Economia

Pesquisa mostra perfil socioeconômico de moradores do Distrito Federal

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A Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pnad do DF), divulgada hoje (9) pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), apresentou o perfil socioeconômico da capital federal em 2021, tendo por base dados obtidos junto a todas regiões administrativas.

O maior percentual de população economicamente ativa (com idade de 14 anos ou mais) foi visto nas pessoas de classe baixa, abrangendo 60,7% deste grupo. Nos demais grupos, o percentual ficou sempre próximo a 58%.

A idade média dos habitantes desses domicílios variou de 30,6 anos (domicílios de baixa renda) a 37,6 anos (domicílios de alta renda). Os domicílios de rendas média-alta e média-baixa apresentaram idade média de 36,4 anos e 33,6 anos, respectivamente.

População e amostra

A população do Distrito Federal é estimada em 3.010.881 pessoas, segundo a Codeplan. A maior parte delas (989.578) é de classe média baixa, seguida pela classe baixa (852.217); classe média alta (624.654); e classe alta (544.432).

A amostra, que serviu de base para o levantamento de 2021, foi feita em 30.888 domicílios. A maior parte, domicílios de renda alta (11.501 domicílios, que apresentaram uma renda domiciliar média de R$14.753,85). A amostra de domicílios de baixa renda ficou em 7.563 (estes apresentam renda domiciliar média de R$2.644,96).

Já a amostra de renda média-alta abrange 7.580 domicílios. Este grupo tem renda domiciliar média de R$ 6.517,82. A amostra de domicílios de renda média-baixa abrangeu 4.244 domicílios com renda média de R$ 2.644,96.

Em julho de 2021, a renda bruta mensal média do trabalho principal de um domicílio de alta renda estava em R$ 8.237. Já a média dos de baixa renda era de R$ 1.757. No caso dos de renda média-alta e média-baixa, estavam em R$ 3.747 e R$ 2.335, respectivamente.

Características

Com relação às características dos moradores, a maior parte da população do DF é de pretos e pardos (57,4% do total de moradores). A pesquisa mostra, ainda, que quanto mais baixa for a renda domiciliar, maior é a presença deste grupo: 68,1% das pessoas de baixa renda é formada por pretos e pardos, percentual que cai para 38,8% quando o recorte considera os moradores que compõem a classe alta.

As instituições públicas de ensino são mais frequentadas por pessoas de baixa renda com idade entre 4 e 24 anos (88,1%) e pelas de classe média-baixa (80,2%). O percentual cai para 56% no caso de moradores com renda média-alta; e para 27,5%, entre os de alta renda.

A classe alta é a que mais conseguiu concluir o ensino superior. A média de pessoas com 25 anos ou mais que têm ensino superior completo, entre os que compõem a amostra, é de 36,3%. Entre as pessoas de classe alta, o percentual sobe e é de 76,9%. Quando o recorte abrange moradores de classe baixa, o percentual fica em apenas 14,4%.

Situação similar é observada na população que tem plano de saúde privado: 75,3% dos moradores que são de classe alta têm acesso a esse tipo de serviço, enquanto apenas 11,8% das pessoas de baixa renda tem usa esse serviço.

Com relação à identidade de gênero e/ou orientação sexual, é no grupo com renda alta onde mais se encontra, entre as pessoas com 18 anos ou mais, as que se declaram lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e intersexuais (LGBQTI+). A pesquisa revela que 5,5% dos mais ricos assim se declaram. Nos grupos das demais rendas, este percentual varia entre 3% e 4,3%.

Deslocamento

Enquanto os moradores com renda alta são os que mais usam carro para ir ao trabalho (84,5%, ante os 32,8% com renda baixa fazem uso de carros para este fim), são os de classe baixa os que mais utilizam ônibus para o deslocamento ao trabalho (52,9%, percentual que cai para 11,7% entre os moradores com alta renda).

Ainda segundo o levantamento da Codeplan, 87,8% dos moradores com as rendas mais altas possuem carteira nacional de habilitação, documento em mãos de apenas 44,9% dos moradores de baixa renda.

O tempo de deslocamento é maior para os de classe baixa e média baixa, fazendo com que cerca de 36% dos moradores pertencentes a este grupo levem mais de 45 minutos no trânsito. Entre os de renda média alta, este percentual cai para 17,4%; e entre os de alta renda fica em 7,2%.

A maior parte dos moradores de classe alta trabalha no Plano Piloto (70,8%). É também os de renda alta os que trabalham e moram na mesma região administrativa (53,5%).

Serviços

Policiamento regular e ruas arborizadas e pavimentadas favorecem mais as localidades onde pessoas com mais renda moram, e menos as localidades onde residem pessoas de renda mais baixa.

