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SC e BNDES lançam consulta sobre complexo prisional de Blumenau

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O governo de Santa Catarina e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançaram hoje (28) consulta pública da Parceria Público-Privada (PPP) para construção, modernização e operação do complexo prisional de Blumenau, naquele estado. A população poderá enviar sugestões até o próximo dia 28 de janeiro.

A previsão é que a licitação ocorra no início do segundo semestre de 2022. São estimados investimentos em torno de R$ 240 milhões somente nos primeiros dois anos da concessão, cujo prazo é de 35 anos. O complexo deverá ser um dos mais modernos do país, com tecnologia de ponta, para aumentar a segurança e reduzir custos da operação, e avaliação por indicadores de desempenho. Serão, pelo menos, 2.979 vagas, sendo 1.600 de regime fechado, 800 de provisório e 579 de semiaberto.

Além de substituir completamente o Presídio Regional de Blumenau, situado no centro da cidade, o complexo vai incorporar também a atual Penitenciária Industrial de Blumenau, que se transformará em um presídio. O diretor de Concessões e Privatizações do BNDES, Fábio Abrahão, afirmou que o banco aceitou o desafio de modelar esse projeto piloto por acreditar no potencial de mudança do setor de penitenciárias e presídios no Brasil. “É missão do BNDES estruturar projetos que promovam o uso mais eficiente dos recursos públicos, ao mesmo tempo em que se busca incentivar uma prestação de serviços de melhor qualidade”.

A estruturação do projeto e os estudos do novo complexo prisional foram liderados pelo governo de Santa Catarina, sob a coordenação do BNDES. O processo teve apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), da Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos do Ministério da Economia (PPI), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e das equipes do próprio estado.

Superlotação

O panorama atual do sistema prisional brasileiro é bastante crítico, definiu o BNDES. Para uma disponibilidade total de cerca de 460 mil vagas, a população carcerária no país alcança 770 mil presos, o que significa que há um déficit superior a 300 mil vagas. Além da superlotação do sistema, outro problema é que após cumprirem suas penas, os detentos saem da prisão sem as devidas qualificações para retornar ao mercado de trabalho e acabam provocando uma reincidência de 42,5%.

Para combater o problema de qualificação, o projeto prevê o fornecimento de trabalho e educação de qualidade aos presos. Isso não só vai ajudar o detento na sua reinserção na sociedade e na geração de renda para sua família, mas também na diminuição da pena, uma vez que para cada três dias trabalhados, um dia é reduzido na pena.

O secretário-executivo do órgão gestor de Parcerias Público-Privadas do estado de Santa Catarina, Ramiro Zinder, destacou que “a PPP trará um novo modelo de gestão prisional com foco na educação e no trabalho dos presos”. Ele disse estar convicto de que o projeto “será um grande avanço para reduzir a reincidência e propiciar uma verdadeira reintegração desses indivíduos na sociedade.”

Para o secretário de Administração Prisional e Socioeducativa do Estado, Leandro Lima, o desafio do complexo prisional de Blumenau será ampliar o alcance das políticas públicas de educação e trabalho para a população privada de liberdade. Acrescentou que, além disso, o projeto vai priorizar a aplicação de tecnologia em ambiente prisional, utilizando-se, inclusive, sistema biométrico para captura de dados, e inteligência artificial, para definição e reconhecimento de padrões. “Assim, tem-se a procura incessante pela ressocialização do indivíduo e a garantia da segurança pública do povo catarinense”, manifestou o secretário.

Responsabilidades

O modelo prevê ainda que o parceiro privado será responsável por diversas atividades não relacionadas ao poder de polícia, liberando os policiais penais para atuarem nas atividades-fim dentro do complexo prisional. O concessionário será também avaliado por indicadores de desempenho que impactam diretamente na remuneração, garantindo, portanto, a qualidade dos serviços a serem prestados à sociedade.

Na avaliação do secretário de Fomento e Apoio a Parcerias de Entes Federativos do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Wesley Cardia, “as PPPs são o único caminho para aperfeiçoar o sistema prisional com ganhos em vários setores”. Ressaltou que um presídio moderno, com espaços e estruturas adequadas para o apenado trabalhar, produzir e estudar, é o único caminho para a ressocialização. Cardia disse, ainda, que “unidades prisionais como a de Blumenau serão o melhor caminho para reintegração do preso à sociedade, além de custar menos ao Estado, porque ele fica menos tempo recluso e a chance de reincidir é muito menor”.

Edição: Valéria Aguiar

Fonte: EBC Geral

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Governo lança campanha “Fé no Brasil” e destaca avanços na economia

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Iniciativa ressalta resultados alcançados em pouco mais de um ano da atual gestão federal, a partir de políticas que fomentam a geração de empregos e combatem as desigualdades

Menor taxa de desemprego em nove anos. Crescimento do salário mínimo acima da inflação. Isenção de imposto de renda para mais de 15 milhões de pessoas. Retorno do Brasil à lista das dez maiores economias do mundo. Dívidas de mais de 14 milhões de brasileiros negociadas pelo Desenrola. Esses e outros avanços atingidos a partir de políticas públicas do Governo Federal estão destacados na campanha publicitária batizada de “Fé no Brasil“, lançada nesta quarta-feira, 1º de maio, Dia do Trabalhador.

As peças partem do conceito de que, mesmo que as pessoas tenham pensamentos diferentes, existem realizações e conquistas que são positivas para todos. O primeiro vídeo retrata um almoço de domingo de uma família brasileira, em que a preferência de alguns é por carne, enquanto a de outros é por legumes. Contudo, o principal é que todos tenham acesso à alimentação.

Por isso, o Governo investe em políticas de redução da fome e da pobreza, além de impulsionar a economia e a geração de empregos. Ações que já geraram resultados positivos. Em 2023, primeiro ano da atual gestão, 24,4 milhões de pessoas deixaram de passar fome no Brasil. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave caiu 11,4 pontos percentuais entre 2022 e 2023, segundo projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

SÓ O COMEÇO — Além de ressaltar avanços já alcançados, a campanha indica que o país trilha um caminho de progresso e convida a população a ter esperança e fé em tempos melhores. “A gente pode até pensar diferente, mas nisso o brasileiro concorda: quando a economia melhora, é bom para você, para a sua família, é bom para todo mundo. Isso é só o começo, tem muito trabalho pela frente. Fé no Brasil. A gente está no rumo certo”.

Dividida em quatro temáticas de interesse da sociedade (economia, educação, saúde e agro), a campanha conta com um filme base para cada eixo. Com 60 segundos de duração, cada um deles apresenta nuances de discurso para conversar com diferentes faixas da população, tanto na mídia tradicional quanto no ambiente digital. A campanha terá duração de seis semanas.

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