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SP deve aumentar frota de ônibus para reduzir aglomerações, diz Iema

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O número médio de viagens de passageiros por dia útil nos ônibus da capital paulista aumentou em 300 mil de janeiro para fevereiro deste ano, enquanto a quantidade de ônibus permaneceu inalterada, mostrou boletim do Monitor de Ônibus SP, do Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema). Por meio dessa ferramenta online, é possível acompanhar indicadores do transporte público paulistano de ônibus.

Em média, houve 5,3 milhões de viagens nos ônibus públicos da capital paulista em cada dia útil de fevereiro deste ano. Desde maio de 2020, após os primeiros meses de adesão ao distanciamento social, o número de locomoções por meio de ônibus públicos tem aumentado gradualmente na cidade. No entanto, a frota permanece com média de 12 mil ônibus circulando em dias úteis desde junho do ano passado.

Como a aglomeração pode favorecer a transmissão do novo coronavírus, o instituto avalia que deveria haver aumento da frota para minimizar o problema, com número equivalente, no mínimo, ao período anterior à pandemia: 13 mil ônibus em dias úteis. “Para evitar aglomerações no transporte público por ônibus, por que não manter minimamente a frota em sua capacidade operacional pré-pandemia?”, questionou David Tsai, pesquisador do Iema. De acordo com o instituto, os dados foram produzidos a partir de ferramentas públicas da Secretaria Municipal de Mobilidade e Transporte (SPTrans).

Em janeiro do ano passado, antes da pandemia, eram 7,5 milhões de viagens de passageiros em ônibus da capital, passando para 8,4 milhões em fevereiro e para 6,1 milhões em março. Naqueles meses, a frota era de 13 mil ônibus por dia, em média, informou o Iema. Em abril e maio do ano passado, a frota média de ônibus circulantes na cidade foi reduzida para cerca de 8 mil veículos, e o número médio de viagens era de, respectivamente, 2,7 milhões e 2,9 milhões por dia útil.

“Na época, a medida foi criticada por favorecer a aglomeração de passageiros, mesmo com a demanda de viagens menor do que antes da pandemia. No mês seguinte, a frota foi ajustada, tendo se estabelecido em cerca de 12 mil coletivos. Esse valor segue até agora”, segundo o boletim. Apesar do aumento gradual nos meses seguintes, a frota se manteve na média de 12 mil veículos. Em junho, foram 3,4 milhões de viagens de passageiros por dia nos ônibus públicos da capital; em julho, 4 milhões; em agosto, 4,6 milhões; em setembro, 4,7 milhões e, em outubro, 4,9 milhões.

O mês de novembro chegou aos 5,1 milhões e, em dezembro do ano passado e janeiro deste ano, as viagens se mantiveram em 5 milhões. O Iema ressaltou que, em geral, menos pessoas utilizam o transporte público por ônibus nos meses de férias – dezembro e janeiro -, o que explicaria as menores médias observadas no período, e era esperado um aumento de passageiros para fevereiro, baseando-se na tendência recente.

Apesar do número de viagens em fevereiro de 2021 corresponder a apenas 60% do total do mesmo mês do ano anterior, David Tsai disse que a concentração em horários de pico continua ocorrendo. “Grande parcela da população continua precisando se deslocar para trabalhar e, para isso, depende do transporte público.”

Para o pesquisador Felipe Barcellos, também do Iema, “a falta de ônibus em circulação no horário de pico se torna uma sensível e importante questão de saúde pública, bem como de direito de circulação digna das pessoas. A pandemia tem colocado em xeque, Brasil afora, os modelos vigentes de sustentação do transporte público coletivo. Faz-se necessário viabilizar formas de garantir um adequado e constantemente aprimorado sistema de mobilidade para a população”.

Prefeitura

A prefeitura de São Paulo, por meio da SPTrans, informou que a frota de ônibus das linhas municipais da cidade foi mantida acima da demanda apresentada desde o início da pandemia, em março de 2020. No momento, a frota do sistema de transportes está mantida em 88,25% em toda a cidade e em 93,34% nos bairros mais afastados do centro, para uma demanda de menos da metade de passageiros, considerando os números do período anterior à pandemia no ano passado.

Na primeira quinzena de março de 2020, antes das medidas de distanciamento social na cidade, a média era de 3,3 milhões de pessoas transportadas por dia útil, de acordo com o município. Em janeiro de 2021, a média de pessoas transportadas nos ônibus municipais por dia útil foi de 1,88 milhão, passando para 1,98 milhão em fevereiro e caindo para 1,69 milhão em março, com a frota sendo mantida em 11.308 veículos neste primeiro trimestre.

O padrão dos dados informados pelo município e pelo Iema são diferentes, sendo que o primeiro contabilizou o número de pessoas transportadas por dia, enquanto o segundo computou a quantidade de viagens. Uma pessoa pode fazer mais de uma viagem em ônibus público por dia.

Sobre as medidas preventivas adotadas, a prefeitura informou que o uso de máscaras é obrigatório durante toda a viagem por todos os passageiros, motoristas e cobradores. Acrescentou que a SPTrans adotou uma série de medidas preventivas em relação à covid-19, como reforço na higienização dos veículos e nos terminais, principalmente nos locais onde há contato mais frequente dos passageiros, como balaústres, corrimãos e assentos.

A partir de maio de 2020, a SPTrans informou que passou a publicar diariamente o Boletim de Mobilidade e Transportes, contendo o número de passageiros transportados e a frota programada.

Edição: Graça Adjuto

Fonte: EBC Saúde

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Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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