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No Zoo de Brasília, animais têm prevenção contra câncer de mama
Da mesma forma que os humanos, os animais sofrem o risco do câncer de mama, doença que ganhou destaque no último mês, com a campanha Outubro Rosa, mas deve ser motivo de cuidados durante todo o ano. Por isso, de janeiro a dezembro, o Zoológico de Brasília realiza anualmente exames para prevenir e proteger os animais da instituição contra o câncer de mama e outras doenças que acometem animais silvestres.
O zoológico já realizou, até o mês de outubro, exames preventivos nas onças-pintadas, nos pequenos felinos e nos lobos-guará. Todo ano a equipe de medicina veterinária se mobiliza para realizar a avaliação completa nos animais sob seus cuidados para que evitem o desenvolvimento dessa doença. Chamadas de check-up geral, as avaliações incluem exames de toque, de sangue e de imagem, que auxiliam no diagnóstico precoce do câncer de mama.
“Além de exames preventivos, a castração precoce entre o 1º e o 2º cio diminui em 92% a chance de o animal desenvolver um câncer de mama”Martha Rocha, oncologista parceira do Zoo de Brasília
“Realizamos recentemente um check-up na onça-pintada. Foi detectada uma anormalidade, mas já estamos avaliando qual a melhor forma de tratá-la. Esses exames são essenciais para prevenir doenças e garantir a saúde dos nossos animais”, relata a médica veterinária e gerente de clínica cirúrgica do Zoo de Brasília, Fernanda Mergulhão, sobre o mais recente exame preventivo realizado.
Entre os que passam pelos exames, destacam-se os felinos. O câncer de mama costuma ser mais agressivo em gatos do que em cães, devido à fisiologia deles, que faz com que a doença se espalhe rapidamente. Segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária, o câncer de mama possui alta incidência nos bichanos, chegando a 30% das gatas. Fatores genéticos e hormonais podem ser a causa para que um animal desenvolva esse tipo de câncer.
“Além de exames preventivos, a castração precoce entre o 1º e o 2º cio diminui em 92% a chance de o animal desenvolver um câncer de mama. Aqui no Zoo de Brasília, fazemos o acompanhamento de perto dos animais, principalmente daqueles que têm propensão a desenvolver a doença”, explica Martha Rocha, oncologista parceira do Zoológico de Brasília.
*Com informações da Fundação Zoológico de Brasília
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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha
Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.
A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.
Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.
Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.
Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.
Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.
ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.
“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.
NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:
Balanço de atendimentos
- Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
- Equipes volantes: 548
- Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
- Remoções aéreas: 25
- Atendimentos psicossociais: 22
Força de trabalho:
- 134 profissionais em atuação;
- 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
- 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
- 62 profissionais no HCamp;
- 19 profissionais de gestão;
- 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)
Recursos aplicados:
- Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
- Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
- Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
- Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
- Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.
IMUNOGLOBULINA — O Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.
Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.
“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.
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