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Seis projetos de autoria da deputada Lêda Borges estão aptos para apreciação do Plenário na próxima terça-feira, 13

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Dentre as matérias incluídas na pauta prévia da próxima terça-feira, 13, constam seis proposituras de autoria da deputada Lêda Borges (PSDB), aptas para apreciação do Plenário. Destas, três estão em fase de primeira discussão e votação, enquanto as outras três já podem ser deliberadas em definitivo. 

Entre os projetos de lei assinados pela parlamentar, destaque para propostas de cunho social, como o de nº 4794/19, cujo objetivo é instituir o “Selo Estadual Prefeitura Amiga das Mulheres” às administrações executivas municipais goianas que promoverem e comprovarem a edição ou execução de ações ou políticas públicas afirmativas em favor da mulher goiana. 

O intuito, conforme justificativa da matéria, é “criar mecanismos de incentivo para que sejam editadas e implementadas políticas públicas que instituem ações positivas em prol da mulher, com o intuito de diminuir os índices de preconceito e desigualdade de acesso à cargos públicos ou privados, bem como à serviços públicos e demais ferramentas de empoderamento, garantia de direitos e proteção à mulher”.

Deste modo, considera-se ação e política pública afirmativa em favor da mulher goiana, de acordo com o texto: a ocupação por mulheres de pelo menos 50% de todos os cargos e empregos públicos na administração direta, autárquica e fundacional do município, incluídos os cargos de provimento efetivo, os cargos em comissão, bem como as funções de confiança.

E, ainda, a publicação ou execução de políticas públicas que instituam ações afirmativas voltadas à redução das desigualdades de gênero na instituição e no exercício de direitos, liberdades e garantias constitucionais, convencionais e legais, especialmente as voltadas à saúde da mulher, ao enfrentamento à violência contra as mulheres, à erradicação do analfabetismo e à elevação da escolaridade e da qualificação profissional da mulher. 

A matéria recebeu sinal verde da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa, onde foi relatada com parecer favorável pela deputada Delegada Adriana Accorsi (PT) e se encontra em fase de primeira discussão e votação.

Também disponível para apreciação em primeiro votação, o projeto n° 4878/19, dispõe sobre o direito das pessoas que mantêm união estável homoafetiva à inscrição, como entidade familiar, nos programas de habitação popular desenvolvidos pelo estado de Goiás. O intuito é garantir o reconhecimento dos casais homoafetivos como entidade familiar no processo de inscrição nos programas habitacionais populares.

Em sua justificativa, Lêda Borges destacou que, desde 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a união estável de casais do mesmo sexo, a união estável homoafetiva, onde o ministro Ayres Brito argumentou que o artigo 3°, inciso IV, da Constituição Federal veda qualquer discriminação em virtude de sexo, raça, cor e que, nesse sentido, ninguém pode ser diminuído ou discriminado em função de sua preferência sexual. 

A legisladora pontua que, da mesma forma, a Lei nº 12.424, de 16 de julho de 2011, que dispõe sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida, também reconheceu como grupo familiar a unidade nuclear composta por um ou mais indivíduos que contribuem para o seu rendimento ou têm suas despesas por elas atendidas e abrange todas as espécies reconhecidas pelo ordenamento jurídico brasileiro, incluindo-se nesta a “família unipessoal”.

“Assim, o direito à moradia compõe o conjunto de direitos sociais assegurados na Constituição da República Federativa do Brasil. Nesse sentido, é proibida qualquer restrição à aquisição ou a locação de imóvel em decorrência da orientação sexual ou identidade de gênero da pessoa que busca adquirir ou locar o mesmo”, salienta Lêda Borges.

Ingresso Social

Também em fase de primeira discussão e votação, o projeto de lei nº 3985/19, dispõe sobre a criação do Ingresso Social em Goiás. A proposta é para que todos os eventos culturais, esportivos e artísticos realizados no estado reservem a porcentagem mínima de 15% de seus ingressos ao formato social, onde 10% de seu valor será destinado a campanhas de mobilização social, entidades de acolhimento ao menor e aos idosos, além de entidades de tratamento de enfermidades ou tratamento de dependentes de drogas. Por outro lado, o frequentador que realizar a compra do “ingresso social” receberá 50% de desconto no valor total do bilhete.

