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Protocolos são monitorados nos restaurantes comunitários

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Frequentador assíduo, João voltou a se alimentar dentro do restaurante | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília

Depois de dez meses, João Alvacir voltou a almoçar no Restaurante Comunitário de Ceilândia. Morador da cidade, o homem de 61 anos é frequentador assíduo do local. Em função da pandemia da Covid-19, o hábito de sentar nos mesões para comer ficou suspenso, mas uma série de medidas de segurança foi adotada nas 14 unidades para evitar a disseminação do coronavírus no retorno do atendimento presencial nesta segunda-feira (4). O GDF acompanha e cobra o cumprimento dos protocolos.

“Comer aqui é melhor, ainda está quentinha. A comida é gostosa, baratinha, ajuda muito a gente, mas tem que ter segurança para ninguém ficar doente”, afirma João Alvacir, desempregado há quatro anos. Ele aproveita os cardápios ao custo de R$ 1 há quase duas décadas. Desde março, só podia pegar marmitas e levar para casa. Agora, além de almoçar no buffet do restaurante, também pode carregar porções. Isso porque a prática de distribuir as refeições será mantida para quem preferir – em número ilimitado.

Estamos no caminho certo, seguindo os protocolos de segurança e nutricionais, e agregando na vida das pessoasNoemi Carvalho, gerente de Segurança Alimentar e Nutricional da Sedes

Todos os 14 restaurantes comunitários precisaram passar por adequação. As quatro empresas prestadoras de serviço receberam uma lista de medidas a serem adotadas e tiveram um mês para garantir a segurança de funcionários e usuários. Entre os protocolos, constam a fixação de pedidos para que os usuários coloquem as máscaras assim que terminarem de comer, a aferição de temperatura, o bloqueio de assentos de forma intercaladas, a instalação de totens de álcool gel e a sinalização no chão para manter o distanciamento.

Medidas de distanciamento foram adotadas para evitar a disseminação do coronavírus |Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília

Secretária Executiva da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), Ana Paula Marra acompanhou o primeiro dia de retomada de refeições presenciais na unidade de Ceilândia, e cobrou o cumprimento das medidas de prevenção. As empresas prestadoras de serviço que não estiverem em conformidade com as exigências serão notificadas formalmente e podem ser punidas.

“Tem pessoas que não têm onde comer. A reabertura vem para que quem precisa possa sentar e fazer sua refeição tranquilamente. Estamos trabalhando para cumprir todas as medidas de segurança para que ninguém tenha sequer que pegar a colher que o outro vai servir. A partir de hoje, é possível levar marmita para casa ou comer no local, sendo servido às pessoas que trabalham em cada unidade.”, explica a gestora.

23 milNo ano atípico em função da pandemia de Covid-19. o número de refeições subiu: de 21 mil refeições diárias servidas em 2019 para os mais de 23 mil no ano passado

De acordo com a gerente do Restaurante Comunitário de Ceilândia Larissa Gildino, os funcionários tiveram treinamento para reforçar os cuidados nessa nova fase de atuação durante a pandemia de Covid-19, já que passam a ter mais contato com a população. No local, grande parte das 2,2 mil refeições diárias são servidas para idosos, que compõem o grupo de risco da doença.

“Estamos no caminho certo, seguindo os protocolos de segurança e nutricionais, e agregando na vida das pessoas”, valoriza a gerente de Segurança Alimentar e Nutricional da Sedes, a nutricionista Noemi Carvalho. Ela lembra que as refeições são servidas a mais de 20 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social, incluindo a população em situação de rua que tem direito à refeição gratuita.

“Muitas dessas pessoas só têm alimento aqui. Todo mês as unidades recebem lista atualizada com nomes de beneficiários inscritos no Cras [Centro de Referência de Assistência Social] ou Creas [Centro de Referência Especializado de Assistência Social]”

A gerente do restaurante de Ceilândia, Larissa Gildino, explica que os funcionários foram treinados para esta nova fase de atendimento | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília

Desde 21 de março de 2020, a área para a alimentação dos restaurantes permaneceu fechada e o público continuou sendo atendido, mas com aquisição de marmitas ilimitadas para serem consumidas em casa. No ano atípico em função da pandemia de Covid-19. o número de refeições subiu: de 21 mil refeições diárias servidas em 2019 para os mais de 23 mil no ano passado. No acumulado, passou de 6.5 milhões para mais de sete milhões.

A entrega das marmitas vai continuar ilimitada, mesmo com o retorno do serviço de buffet. Aos 82 anos, o aposentado Alcides Alexandrino da Silva diz que continuará buscando as refeições. Ele costuma levar o suficiente para mais de um dia. “Eu gosto demais da comida daqui, nunca tive o que reclamar. Com essa doença [a Covid-19], uso máscara, álcool e prefiro comer em casa”, conta.

Serviço

As 14 unidades funcionam de segunda a sábado para o almoço, das 11h às 14h. Também servem café da manhã os restaurantes do Sol Nascente/Pôr do Sol (das 7h às 9h), do Paranoá (das 7h às 8h30) e de Brazlândia (das 6h30 às 8h30).

Fonte: Governo DF

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Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

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No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

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