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Pressões em áreas rurais são debatidas com a sociedade

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Há anos, moradores de espaços agrícolas têm sofrido com o avanço da expansão urbana. Isso resultou na criação de bairros inteiros que, mais tarde, se tornaram regiões administrativas, a exemplo de Vicente Pires e Sol Nascente | Foto: Divulgação

Em quase três horas de debate na segunda reunião da série Encontros para Pensar o Território, 178 produtores rurais, representantes da sociedade civil organizada e técnicos do GDF discutiram os principais conflitos no uso das áreas rurais e a pressão exercida pela expansão urbana nesses locais.

O evento foi promovido de forma virtual pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh). Na dinâmica, foi proposto aos participantes um exercício coletivo para refletir sobre a função social da terra e da propriedade rural.

Um questionário on-line foi aberto para votarem em quais atividades, na visão deles, devem ocorrer nas áreas rurais para beneficiar o território. Depois os participantes foram distribuídos em três salas virtuais, onde foram discutidas as problemáticas que envolvem essas áreas, como conflitos no uso da terra e da água e seus impactos em várias frentes.

O objetivo do debate foi incentivar a participação popular na revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot), que é um instrumento essencial para a política territorial do Distrito Federal

O objetivo do debate foi incentivar a participação popular na revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot), que é um instrumento essencial para a política territorial do Distrito Federal. O tema abordado desta vez era as funções sociais das áreas rurais e como organizá-las de maneira equilibrada, escolhido por voto aberto para o eixo temático “Ruralidades”, um dos oito abordados na revisão proposta pela Seduh.

Durante a abertura da reunião, o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Mateus Oliveira, lembrou que mais de 10 anos se passaram desde a aprovação e a última revisão do Pdot, e destacou a importância da participação popular para atualizar o texto. Na avaliação dele, esse esforço coletivo “refletirá as necessidades reais do DF em vários níveis”, a exemplo das questões que envolvem o meio rural.

“Passaremos 2021 com uma programação extensa, tendo debates e oficinas para a construção coletiva da revisão do Pdot. E a dinâmica utilizada nos encontros, que já foi um sucesso na primeira reunião, coloca todos para pensar o território. No caso das Ruralidades, envolve desde as funções sociais das áreas rurais até a população que mora nessas regiões”, afirmou Mateus Oliveira.

A secretária executiva da Seduh, Giselle Moll, ressaltou a relevância de discutir o tema, pois há anos as áreas rurais do DF têm sofrido com a pressão da expansão urbana. Isso resultou na criação de bairros inteiros dentro das zonas rurais que, mais tarde, se tornaram regiões administrativas, a exemplo de Vicente Pires e Sol Nascente. “É importante compreender essa dinâmica e nos prepararmos dentro do Pdot para essas transformações”, ponderou.

Giselle Moll ainda destacou a necessidade de discutir as inovações que têm surgido nas zonas rurais nos últimos tempos, relacionadas com as novas atividades econômicas desenvolvidas no local. A exemplo de fazendas com produção de energia fotovoltaica e a instalação de grandes galpões de logística que reivindicam o licenciamento de zona rural.

“São usos em áreas rurais inteiramente novos, que ninguém estava preparado, mas que hoje tem surgido com muita força. São temas que devemos tratar”, reforçou a secretária executiva.

Houve muitas contribuições e perguntas que foram consideradas e respondidas pela equipe da Subsecretaria de Políticas e Planejamento Urbano da Seduh, responsável por organizar o evento. Elas serão disponibilizadas no site do Pdot

Cenários e conflitos

Durante a dinâmica do encontro, os participantes foram divididos em grupos e apresentados a cinco cenários diferentes, onde precisaram encontrar soluções para as problemáticas geradas.

Os casos foram divididos conforme os seguintes assuntos: aumento da procura por chácaras de lazer e moradia em áreas rurais; modos de produção convencional e orgânico; conflitos no uso da água; ocupações informais de características urbanas em áreas para agricultura; e realização de grandes eventos em áreas rurais que geram impactos negativos.

A ideia foi trazer exemplos de conflitos que são muito distintos e difíceis de coexistir, em busca de mediações para que as funções sociais da área rural ocorram da melhor forma possível. Muitos dos produtores rurais que participaram das situações elogiaram a Seduh pelas temáticas levantadas.

Uma delas foi Diana Meirelles da Motta. “Parabenizo a Seduh e os técnicos pela revisão do Pdot. A harmonização das atividades urbanas e rurais no território deve ser incentivada. Há base legal para que isso ocorra, com a participação da comunidade e de todos os envolvidos”, comentou.

Houve muitas contribuições e perguntas que foram consideradas e respondidas pela equipe da Subsecretaria de Políticas e Planejamento Urbano da Seduh, responsável por organizar o evento. Elas serão disponibilizadas no site do Pdot.

Próximo encontro

O próximo encontro está agendado para o dia 31 de março, quando será abordado o tema: “a necessidade de mudança de paradigma no uso dos diferentes modos de transportes”. O assunto está dentro do eixo temático “Mobilidade”.

As reuniões serão sempre virtuais, às 18h30, e abertas a toda a população, com um link de acesso disponibilizado dias antes no portal do Pdot. Os encontros serão realizados semanalmente. Veja o calendário completo dos eventos:

* Com informações da Seduh

Fonte: Governo DF

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Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

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No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

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