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Produção de fitoterápicos cresce 159% no Riacho Fundo

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“O aumento do acesso e da oferta de fitoterápicos pelo Núcleo de Farmácia Viva permite maior alcance desses produtos para as comunidades que dependem desses medicamentos ou que buscam na atenção primária”Nilton Neto, chefe do Núcleo de Farmácia Viva do Riacho Fundo

A produção de medicamentos fitoterápicos na Farmácia Viva do Riacho Fundo aumentou 159%, de janeiro a novembro deste ano, em relação à produção de 2020 nesse mesmo período. No ano passado, 9.822 fitoterápicos abasteceram 22 unidades básicas de saúde (UBSs). Neste ano, outras três UBSs foram cadastradas para receber os fármacos: UBS 1 da Estrutural, UBS 4 do Lúcio Costa e UBS 1 do Cruzeiro.

“O aumento do acesso e da oferta de fitoterápicos pelo Núcleo de Farmácia Viva permite maior alcance desses produtos para as comunidades que dependem desses medicamentos ou que buscam na atenção primária”, explica o chefe do Núcleo de Farmácia Viva do Riacho Fundo, Nilton Neto.

Em agosto, a unidade passou a contar com horto florestal agrodinâmico com várias espécies de plantas medicinais. Entre os novos projetos desenvolvidos na unidade, está a inclusão de um novo fitoterápico: a tintura de Lippia sidoides, conhecida como alecrim pimenta. De acordo com Nilton Neto, a planta é utilizada na saúde pública do DF desde 1989.

O novo horto florestal agrodinâmico reforça a produção da Farmácia Viva do Riacho Fundo | Fotos: Geovana Albuquerque/Arquivo-SES

Ainda segundo o chefe da Farmácia Viva, a proposta de inclusão foi apresentada, analisada e aprovada pela Comissão Central de Farmácia Terapêutica da Secretaria de Saúde, que vai inserir esse novo fitoterápico na relação de medicamentos essenciais. A indicação será de antisséptico para o tratamento das dores de garganta.

“O paciente vai diluir a tintura de alecrim-pimenta em quantidade suficiente de água e gargarejar ou fazer bochechos. Nossa expectativa é que esse medicamento seja incluído na lista já no primeiro trimestre de 2022”, espera.

No local também são produzidos o xarope e a tintura de guaco, que podem ser utilizados por pacientes com diabetes por não conterem açúcar em sua formulação e servem como expectorante. Entre outros itens há a tintura de boldo, para tratar a má digestão, e a tintura de funcho, indicado como antiespasmódico, ou seja, a contração involuntária dos músculos.

Na produção dos fitoterápicos, os princípios ativos são extraídos das raízes, das sementes e das folhas de plantas medicinais. Hoje, são utilizadas oito dessas plantas para a elaboração de fitoterápicos e 13 medicamentos estão cadastrados na Relação de Medicamentos (Reme).

A Farmácia Viva segue os protocolos estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela Resolução n° 886, de 20 de abril de 2010. Esses documentos preconizam que as farmácias vivas devem cultivar, colher, processar e armazenar as plantas medicinais. Ao longo do ano, a Farmácia Viva produziu e distribuiu cerca de 357 mudas de plantas medicinais para a população.

*Com informações da Secretaria de Saúde do DF

Fonte: Governo DF

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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