“Embasado na função social que toda atividade humana deve realizar, as atividades culturais, esportivas e artísticas, com propósito, cumprem papel importantíssimo e evidente na realização da valorização e melhoria na qualidade de vida humana. E cumprindo, ainda, mais sua vital atuação junto à sociedade, a disposição de ingressos/tickets sociais para a população possibilita de modo ampliado a importância da realização de tais eventos”, pontua a autora da propositura, em sua justificativa.

Votação em definitivo

Já em fase de segunda discussão e votação, destaque para o projeto nº 3984/19, que dispõe sobre a penalização à veiculação de publicidade ou propaganda misógina, sexista ou estimuladora de agressão e violência sexual contra a mulher em Goiás. De acordo com o texto, toda empresa com sede no estado que contratar ou veicular publicidades de tal caráter, por qualquer meio, dentre os quais outdoor, folhetos, cartaz, rádio, televisão ou redes sociais, será multada. A veiculação da propaganda também deverá ser suspensa.

Em sua justificativa, Lêda Borges evidencia que a publicidade é uma poderosa força de persuasão que modela atitudes e comportamentos no mundo contemporâneo, influenciando profundamente as pessoas e a sua maneira de compreender a sociedade. “Infelizmente o emprego da imagem feminina como objeto prontamente disponível para a satisfação dos desejos masculinos é uma prática largamente explorada pelo mercado publicitário. Essa conduta contraria os direitos das mulheres e a igualdade de gênero, ao perpetuar os valores do machismo de submissão feminina”, pontua a parlamentar.

“Há muito tempo as mulheres são retratadas em propagandas de produtos de limpeza, eletrodomésticos. Atualmente, a mulher passou a ser tratada inclusive como produto de consumo, com seu corpo como atributo mercadológico, destituído de dignidade, ‘coisificado’, hipersexualizado, carregado de uma concepção misógina. É imprescindível o debate do estereótipo da mulher nas mídias, visto que também é por meio delas que a misoginia, o machismo e o incentivo à violência contra a mulher, se dispersa na sociedade”, salienta a peessedebista.

Utilidade Pública

Também em fase de segunda discussão e votação estão os projetos de nº 1249/22 e 1964/22. O primeiro visa reconhecer de utilidade pública o Instituto Pró-Bairro Brasil, que tem por finalidade criar, executar, produzir, assessorar projetos na área social, educacional, literária, artística, cultural, saúde, desporto em geral e todas as suas formas de manifestação, comunicação social, ambiental, saúde, turismo e esporte relacionados com ações preventivas e educativas para crianças, jovens, adultos, LGBT, negros, afrodescendentes, indígenas, minorias e terceira idade.

A referida entidade é, de acordo com a matéria, uma associação civil sem fins lucrativos com fim exclusivo de servir desinteressadamente à coletividade do município de Águas Lindas de Goiás, cumprindo, dessa forma, com o determinado na Lei Estadual nº 7.371, de 20 de agosto de 1971. “Nesse sentido, a declaração de utilidade pública será importante para garantir que o Instituto Pró-Bairro Brasil possa firmar parcerias com a administração pública, a fim de cumprir, efetivamente, com sua função social”, justifica a propositura.

Já o segundo projeto citado visa declarar de utilidade pública a Associação de Pequenos Produtores Rurais da Fazenda Paraíso, cuja finalidade é promover o desenvolvimento econômico e social, apresentar sugestões de produção sustentável, sem agressão ao meio ambiente, organizar eventos que promova o esporte e a cultura, proporcionando saúde, lazer e bem-estar.

Com sede no município Alto Paraíso de Goiás, a referida instituição é, de acordo com a parlamentar, uma associação civil sem fins lucrativos, com intuito exclusivo de servir desinteressadamente à coletividade da região. “Nesse sentido, a declaração de utilidade pública será importante para garantir que a Associação de Pequenos Produtores Rurais da Fazenda Paraíso possa firmar parcerias com a administração pública a fim de cumprir, efetivamente, com sua função social”, pondera Lêda Borges, em justificativa da propositura.

Fonte: Assembleia Legislativa de GO

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“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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