Saúde

Rondônia transferirá pacientes com covid-19 para o Rio Grande do Sul

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Cinquenta pacientes com covid-19 vão ser transferidos a partir de amanhã (26) de Porto Velho para hospitais de Porto Alegre e Canoas, no Rio Grande do Sul. A informação foi confirmada pelo governador em exercício do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior,gaúcho. Em mensagem no Twitter, ele disse que atende a um pedido do Ministério da Saúde.

A medida foi uma das últimas ações de Vieira como governador em exercício antes de sair de férias e transmitir, nesta manhã, a chefia do Poder Executivo ao presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputado Ernani Polo. O governador Eduardo Leite está viajando e só deve reassumir o cargo na quarta-feira (27).

Segundo o governo gaúcho, 20 dos pacientes transferidos de Rondônia serão atendidos no Hospital Universitário de Canoas. Os outros 30 pacientes ficarão em Porto Alegre – 10 no Grupo Hospitalar Conceição, 10 no Hospital de Clínicas e 10 no Hospital Vila Nova. Inicialmente, eles ocuparão leitos de enfermaria, mas, em nota, o diretor do Departamento de Regulação Estadual do Rio Grande do Sul, Eduardo Elsade, garantiu que a rede de saúde está apta a atendê-los em unidades de terapia intensiva (UTIs), caso necessário.

“Temos condições de suportar um eventual aumento de demanda e não temos receio de aceitar esses pacientes, colaborando com os estados do Norte [do país], que estão em dificuldade neste momento”, afirmou Elsade, na nota divulgada pelo governo gaúcho.

A Agência Brasil perguntou ao Ministério da Saúde e ao governo estadual se mais pessoas serão transferidas para outras unidades da Federação e ainda aguarda resposta.

Colapso

A transferência de pacientes para hospitais a mais de 3.600 quilômetros de distância deve-se ao colapso das unidades de saúde da capital de Rondônia, Porto Velho. Devido ao aumento do número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus, os leitos de saúde destinados aos pacientes com essa doença estão todos ocupados desde o último sábado (23).

Segundo o boletim epidemiológico que o Ministério da Saúde divulgou na tarde deste domingo (24), Rondônia tem 117.101 casos confirmados de covid-19 desde que foi confirmada a presença do novo coronavírus no país, em fevereiro de 2020. Já o número de mortes em decorrência da ação do vírus chegou ontem a 2.111.

Só na capital, três óbitos foram notificados entre a noite de sexta-feira (22) e a tarde de ontem (24) – quando, normalmente, os casos demoram mais a serem confirmados. Entre as vítimas estão o desembargador aposentado Walter Waltemberg Junior, ex-presidente do Tribunal de Justiça de Rondônia, e o diretor técnico da Agência de Desenvolvimento de Porto Velho, Armando Moreira Filho.

Além disso, poucas horas após a divulgação do boletim com os dados parciais do fim de semana, parentes confirmaram a morte do jornalista e apresentador de TV Marcelo Bennesby, de 53 anos. Vítima de um acidente vascular cerebral (AVC), Bennesby foi diagnosticado com a covid-19 quando já estava internado na UTI de um hospital particular. Segundo o Sistema Gurgacz de Comunicação, para o qual o jornalista trabalhava, a covid-19 agravou o quadro de saúde do apresentador.

No início da noite de sábado (23), o governador de Rondônia, Marcos Rocha, fez um apelo para que a população mantenha os cuidados de prevenção, usando máscaras, higienizando as mãos e objetos com álcool 70° ou com água e sabão e respeitando o distanciamento social.

Rocha informou que estava em contato com o Ministério da Saúde, ao qual solicitou ajuda para transferir para hospitais federais de outros estados parte dos pacientes que aguardam por uma vaga em UTI de Rondônia.

Também no sábado, o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, informou que, mesmo com a abertura de vagas nos hospitais, a capital não tinha mais leitos disponíveis para receber pacientes. “Tínhamos 18 leitos com aproximadamente cinco respiradores no início da pandemia. Agora chegamos a 70 leitos e 23 respiradores. Conseguimos essa ampliação para atender ainda mais a população e, mesmo assim, não está sendo suficiente”, disse Chaves, atribuindo o recrudescimento da doença às aglomerações durante as festas de fim de ano.

“Após as festas de fim de ano, os casos começaram a aumentar consideravelmente e chegamos ao ponto de não termos mais leitos para as pessoas doentes com a covid-19”, acrescentou o prefeito.

Vacinas

Neste domingo, o governo de Rondônia recebeu mais 13 mil doses de vacinas contra o novo coronavírus. Na terça-feira (19), o estado tinha recebido do Ministério da Saúde quase 50 mil doses do imunizante.

A primeira remessa fazia parte dos 6 milhões de doses da CoronaVac que o ministério comprou do Instituto Butantan, que as produziu em parceria com o laboratório chinês Sinovac. Já as doses entregues ontem foram produzidas na Índia, pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca.

Os insumos foram redistribuídos às 52 cidades do estado e, no último dia 22, todos os municípios iniciaram a vacinação dos profissionais de saúde que atuam no atendimento a pacientes com covid-19, de indígenas aldeados e idosos com mais de 60 anos que moram em casas de repouso ou asilos.

Edição: Nádia Franco

Fonte: EBC Saúde

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Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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