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2021 fica marcado como um ano de grande perdas para a política em Goiás, com a morte de 4 ex-governadores

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Nunca antes quatro ex-governadores do Estado de Goiás haviam falecido no mesmo ano. Dessa forma, 2021 entra para a história como uma triste coincidência, deixando uma marca no mundo da política goiana. Os quatro políticos que ocuparam o Palácio das Esmeraldas e lamentavelmente faleceram neste mesmo foram: Iris Rezende (MDB), Ary Valadão (Podemos), Helenês Cândido (PP), e Maguito Vilela (MDB). 

Quatro vidas que se cruzaram juntos com a construção histórica de Goiás, sendo dentre eles Iris Rezende o que mais tempo de vida dedicou à política, mais de 60 anos. Já Ary Valadão foi o que mais tempo viveu, chegando aos 102 anos completos. Maguito Vilela, vítima da covid-19, era o mais jovem e o único a ocupar ainda um cargo político (eleito para a Prefeitura de Goiânia, mesmo ocupando uma UTI ). Helenês Cândido, infelizmente, não foi socorrido a tempo e morreu por falta de atendimento médico.

Independentemente da idade ou da causa mortis, Goiás hoje rende as homenagens àqueles que fizeram história e deixaram um importante legado para o povo goiano.

Iris Rezende

Apesar de estar internado havia mais de três meses, a notícia da morte de Iris Rezende na madrugada de terça-feira (9/11) deixou consternada a família, amigos, o mundo político, admiradores e eleitores. O Governo de Goiás decretou luto oficial de sete dias e abriu o Palácio das Esmeraldas, para que o corpo fosse velado, permitindo que a população pudesse dar seu último adeus. No final da tarde dessa terça-feira, o corpo foi levado ao Cemitério Santana, onde foi sepultado.

Aos 87 anos, Iris morreu em decorrência de complicações após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico. Inicialmente internado em Goiânia, ele havia sido transferido para o Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, quando seu quadro de saúde começou a se tornar ainda mais grave. Transferido para a unidade de terapia intensiva (UTI) no último sábado, foi sedado e intubado com quadro de forte infecção, não conseguindo reagir.

Iris Rezende foi governador de Goiás por dois mandatos, prefeito de Goiânia em quatro ocasiões, vereador da Capital duas vezes, senador da República, ministro da Agricultura no governo do presidente José Sarney e ministro da Justiça na gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso.

Ary Valadão

Na primeira vez que chegou ao governo estadual, Iris Rezende sucedeu Ary Valadão, que comandou o Executivo de Goiás após ser eleito indiretamente pela Assembleia Legislativa (1979-1983) como o último governador biônico do período ditatorial. Em 1979, Ary filiou-se ao Arena e no ano seguinte migrou para o PDS.

No dia 9 de agosto deste ano, três meses antes da morte de Iris, faleceu Ary Valadão aos 102 anos. Ele estava filiado ao Podemos e morreu em casa em consequência de um quadro de pneumonia. Dias antes, tinha sofrido uma queda em sua residência, na capital goiana, mas não foi constatada fratura. 

Helenês Cândido

Aos 86 anos, Helenês Cândido foi o segundo ex-governador a falecer este ano vítima de covid-19, em 17 de março — meses antes, Maguito Vilela também foi uma vítima da pandemia. A morte de Helenês revelou o momento mais grave da segunda onda da pandemia. No início daquele mês, ele chegou a ser internado em um hospital de Goiânia, mas melhorou e recebeu alta.

Voltou para Morrinhos, onde residia, mas teve uma piora e aguardava ser transportado para um leito de UTI, mas a vaga veio só três dias depois. Helenês já com quadro grave não suportou e morreu durante a viagem de Morrinhos para Caldas Novas.

Quando assumiu o Governo de Goiás, Helenês Cândido ficou pouco mais de um mês. Chegou ao posto (novembro de 1998) por meio da Assembleia Legislativa, no lugar do vice-governador Naphtali Alves (PMDB) que ocupava o cargo deixado por Maguito Vilela (PMDB) em abril daquele ano.

Maguito Vilela

O primeiro ex-governador a falecer em 2021 foi Maguito Vilela (MDB). Ele morreu em 13 de janeiro, aos 71 anos, por complicações do coronavírus, após permanecer internado por vários dias na UTI do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Maguito foi eleito prefeito de Goiânia em novembro de 2020, para suceder Iris Rezende na gestão da capital. Internado, tomou posse de forma remota, do hospital em São Paulo, e se licenciou do cargo. Faleceu no dia 13 de janeiro de 2021 por complicações da covid-19. Assumiu o posto o vice, Rogério Cruz (Republicanos).

Maguito Vilela foi vereador em Jataí (1977-1983). Depois, foi eleito deputado estadual (1983-1987), deputado federal constituinte (1987-1991), vice-governador de Iris Rezende (1991-1994), e, por fim, governador de Goiás (1995-1998) e senador (1999-2007). Os púltimos cargos eletivos foram prefeito de Goiânia (2020) e prefeito de Aparecida de Goiânia (2009-2017).

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“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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