Geral
Quase 1,3 mil acidentes com animais peçonhentos no DF
De janeiro a julho deste ano, já foram notificados pela Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde (SES) 1.280 ocorrências envolvendo animais peçonhentos. A rede pública está preparada para receber pessoas que precisarem de atendimento. Em caso de acidentes, a recomendação é procurar imediatamente o pronto-socorro mais próximo.
Do total de ocorrências, grande parte envolve escorpiões, com 967 casos. A seguir vêm as serpentes, com 105 casos registrados. Na terceira posição aparecem os acidentes com abelhas: 5 casos. No mesmo período do ano passado, foram notificados 1.235 acidentes, sendo 871 casos com escorpiões, 91 com serpentes e 63 com abelhas.
Uma das medidas preventivas contra escorpiões é evitar queimadas em terrenos baldios, para não desalojar esses animais
O biólogo Israel Martins, da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival), orienta: “Ao identificar esses animais [em casa], é necessário ligar para o telefone 2017-1344. Os agentes vão se dirigir ao local para fazer a remoção”. Ele alerta para o possível aumento de incidência de escorpiões quando voltarem as chuvas. “No período chuvoso, esses animais entram mais na casa das pessoas porque as galerias de águas pluviais ficam mais cheias e os escorpiões saem em busca de um lugar mais seguro”, explica. Aranhas, lembra ele, também requerem atenção, pois, quando desabrigadas durante as chuvas, procuram ambientes fechados.
Alguns cuidados fundamentais, enumera o biólogo, são:
- Vedar soleiras de portas com rolos de areia ou rodos de borracha;
- Reparar rodapés soltos e colocar telas nas janelas;
- Colocar telas nas aberturas dos ralos, pias ou tanques;
- Fechar com tela aberturas de ventilação de porões e vedar assoalhos tapados;
- Manter todos os pontos de energia e telefone devidamente vedados;
- Manter limpos quintais e jardins.
“O contato com os escorpiões pode ser aumentado por conta das condições ambientais e das moradias humanas, por isso é importante ter certos cuidados, como eliminar fontes de alimentos para os escorpiões baratas, aranhas, grilos e outros pequenos animais invertebrados”, acrescenta Israel Martins. “Além disso, devem-se evitar queimadas em terrenos baldios, pois desalojam os escorpiões.”
Emergência
Caso a pessoa seja picada por escorpião, aranha, lagarta e lacraia, deve entra em contato com a Vigilância Ambiental, pelos telefones 160 e (61) 2017-1344 ou pelo e-mail [email protected] para agendamento da inspeção. Após o agendamento, uma equipe é enviada à residência do cidadão, que faz a coleta dos animais existentes, efetuando busca em caixas de esgoto, entulhos e outros locais. “Verificamos as condições que existem na casa ou apartamento que favorecem a entrada desses animais ou abrigo deles”, detalha o biólogo.
Nas ocorrências com abelhas, é o Corpo de Bombeiros quem deve ser acionado, pelo telefone 193; e, no caso de serpentes, o Batalhão de Polícia Ambiental (190).
A Secretaria de Saúde (SES) conta ainda com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) do Samu, referência no atendimento aos pacientes picados, que funciona 24 horas por dia. O Ciatox possui equipe multidisciplinar de médicos, enfermeiros e farmacêuticos que prestam orientação à população. Em caso de ocorrência, ligue para 0800-644-6774.
A notificação dos casos é importante para a fabricação e manutenção de soros contra os diferentes venenos. Como os dados são incluídos no sistema do Ministério da Saúde e da SES, a atualização facilita a reposição ao longo do ano nas unidades de saúde.
*Com informações da Secretaria de Saúde
Geral
Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha
Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.
A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.
Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.
Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.
Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.
Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.
ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.
“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.
NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:
Balanço de atendimentos
- Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
- Equipes volantes: 548
- Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
- Remoções aéreas: 25
- Atendimentos psicossociais: 22
Força de trabalho:
- 134 profissionais em atuação;
- 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
- 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
- 62 profissionais no HCamp;
- 19 profissionais de gestão;
- 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)
Recursos aplicados:
- Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
- Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
- Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
- Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
- Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.
IMUNOGLOBULINA — O Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.
Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.
“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.
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