Saúde

Pandemia “rejuvenesce” e lockdown é necessário, diz Fiocruz

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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sugeriu a adoção de medidas de restrição de circulação para conter o que chamou de “rejuvenescimento da pandemia”. Em boletim divulgado hoje (26), a Fiocruz acredita que a covid-19 está afetando cada vez mais a população mais jovem.

“O país se encontra em uma situação de colapso do sistema de saúde, ao mesmo tempo que a pandemia vem ganhando novos contornos afetando faixas etárias mais jovens. Diante desse novo cenário, os especialistas defendem a adoção de dois grupos de medidas interconectados. No primeiro grupo, as medidas urgentes, que envolvem a contenção das taxas de transmissão e crescimento de casos através de medidas de bloqueio ou lockdown”, diz a fundação.

De acordo com o boletim, as faixas etárias de 30 a 39 anos, 40 a 49 anos e 50 a 59 anos têm sido mais atingidas pelo vírus. O aumento nos casos de covid nesses grupos foi de 565,08%, 626% e 525,93%, respectivamente. Além disso, a Fiocruz recomenda a vacinação da maior parte da população, aliada a medidas não farmacológicas, como restrição da circulação e de todos os serviços não essenciais, distanciamento físico e social, uso de máscaras e higienização das mãos.

“O ritmo lento em que se encontra a vacinação contribuí para prolongar a duração da pandemia e da adoção intermitente de medidas de contenção e mitigação”, dizem os pesquisadores do Observatório Fiocruz, responsáveis pelo boletim.

Vacinas

A Fiocruz informou também a entrega de mais um carregamento de vacinas para o Ministério da Saúde. Foram entregues nesta sexta-feira 728 mil doses. A entrega de hoje, somada à da semana passada, totalizam cerca de 1,8 milhão de doses entregues este mês. A partir de quarta-feira (31) estão previstas novas entregas, que completarão os 3,9 milhões de vacinas previstas até o fim da próxima semana.

A fundação também recebeu, na quinta-feira (25), uma nova remessa do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), suficiente para a produção de 6 milhões de doses da vacina. Neste sábado (27), está previsto o recebimento de duas remessas de IFA, para mais 12 milhões de doses, além de mais uma remessa na próxima semana para 5 milhões de vacinas.

Edição: Fábio Massalli

Fonte: EBC Saúde

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Saúde

Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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