Saúde

Vacina da Fiocruz Minas e UFMG avança em testes de laboratório

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Um estudo para o desenvolvimento de uma vacina contra a covid-19 pelo Instituto René Rachou (Fiocruz Minas) e pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) concluiu, com “resultados bastante animadores”, a etapa de prova de conceito, informou ontem (12) a Agência Fiocruz. Tal etapa faz parte dos estudos pré-clínicos, em laboratório, e indica se a vacina tem potencial para produzir resposta imune e proteção contra a doença.

Cientistas do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Vacinas (INCTV) da Fiocruz Minas e do Centro de Tecnologia em Vacinas da UFMG trabalham no desenvolvimento deste imunizante, desde março de 2020. Segundo os pesquisadores, a vacina não apenas protegeu os camundongos usados na prova de conceito, como também evitou qualquer manifestação clínica da doença.

A pesquisa agora seguirá nos estudos pré-clínicos, com testes em macacos, considerados fundamentais para que se possa avançar em direção aos testes clínicos, em humanos. Nos primatas não-humanos, os pesquisadores vão investigar se a resposta imune causada pela vacina tem capacidade de produzir anticorpos contra o novo coronavírus.

O início dos testes em humanos pode ocorrer ainda neste ano, segundo os pesquisadores responsáveis pelo estudo. Porém, essa etapa requer a produção de um lote piloto da vacina dentro de rigorosos critérios de boas práticas e controle de qualidade, o que exigirá maior volume de recursos financeiros.

O pesquisador Ricardo Gazzinelli, coordenador do INCTV, explica que a plataforma tecnológica usada na vacina consiste na combinação de duas proteínas, entre elas a proteína S, utilizada pelo novo coronavírus para invadir as células do hospedeiro. Essas proteínas são combinadas em uma proteína “quimera”, que obteve os resultados positivos na prova de conceito.

Edição: Denise Griesinger

Fonte: EBC Saúde

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Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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