Saúde
Semana de Vacinação das Américas busca diminuir lacunas na imunização
As vacinas nos aproximam. Com esse tema e com foco na prevenção contra a covid-19 e a influenza, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) começa hoje (24) a 19ª edição da Semana de Vacinação das Américas.
Até o dia 30 de abril, em eventos regionais e globais, a entidade pede que países da região intensifiquem o chamado para que a população se vacine e preencham lacunas de imunização geradas pelas interrupções nos serviços de saúde durante a pandemia.
Brasil
No Brasil, o Ministério da Saúde vai distribuir 80 milhões de doses da vacina influenza trivalente, produzida pelo Instituto Butantan, para imunizar um público-alvo de 79,7 milhões de pessoas. A campanha segue até o dia 9 de julho.
“O programa nacional de imunização do Brasil é um dos mais abrangentes que nós temos na nossa região das Américas. E não temos dúvida de que vamos atingir a meta de vacinação, não somente de influenza, mas também de todas essas vacinas que trazem vida às nossas famílias”, disse a representante da Opas no Brasil, Socorro Gross.
Covid-19
Gross também destacou que a entidade está empenhada, junto aos demais países das Américas, para que a região tenha mais vacinas contra o novo coronavírus.
“No Brasil, existem duas instituições que, para nós, são patrimônio da humanidade: a Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto Butantan, que nos ajudam nesse sonho que nossa região precisa cumprir que é ser mais independente na produção de vacinas. Nossa organização está ao lado do Ministério da Saúde fazendo as tratativas para ter mais vacinas”, acrescentou.
Grupos
No caso da influenza, a imunização no Brasil será feita em três etapas. Os grupos prioritários são:
• crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias);
• gestantes e puérperas;
• povos indígenas;
• trabalhadores da saúde;
• idosos com 60 anos ou mais;
• professores do ensino básico e superior;
• pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais;
• pessoas com deficiência permanente;
• forças de segurança e salvamento e Forças Armadas;
• caminhoneiros e trabalhadores do transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso;
• trabalhadores portuários;
• funcionários do sistema prisional;
• adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas;
• população privada de liberdade.
Intervalo
Como duas campanhas de vacinação estão em andamento de forma simultânea no país (gripe e covid-19), a orientação do ministério é que a dose contra o coronavírus seja priorizada entre os grupos prioritários. Com isso, a população-alvo da campanha contra a influenza que ainda não recebeu doses contra a covid-19 deve ser imunizada primeiramente contra o coronavírus e só depois contra a gripe, respeitando um intervalo mínimo de 14 dias entre as doses.
Balanço
Ainda segundo a pasta, até a última sexta-feira (23), mais de 56 milhões de doses de vacinas contra o coronavírus foram distribuídas a todos os estados e ao Distrito Federal de forma proporcional – dessas, mais de 36,8 milhões já foram aplicadas.
Edição: Paula Laboissière
Saúde
Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes
Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças
Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.
A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.
Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.
A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.
Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.
Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás
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