Saúde
Rio investiga possíveis casos da variante britânica da covid-19
Profissionais da Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SVS) da Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro descobriram que o homem com caso confirmado da variante britânica do coronavírus participou de uma reunião de família com ao menos oito pessoas em Nova Friburgo, dias antes de apresentar os sintomas.
Uma equipe técnica da SVS esteve no local para a investigação epidemiológica, e o dono da casa relatou que foi diagnosticado com covid-19 um dia depois do evento, o que foi confirmado por um teste rápido. Ele já se recuperou da doença e relata não ter viajado nem tido contato com alguém que tenha viajado para locais onde a variante do vírus esteja circulando.
Como não foi coletado material para análise na época em que o dono da casa estava doente, não será possível realizar sequenciamento genético para confirmar se ele também teve covid-19 a partir da infecção da variante britânica do vírus.
O homem cuja infecção foi comprovadamente atribuída à variante mora na cidade do Rio de Janeiro, teve apenas sintomas leves e já se recuperou da doença.
Até ontem (20), havia 13 casos de covid-19 em investigação por possíveis relações com as novas variantes do coronavírus no estado. São considerados suspeitos pacientes com sinais e sintomas de covid-19 que tenham histórico de viagem ou contato com pessoas oriundas de outros estados e/ou países com circulação de novas variantes.
Casos confirmados
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro já confirmou cinco casos relacionados a mutações do coronavírus, sendo um da variante britânica e quatro da variante brasileira, identificada pela primeira vez em Manaus.
Dois dos pacientes com a cepa brasileira morreram, sendo um morador de Belford Roxo e outro paciente oriundo de Manaus. “A SES reforça que, em ambos os casos, não é possível afirmar que houve agravamento dos quadros devido à mutação do vírus.”
Entre esses cinco pacientes, quatro adquiriram a doença dentro do próprio estado do Rio de Janeiro, o que confirma que as cepas já estão circulando ao menos na capital, e, provavelmente, também nas cidades de Nova Friburgo e Nova Iguaçu. Apesar disso, a secretaria alerta aos demais municípios que é possível que a circulação seja mais ampla, devido à mobilidade de pessoas na região metropolitana.
Edição: Lílian Beraldo
Saúde
Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes
Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças
Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.
A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.
Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.
A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.
Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.
Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás
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