Saúde

Pesquisa recomenda ampliar acesso de jovens indígenas à saúde mental

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Um estudo de pesquisadores do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/ Fiocruz Amazônia), em parceria com outras instituições, apontou a necessidade de fortalecer a assistência à saúde mental de jovens indígenas durante a pandemia da covid-19. 

A pesquisa ouviu 533 jovens, de 15 a 22 anos de idade, de oito regiões amazônicas: Tumucumaque e Paru D’Este (PA), Guamá Tocantins (PA), Leste de Roraima (RR), Alto Rio Negro (AM), Alto Rio Solimões (AM), Alto Purus (AM, AC), Médio Purus (AM) e Yanomami / AYRCA (AM). 

Segundo a pesquisa, apenas 17,3% dos jovens indígenas afirmaram ter tido acesso a algum cuidado psicológico por parte dos serviços de saúde pública durante a pandemia. Em entrevista à Agência Fiocruz de Notícias, a coordenadora-geral do projeto pela Fiocruz Amazônia, Michele Rocha El Kadri, avaliou que o resultado revela a necessidade de fortalecer a rede de proteção social e de saúde mental para essas populações. 

No questionário de 48 perguntas, 37% dos jovens informaram que foram infectados pelo novo coronavírus (covid-19), e 68% disseram que alguém de sua família contraiu a covid-19. Entre os entrevistados, 98% relataram adotar medidas de proteção como máscaras, álcool em gel e restrição de viagens. 

Além da Fiocruz Amazônia, participaram da pesquisa a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A ação faz parte do projeto Povos Indígenas da Amazônia contra a Covid-19, que tem financiamento da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid).

Para fazer com que o questionário chegasse aos jovens, a ação contou com uma rede de apoiadores locais e disponibilização de formulário na plataforma do Google. As estratégias permitiram conseguir respostas de jovens das oito áreas pretendidas na pesquisa.

Edição: Fernando Fraga

Fonte: EBC Saúde

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Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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