Geral
Pacote milionário e contratações para impulsionar a saúde
O Governo do Distrito Federal (GDF) preparou um pacote de medidas para impulsionar o atendimento da rede pública de saúde. Só nos próximos quatro meses serão investidos pelo menos R$ 130 milhões para a reforma de hospitais e a conclusão das obras de construção de postos de saúde. O quadro de servidores também ganhará reforço com a contratação de 431 profissionais, entre médicos, enfermeiros, farmacêuticos e especialistas aprovados no último concurso da Secretaria de Saúde.
Até dezembro deste ano estarão prontas para funcionamento sete Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e quatro Unidades Básicas de Saúde (UBSs). São R$ 46 milhões na construção e compra de equipamentos nas UPAs de Ceilândia, do Paranoá, do Riacho Fundo II, do Gama, de Planaltina, de Brazlândia e de Vicente Pires, além de R$ 20 milhões para os novos postos de saúde.
Um trabalho integrado entre órgãos do governo está sendo demandado para melhorar a qualidade do atendimento à saúde no DF, garante o governador Ibaneis Rocha. “Nos reunimos na manhã desta sexta-feira (27) com as equipes de várias secretarias para levar resultados positivos o mais rápido possível para a população”, disse Ibaneis.
Estiveram reunidos com o governador na sede da Secretaria de Saúde os secretários André Clemente (Economia), Weligton Morais (Comunicação), José Humberto Pires (Governo) e Gustavo Rocha (Casa Civil), além do presidente do Instituto de Assistência à Saúde do Servidor (Inas), Ney Ferraz.
De acordo com José Humberto, o cronograma de obras e inaugurações de 2021 será cumprido. “Já verifiquei com as empresas (prestadoras de serviço responsáveis pelas construções) e todas as datas previstas de conclusão das obras estão confirmadas”, garante.
Mais contratações
Para a contratação de pessoal, o GDF conta com concursos, entre os já realizados, em andamento e os autorizados. Estão previstas mudanças de especialidades e relocação de médicos – principalmente de anestesistas, considerados o principal gargalo na realização de cirurgias.
Em andamento, há concursos para médicos, enfermeiros e cirurgiões-dentistas
Dos concursos realizados, serão chamados 104 médicos, 64 enfermeiros obstetras (zerando o cadastro reserva nos dois casos) e 38 enfermeiros de família e comunidade. Já na carreira de especialistas serão convocados 35 fonoaudiólogos, 5 economistas, 5 estatísticos e 5 contadores, além de 80 farmacêuticos – que atuarão em toda rede de atenção primária com a administração de psicotrópicos e nas farmácias clínica e hospitalar.
Além disso, o governo vai contratar 100 médicos temporários. O resultado preliminar para essas contratações foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta sexta-feira (27).
Em andamento, há concursos para médicos, enfermeiros e cirurgiões-dentistas. Também estão previstas 200 vagas de especialistas da carreira de Assistência Pública à Saúde (psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais e terapeutas ocupacional) . Duas novas carreiras estão incluídas: a de gestão e assistência pública e a de técnico em enfermagem.
Serão 54 salas cirúrgicas à noite e em fins de semana, o que dará vazão à lista de espera represada
A pedido do governador Ibaneis Rocha, a Secretaria de Saúde vai ofertar 10 mil horas de trabalho por período definido (TPD), uma espécie de hora extra, para o mutirão de cirurgia. Serão 54 salas cirúrgicas à noite e em fins de semana, o que dará vazão à lista de espera represada. A medida vai corresponder a R$ 1 milhão a mais por mês em investimentos.
Secretário de Economia do DF, André Clemente lembrou que o governo está retomando o trabalho interrompido pela pandemia, investindo fortemente para que ainda este ano a saúde pública tenha uma melhora significativa. São 40 mil cirurgias atrasadas por causa do combate à covid e a expectativa de zerar esse déficit até o final do ano. “Temos a missão de fomentar entregas, desde obras de infraestrutura a investimentos em contratação de pessoal, além de contratos para funcionamento de importantes áreas da saúde e de modernização da estrutura de tecnologia do governo”, completou Clemente.
Geral
Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha
Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.
A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.
Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.
Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.
Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.
Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.
ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.
“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.
NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:
Balanço de atendimentos
- Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
- Equipes volantes: 548
- Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
- Remoções aéreas: 25
- Atendimentos psicossociais: 22
Força de trabalho:
- 134 profissionais em atuação;
- 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
- 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
- 62 profissionais no HCamp;
- 19 profissionais de gestão;
- 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)
Recursos aplicados:
- Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
- Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
- Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
- Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
- Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.
IMUNOGLOBULINA — O Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.
Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.
“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.
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