa uma região por onde passam 40 mil pessoas diariamente. Localizado em área nobre, centro da capital da República, o Setor de Rádio e TV Sul (SRTVS), um conjunto urbanístico formado por pessoas e edifícios, passou pela primeira grande obra. O Governo do Distrito Federal (GDF) investiu cerca de R$ 4,5 milhões em infraestrutura no local. A reforma será oficialmente inaugurada na manhã desta quinta-feira (19).
Diversas obras e intervenções arquitetônicas foram feitas para recuperar esse patrimônio da capital, com vistas a melhorar o acesso das pessoas e o tráfego de veículos. Foi uma completa reurbanização, que contou com a ampliação e organização dos espaços. Foram criadas novas vagas de estacionamento, alguns quilômetros de calçadas foram construídos ou recuperados e o paisagismo é todo novo, com novas praças e área livres. Iniciada em setembro do ano passado, a reforma do SRTVS gerou mais de 300 empregos.
475vagas para carros passam a ser oferecidas no SRTVS, um aumento de 64% no estacionamento público
“As obras proporcionaram melhorias na acessibilidade, organização do trânsito, solução das ocupações irregulares de área pública, estacionamentos e segurança para facilitar o acesso aos estabelecimentos em funcionamento na região”, avalia a administradora do Plano Piloto, Ilka Teodoro.
Para Alexandre Lins, operador de áudio, trabalhando há 13 anos em uma emissora de televisão sediada na região, agora é preciso que os cidadãos respondam às benfeitorias com educação. “Temos que fazer a nossa parte e manter esse patrimônio bem organizado. A partir do momento em que houve a reforma do setor, todos precisam contribuir com a conservação”, enfatiza.
Veículos motorizados
O número de vagas para carros e motos foi ampliado. O local passou a oferecer 475 vagas, um aumento de 64% na oferta no estacionamento público. Até então, eram 288 vagas. Os motociclistas também receberam novas vagas e, agora, são 58 locais exclusivos para as motos. Bicicletas também foram lembradas, com a instalação de 36 paraciclos, as estruturas metálicas que permitem apoiar e trancar as bikes com segurança.
“Colocamos cerca de 100 placas no setor, que indicam desde as vagas exclusivas de pessoas com deficiência (PCD) e idosos até as específicas de trânsito”, atesta o chefe do Núcleo de Sinalização Estatigráfica do Departamento de Trânsito (Detran), Rodrigo Salgado Pires.
A partir de agora, o SRTVS passa a ser uma Zona 30. A exemplo do que já ocorre no Setor Hospitalar Sul, a velocidade máxima permitida no local será de 30 quilômetros por hora, medida que vai permitir a humanização do espaço, já que, além dos ciclistas, os pedestres foram priorizados na readequação de espaços.
Cuidado com o pedestre
Foram construídos quase 11 mil metros² de calçadas em concreto. Esses acessos, mais largos, não têm degraus ou obstáculos, facilitando assim o deslocamento das pessoas com dificuldade de locomoção. Os locais de travessia para pedestres também foram melhorados, com uma plataforma elevada, que nivela o asfalto à calçada.
Nas cinco praças, os pisos foram revestidos com placas de vidro prensado, com tons de vermelho, cinza e branco, formando diferentes desenhos. O paisagismo incluiu o plantio de 85 mudas de árvores do cerrado. Todo o espaço recebeu também 46 lixeiras duplas, com capacidade para 60 litros.
“O SRTVS faz parte da história da cidade. Não podíamos fechar os olhos para a situação de completo abandono em que o local se encontrava. Essa reforma trouxe cara nova para a região, estimulando o comércio e o tráfego de bens e pessoas. Estamos trabalhando duro para recuperar todos os espaços públicos do DF”, afirma o secretário de Obras, Luciano Carvalho.
Para a secretária-executiva da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Janaína Vieira, a reforma do setor é “mais uma obra importante a ser entregue para a população, com o objetivo de requalificar toda a região central de Brasília.”
Geral
Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha
Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.
A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.
Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.
Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.
Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.
Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.
ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.
“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.
NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:
Balanço de atendimentos
- Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
- Equipes volantes: 548
- Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
- Remoções aéreas: 25
- Atendimentos psicossociais: 22
Força de trabalho:
- 134 profissionais em atuação;
- 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
- 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
- 62 profissionais no HCamp;
- 19 profissionais de gestão;
- 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)
Recursos aplicados:
- Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
- Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
- Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
- Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
- Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.
IMUNOGLOBULINA — O Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.
Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.
“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.
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