Política

Nascido de Goiás

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Série semanal publicada nas redes sociais da Assembleia Legislativa de Goiás relembra, na última postagem, como foi a luta pela criação do estado do Tocantins, cujo território pertenceu, até o ano de 1989, ao norte goiano. O governador do estado na época, Henrique Santillo (MDB), apoiou o movimento. 

Foi com a promulgação da oitava constituição brasileira que o sonho do desmembramento da região norte de Goiás e criação do estado do Tocantins se efetivou. Mas a luta por um estado independente começou bem antes, ainda no século 19. Em 1821, o representante da corte portuguesa na Comarca do Norte, Teotônio Segurado, chegou a proclamar o governo autônomo do Tocantins, mas com sua morte, em 1831, o movimento perdeu força. 

Na primeira metade do século seguinte, o brigadeiro Lysias Augusto Rodrigues defendeu a revisão territorial do Brasil e a criação do território federal do Tocantins. Já em 1956, o juiz Feliciano Machado Braga, com grande apoio popular e das classes política e empresarial, lançou, em Porto Nacional, o 1º Manifesto à Nação pela Criação do Estado do Tocantins. 

A partir de 1970, a bandeira da criação do novo estado ganha força no Congresso Nacional, com a eleição de José Wilson Siqueira Campos para a Câmara dos Deputados. Anos depois, Siqueira Campos se tornaria o primeiro governador do Tocantins. 

Com o movimento fortalecido, as resistências foram sendo quebradas e, aos poucos, a ideia da divisão do estado de Goiás se cristalizou. O então governador do estado à época, Henrique Santillo, curvou-se à vontade popular e declarou: “O povo nortense quer o Estado do Tocantins. E o povo é o juiz supremo. Não há como contestá-lo”. 

Após a promulgação da Constituição Federal, em 1988, que sacramentou a criação do novo estado, os municípios que compunham o então Extremo Norte goiano passaram, oficialmente, para o Tocantins. Também foi assinado decreto para alterar o nome de algumas cidades. O termo “do Norte” foi substituído para “do Tocantins”. Foi o caso  das cidades de Miracema, Paraíso e Aurora, que passaram a se chamar Miracema do Tocantins, Paraíso do Tocantins e Aurora do Tocantins.

Em entrevista à TV Alego, em 2017, o ex-deputado estadual José Edmar de Brito Miranda (PMDB), que também foi um dos defensores da divisão, relembrou como a população foi beneficiada pelo novo estado. “Para a população do Norte do Estado foi um grande avanço e para Goiás também foi. Toda a estrutura de governo estava aqui, em Goiânia, e o Norte era muito carente de tudo, em um período em que o orçamento era muito reduzido.”

O Estado do Tocantins foi instalado oficialmente em 1º de janeiro de 1989, na cidade de Miracema do Tocantins, capital provisória. Os deputados, o governador e o vice-governador foram empossados na mesma data. Já os deputados federais e os senadores tomaram posse no Congresso Nacional em 1º de fevereiro de 1989. Em 1° de janeiro de 1990, a capital planejada, Palmas, passa a ser a capital definitiva do Tocantins. 

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Política

“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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