O mesmo se vê no caso de acesso a serviços como os de TV por assinatura (acessível a 67% dos domicílios de alta renda e a 18% dos de baixa) e de streaming (serviços online de filmes e músicas, entre outros), acessíveis para 80% dos domicílios de alta renda e a 44,2% dos de baixa renda.

Já a internet foi praticamente universalizada, sendo acessível a 99% de toda a população.

As regiões com renda alta são Águas Claras, Jardim Botânico, Lago Norte, Lago Sul, Park Way, Plano Piloto e Sudoeste/Octogonal. As de renda média-alta são Arniqueira, Candangolândia, Cruzeiro, Guará, Núcleo Bandeirante, Setor de Indústria e Abastecimento, Sobradinho, Taguatinga e Vicente Pires.

As áreas de renda média-baixa são, segundo o estudo  da Codeplan, Ceilândia, Gama, Riacho Fundo, Samambaia, Santa Maria e Sobradinho II; e as de renda baixa, Brazlândia, Fercal, Itapoã, Paranoá, Planaltina, Recanto das Emas, Riacho Fundo II, São Sebastião, Setor Complementar de Indústria e Abastecimento-Estrutural, Sol Nascente/Pôr do Sol e Varjão.

Edição: Kleber Sampaio

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Dia das Mães: pesquisa do Procon Goiás aponta variação superior a 220% nos preços dos presentes

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Oscilação foi encontrada no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Levantamento foi feito com 156 itens em 54 estabelecimentos da capital

O Dia das Mães é comemorado no próximo domingo (12/05) e para ajudar o consumidor a fazer a melhor escolha do presente, o Procon Goiás realizou pesquisa de preços em 54 estabelecimentos de Goiânia entre os dias 25 de abril e 2 de maio. Foram levantados preços de 156 produtos, como cestas de café da manhã, flores, maquiagens, perfumes e eletrônicos. A pesquisa completa feita pelo Procon Goiás, com relatório e planilhas, está disponível no site goias.gov.br/procon.

A principal variação apontada pela pesquisa foi de 221,28% no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Outro produto com variação considerável (206,90%) é o pó compacto da marca Bruna Tavares, vendido de R$ 27,99 a R$ 85,90.

Os pesquisadores do Procon Goiás encontraram ainda uma sessão de massagem relaxante de 50 minutos entre R$ 80 e R$ 184, variação de cerca de 130%. O levantamento também levou em conta produtos eletrônicos, sendo que a maior diferença nesses itens foi superior a 135% e ocorreu no depilador Philips 2 velocidades, comercializado de R$ 199 a R$ 469.

A pesquisa também levou em conta variações dos produtos em relação ao ano passado. Teve produto com aumento superior a 95%. É o exemplo da paleta de sombras da marca Mariana Saad, vendida ano passado por R$ 80,97 e esse ano por R$ 157,95. Em relação a 2023, a cesta de café da manhã com 50 itens teve aumento de 52,80%. O produto era vendido ano passado a R$ 219,90 e esse ano a R$ 336.

Essa data é considerada a principal no calendário do comércio no primeiro semestre. Segundo pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia (CDL Goiânia), o Dia das Mães deve levar 94% dos consumidores às compras na capital. Dados da entidade apontam que, este ano, o ticket médio para compra do presente será de R$ 155, com cerca de dois produtos por cada consumidor.

Procon Goiás divulga pesquisa de preços de produtos para presentes do Dia das Mães

Procon Goiás divulga pesquisa de preços de produtos para presentes do Dia das Mães

Orientações
Antes de ir às compras, pesquise os preços, para que não pese no orçamento familiar. O consumidor precisa se atentar ao fato de que os produtos têm de estar expostos com os preços de maneira clara e visível. O produto deve mostrar 2 preços: o total à vista e o valor das parcelas (no caso de parcelamento do pagamento).

Toda loja tem sua política de troca e o estabelecimento só é obrigado a efetuar a troca do produto se ele apresentar algum defeito. O Código de Defesa do Consumidor prevê dois prazos para reclamação: 30 dias para os produtos e serviços não duráveis e 90 dias para produtos e serviços duráveis.

Quanto às compras de aparelhos eletrônicos, o consumidor deve testar o funcionamento do aparelho ainda dentro do estabelecimento, verificar da existência de manual de instruções em nosso idioma e a relação da rede autorizada de assistência técnica do produto.

No caso de compras realizadas fora da loja física, o consumidor deve exigir o comprovante da data de entrega. Nesse caso, o prazo de desistência da compra é de 7 dias a partir do recebimento do produto. Exija sempre a nota fiscal na aquisição de qualquer produto, pois ela é importante caso o consumidor precise fazer valer os seus direitos e formalizar uma reclamação.

Fotos: Procon Goiás / Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor – Governo de Goiás

 

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