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Saúde oferece mais agilidade nos transplantes de córnea

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“Ver que os pacientes que precisam do transplante de córnea estão sendo atendidos é muito gratificante” Camila Vieira Hirata, diretora da Central de Transplantes

O Distrito Federal bateu a marca dos  transplantes de córnea realizados. Somente neste ano, de 1º de janeiro a 28 de julho, foram feitos 200 desses procedimentos. O número é 61% maior que o apurado no mesmo período do ano passado, quando foram registrados 124 transplantes de córnea – que, durante todo o ano de 2020, somam 222. Atualmente, a lista de espera está com 398 pessoas.

“Os transplantes de córnea eletivos ficaram suspensos entre abril e setembro por conta da pandemia, então somente casos de urgência eram realizados”, lembra a diretora da Central de Transplantes, Camila Vieira Hirata. “Tudo isso por conta de protocolos de segurança adotados bem no início da pandemia. Com o decorrer do tempo, alguns critérios foram revisados e foi verificado que era possível manter os transplantes de córnea eletivos.”

Número de operações desse tipo aumentou, no comparativo com o mesmo período de 2020 | Artes: Divulgação/Agência Saúde

A retomada desse procedimento explica o aumento no número de cirurgias realizadas somente neste ano. Segundo Camila, no ano passado, o transplante de córnea foi o que sofreu maior impacto da pandemia. “Houve uma queda de 46% na comparação com 2019 e, consequentemente, aumento da lista de espera”, enumera. “Ver que os pacientes que precisam do transplante de córnea estão sendo atendidos é muito gratificante.”

Critérios para a cirurgia são definidos em regulamento técnico elaborado pelo Ministério da Saúde

Consulta e avaliação

Hoje, no DF, são realizados transplantes de córnea pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Hospital de Base (HBDF), no Hospital Universitário de Brasília (HUB) e no Instituto de Cardiologia (ICDF). A doação de córnea somente é possível após o falecimento, ou seja, a córnea não pode ser doada em vida, e deve ser captada de seis a 12 horas após a parada cardíaca.

De acordo com a diretora da Central de Transplantes, os cadastros de potenciais receptores são feitos pelas próprias equipes habilitadas a executar o procedimento nas unidades públicas ou privadas de saúde do DF. Após avaliação com consulta e exames especializados, o médico comprova a necessidade de transplante e o paciente é inserido na lista única.

“Atualmente, o tempo médio de espera para realização do transplante de córnea no DF é de um ano”, informa a gestora. “Em caso de urgência, como uma perfuração do globo ocular, o paciente é priorizado na lista e o transplante é realizado em poucos dias”. Todos esses critérios são definidos em regulamento técnico elaborado pelo Ministério da Saúde.

Operação bem-sucedida

A servidora da Secretaria de Saúde (SES) Ana Silvia Pires fez o transplante de córnea em 2012. Ela tinha ceratocone e aguardou na fila por cinco meses. “Tive um bom atendimento”, conta ela, que passou pelo procedimento no Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB). “As córneas são coletadas pela Secretaria de Saúde e distribuídas para as equipes transplantadoras, sejam elas públicas ou particulares.  A minha cirurgia foi no hospital particular”, afirma.

Veja os casos em que a cirurgia de córnea é recomendada

Somente depois que foi trabalhar na Central de Captação de Órgãos e Tecidos, ao lado do Banco de Olhos da SES, Ana passou a entender o processo de doação de órgãos. “Consegui ver o quanto é difícil fazer a abordagem de uma família que acabou de perder um ente querido e pedir para que ela pense em outra pessoa que ela nem conhece, e nunca vai conhecer, e doe para ela voltar a ver”, relata.

A servidora explica que a equipe se desloca para onde a doação será feita e faz a enucleação; após isso, a córnea é preservada no Banco de Olhos até ser disponibilizada para alguém que, como ela, estava na fila de transplante. “Tudo foi feito com dedicação e total altruísmo dessa equipe maravilhosa”, lembra. “Tive oportunidade de agradecer ao técnico de enfermagem que fez a enucleação e à enfermeira que cuidou [da nova córnea] até ela chegar ao meu médico transplantador.”

*Com informações da Secretaria de Saúde

Fonte: Governo DF

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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