Saúde

São Paulo terá Museu da Vacina e novo centro de produção de soros

Publicado

em


Os trabalhos para criação do novo Centro Avançado de Produção de Soros do Instituto Butantan e do futuro Museu da Vacina da instituição foram iniciados em São Paulo. A previsão é que o centro seja entregue em 2023 e o museu seja aberto para visitação em 2022.

Todos os soros que o instituto disponibiliza serão produzidos em planta industrial única. Atualmente, são entregues ao Sistema Único de Saúde (SUS) 12 tipos de soros contra toxinas de animais peçonhentos e microrganismos. 

Segundo a instituição, ligada ao governo paulista, a nova fábrica fará a liofilização, o que possibilita que o produto chegue a regiões do país em que a refrigeração pode ser um problema. A técnica permite que produtos líquidos sejam desidratados e transformados em pó.

O investimento é de R$ 34,5 milhões em um espaço de 6,6 mil m²  com cinco pavimentos, onde  será feito desde o processamento do plasma até o envasamento dos frascos.

Museu

A ideia do Museu da Vacina surgiu em 2018. “Fizemos uma atividade aqui sobre os 100 anos da gripe espanhola e foi uma atividade de divulgação para mostrar a importância da vacinação”, relembra Giuseppe Puorto, biólogo que coordena o projeto do museu.

A proposta é criar um espaço cultural que valorize a ciência e estimule o interesse em pesquisa por meio do tema da vacinação, além de reforçar a importância da prática. 

“Mostrar como uma vacina funciona, seja ela para que tipo de doença, o que precisa para combater um problema de saúde pública. Mostrar como as vacinas, de uma forma geral, atuam no organismo humano. Como uma pessoa que não tem a vacina reage e aquela que tem a vacina reage? O que acontece dentro do corpo da pessoa para deixá-la imunizada?”, disse o biólogo sobre as possibilidades de explorar o tema. 

Puorto destacou, ainda, que o museu, além de contar a história da vacinação no Brasil e no mundo, vai explorar contextos atuais, como agora a luta contra a covid-19. 

“Mostrar que, atrás de muita coisa, inclusive da vacina, existe ciência, existem cientistas, existem pessoas que se preocupam com isso. Mostrar que, no passado, nós tivemos vários tipos de doenças, muitas delas foram controladas através de vacinas,” afirmou.

O museu vai funcionar num prédio histórico que será restaurado, com um custo de R$ 2,6 milhões. A edificação foi construída no fim do século 19 e, antes da criação do instituto, funcionava como sede da Fazenda Butantan na produção de leite bovino distribuído na cidade.

O local também já foi residência de Vital Brazil, primeiro diretor do Butantan, e, em 1933, foi transformado em escola rural do Grupo Escolar do Butantan. Mais recentemente, era usado pelos laboratórios de herpetologia, ecologia e evolução.

Edição: Kleber Sampaio

Fonte: EBC Saúde

Comentários do Facebook

Saúde

Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

Publicados

em

Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

Comentários do Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA