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Rio ganha Observatório de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

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Um observatório inédito no estado do Rio vai avaliar os fluxos dos diversos tipos de resíduos sólidos para propor soluções técnico-científicas e políticas públicas na área.

O Observatório de Gestão Integrada de Resíduos do Estado do Rio de Janeiro, inaugurado esta semana, vai trabalhar em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) para “lapidar” os dados fornecidos pelos municípios e que são inseridos na plataforma de interação Sinir + (Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos).

O observatório será coordenado pelo professor Carlos Eduardo Canejo que também é coordenador do Núcleo de Sustentabilidade da Pós-Graduação Universidade Veiga de Almeida (UVA).

“O nosso papel aqui vai ser avaliar esse universo de declarações dos municípios, a partir do que o ministério está colocando, e complementar essas informações com pesquisas, seja dos órgãos ambientais de controle, tanto municipal como estadual, para poder refinar um pouco mais as informações que estão sendo prestadas pelo MMA. Na verdade, é uma parceria. A gente vai contribuir e lapidar a base de dados, deixá-la ainda melhor”.

Ele acredita que o observatório pode vir a se tornar exemplo para outros estados brasileiros. “O objetivo é inspirar outras instituições a seguir o nosso modelo”.

Segundo Canejo, a proposta do observatório é articular alunos, ex-alunos, professores e pesquisadores da universidade na produção de pesquisa científica para a avaliação de cenários de tratamento, destinação e disposição final de resíduos sólidos no estado do Rio de Janeiro.

No momento, a equipe da unidade reúne mais de dez pesquisadores que vão trabalhar no mapeamento dos aterros sanitários, dos aterros controlados e dos lixões, bem como das demais soluções de tratamento e destinação final de resíduos industriais e de saúde.

O intuito, segundo ele, é organizar as informações e dar mais transparência aos dados.

Pandemia

Desde 2020, os pesquisadores vêm produzindo estudos sobre a temática. Um dos primeiros estudos fez uma avaliação do impacto do período de ‘lockdown’ (isolamento), imposto pela pandemia da covid-19, no tratamento do aterro sanitário de Campos dos Goytacazes, no norte fluminense. “A gente constatou, comparando com as séries históricas de anos anteriores, um aumento de 40% no recebimento de resíduos no aterro sanitário. Isso causa um impacto enorme, tanto na redução de vida útil do aterro sanitário, quanto nos custos operações e na geração de chorume e também de biogás nesse aterro”.

Canejo afirmou que ao longo do período de pandemia, esse foi um relato comum entre os vários outros aterros sanitários do estado. Considerando o uso massivo de materiais de higiene e limpeza e o aumento do consumo de alimentos, ocorreu aumento de 140% na média diária de recebimento de resíduos no aterro sanitário de Campos dos Goytacazes, representando incremento substancial de chorume, líquido extremamente poluente gerado durante a decomposição dos resíduos.

Desempenho

Em outra pesquisa, utilizando o Índice de Qualidade de Destinação Final de Resíduos (IQDR), que avalia uma série de indicadores técnicos e ambientais que refletem a qualidade operacional de aterros, os pesquisadores realizaram duas visitas por ano a todos os aterros do estado ao longo do período 2013/2015.

Os indicadores diagnosticaram carências econômicas e imperícias técnicas na implantação e operação dos aterros sanitários estaduais. De acordo com a pesquisa, os aterros sanitários com melhores desempenhos são o de Seropédica, Campos dos Goytacazes e São Gonçalo e os piores, os de Miguel Pereira, Barra do Piraí e Piraí.

Um novo projeto de pesquisa já está em desenvolvimento para dar continuidade à análise dos indicadores técnicos e ambientais dos aterros, com a finalidade de fazer uma avaliação da sustentabilidade operacional de todos os aterros sanitários fluminenses.

“A gente vai um pouco além. Antes, avaliou só a característica técnica e, agora, a equipe parte para fazer uma avaliação a partir de um índice de sustentabilidade operacional, já em curso”.

A metodologia da pesquisa está pronta, já foi testada e validada, e os pesquisadores estão em busca de financiamento para subsidiar pelo menos duas visitas que serão feitas anualmente a todos os aterros. O projeto está sendo elaborado para apresentação à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faferj).

Edição: Lílian Beraldo

Fonte: EBC Geral

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Governo lança campanha “Fé no Brasil” e destaca avanços na economia

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Iniciativa ressalta resultados alcançados em pouco mais de um ano da atual gestão federal, a partir de políticas que fomentam a geração de empregos e combatem as desigualdades

Menor taxa de desemprego em nove anos. Crescimento do salário mínimo acima da inflação. Isenção de imposto de renda para mais de 15 milhões de pessoas. Retorno do Brasil à lista das dez maiores economias do mundo. Dívidas de mais de 14 milhões de brasileiros negociadas pelo Desenrola. Esses e outros avanços atingidos a partir de políticas públicas do Governo Federal estão destacados na campanha publicitária batizada de “Fé no Brasil“, lançada nesta quarta-feira, 1º de maio, Dia do Trabalhador.

As peças partem do conceito de que, mesmo que as pessoas tenham pensamentos diferentes, existem realizações e conquistas que são positivas para todos. O primeiro vídeo retrata um almoço de domingo de uma família brasileira, em que a preferência de alguns é por carne, enquanto a de outros é por legumes. Contudo, o principal é que todos tenham acesso à alimentação.

Por isso, o Governo investe em políticas de redução da fome e da pobreza, além de impulsionar a economia e a geração de empregos. Ações que já geraram resultados positivos. Em 2023, primeiro ano da atual gestão, 24,4 milhões de pessoas deixaram de passar fome no Brasil. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave caiu 11,4 pontos percentuais entre 2022 e 2023, segundo projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

SÓ O COMEÇO — Além de ressaltar avanços já alcançados, a campanha indica que o país trilha um caminho de progresso e convida a população a ter esperança e fé em tempos melhores. “A gente pode até pensar diferente, mas nisso o brasileiro concorda: quando a economia melhora, é bom para você, para a sua família, é bom para todo mundo. Isso é só o começo, tem muito trabalho pela frente. Fé no Brasil. A gente está no rumo certo”.

Dividida em quatro temáticas de interesse da sociedade (economia, educação, saúde e agro), a campanha conta com um filme base para cada eixo. Com 60 segundos de duração, cada um deles apresenta nuances de discurso para conversar com diferentes faixas da população, tanto na mídia tradicional quanto no ambiente digital. A campanha terá duração de seis semanas.

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