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Sim, nós temos! Cogumelo orgânico, café premiado e estímulo a pesquisa

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Yara vende por delivery, em média, 50 bandejas de cogumelos orgânicos por semana, a R$ 10 reais cada | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília

A bióloga Yara Ballarini sempre teve o sonho de cultivar alimentos que produzissem baixo impacto ambiental. Começou com verduras e hortaliças para o consumo doméstico.

Resolveu desafiar-se e partiu para o cultivo de cogumelos. Percebeu que o produto tinha mercado e investiu em conhecimentos. Ao dominar o business, aumentou o tamanho do sonho. Hoje, vende por delivery, em média, 50 bandejas de cogumelos orgânicos por semana, a R$ 10 reais cada.

Parece pouco, mas, em tempos de pandemia, em que muitos se depararam com a diminuição dos negócios, Yara vê possibilidade de crescimento nas vendas da Caliandra Cogumelos, a marca certificada orgânica do seu produto. Primeiro, porque já conta com uma clientela fiel e, depois, por investir em estratégias de marketing, como as redes sociais, para difundir ainda mais o negócio.

“Ainda estou cultivando a clientela. Tudo ajuda na hora de a pessoa conhecer o produto – a propaganda boca-a-boca, o whatsApp e o marketing direto”, explica Yara, 30 anos, que participou do curso de Empreendedorismo Rural da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater), que ajudou a aperfeiçoar seus negócios.

A Caliandra Cogumelos fica na chácara onde Yara reside, no Núcleo Rural Córrego do Urubu, Região Administrativa do Lago Norte. Em uma área de 500 metros quadrados são cultivados os cogumelos, dos tipos Shimeji e Juba de Leão, mas a empresária já pensa em diversificar o trabalho. “Minha ideia é aumentar a produção e começar a cultivar os cogumelos do tipo Shiitake”, afirma.

Em se tratando de empreendedorismo, é melhor não duvidar de Yara que foi uma das finalistas do Prêmio Juventude Rural Inovadora na América Latina e no Caribe, no ano passado. O prêmio destaca iniciativas inovadoras na área rural e foi promovido pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) das Nações Unidas.

Produção vendida para exportadores

Com auxílio da Emater-DF, Carlos Coutinho deixou de produzir para a família e ganhou o mundo das exportações. Hoje, produz 1,8 mil sacas por ano | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

No ano passado, Carlos Coutinho começou a torrefação dos grãos e o negócio ganhou a marca Café Minelis, um café especial laureado, em 2019, com a primeira colocação no Prêmio Internacional Ernesto Illy (EIICA).  No ano anterior, Coutinho já tinha sido o primeiro produtor de café da região Centro-Oeste a ser finalista no prêmio nacional do EIICA, que é realizado na Itália.

Coutinho, 75 anos, afirma que a pobreza de nutrientes do cerrado, não são um empecilho para quem quer produzir, porque a tecnologia já resolve essa questão. Para ele, o DF tem uma área muito boa para o cultivo de cafés especiais. “O clima é favorável. O inverno, seco, propicia a colheita desse tipo de café e o resultado de nossa produção, que segue altos padrões de qualidade, é um café encorpado, de aroma intenso e sabor adocicado”, informa Carlos Coutinho.

Solução premiada

Entre mil trabalhos inscritos no Programa de Incentivo ao Empreendedorismo Inovador StartBsb – da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP/DF), ligada à Secretaria de Ciência e Tecnologia – realizada no ano passado, 200 foram selecionados para a terceira etapa do certame. Do restrito grupo, apenas três são soluções para a área rural.

Dentre eles, está a pesquisa para a elaboração de adubos orgânicos peletizados (processo de compressão ou moldagem de um dado material) com adubos simples ou compostos orgânicos, do estudante de Agronomia da Universidade de Brasília (UnB), Sérgio da Costa Júnior.

O projeto de Sérgio visa preencher uma lacuna no mercado com relação à oferta de adubos orgânicos para a produção de alimentos. A proposta do estudante da UnB é a utilização de adubos orgânicos em formulação que atenda a necessidade nutricional das plantas e se adeque ao maquinário agrícola existente, por meio da compactação do produto.

“Teremos um melhor reaproveitamento dos adubos orgânicos já que, hoje, os resíduos orgânicos são, muitas vezes, descartados de forma incorreta na natureza”, explica Sérgio da Costa Júnior, 33 anos.

O pesquisador alerta que a produção agrária é dependente de insumos, para obter mais qualidade. A indústria de fertilizantes químicos atende o agronegócio brasileiro, mas causa a dependência do mercado externo pelos produtos com macronutrientes. “O adubo químico se dissolve no solo com muita rapidez, ocasionando a perda de elementos essenciais ou o distúrbio nutricional nas plantas”, analisa o estudante.

De acordo com o Sérgio, o produto que ele está desenvolvendo tem alto potencial de patente no agronegócio como  alternativa de adubação orgânica.. “O sistema pode aumentar o tempo de degradação do produto no solo e minimizar o custo de aplicação de fertilizantes. Tem alto potencial para empresas que fabricam adubos e serve também como proposta de produto para consumidor final”, explica.

Fonte: Governo DF

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Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

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No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

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