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Na faculdade, em busca de justiça

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Sem muito recurso financeiro e nenhum material para aprender, Cosme baseou sua estratégia de estudo em fazer cópias de livros, preferencialmente romances| Foto: Ádamo Araujo/Sedes

O ano era 1979; a cidade, São Paulo; e a história é de uma família que viu uma senhora forte dar entrada no hospital e, poucos dias depois, sair sem vida. De acordo com o neto, Cosme Gonçalves, de 69 anos, o motivo foi negligência, maus tratos e falta de alimentação.

No entanto, o aposentado nunca conseguiu provar essa hipótese. Abrigado no Alojamento Provisório do Abadião, em Ceilândia, o mineiro de Governador Valadares aproveitou o período de isolamento social para estudar. Passou no vestibular para Direito e agora pretende se formar e provar na Justiça o que alega há tantos anos.

Eu vou me especializar nas áreas criminal e cível para poder ir até a última instância com esse fato e fazer com que os culpados paguem por essa brutalidadeCosme Gonçalves, de 69 anos, aposentado e morador do Alojamento Provisório do Abadião

Após percorrer vários estados brasileiros e diversos países da Europa ao longo da vida, o idoso viu a necessidade de reavivar essa história e lutar por justiça. Decidiu que seu ponto de partida seria o Distrito Federal. Ao chegar, em meio à pandemia da Covid-19, ele ficou sem suporte e sozinho, até ser acolhido no alojamento. “Nunca vou me esquecer desse lugar, das pessoas que me receberam aqui e de tudo que estou vivendo nesse estádio”, se emociona, enquanto as lágrimas caem em um caderno onde estão suas anotações de estudo.

Sem muito recurso financeiro e nenhum material para aprender, Cosme baseou sua estratégia de estudo em fazer cópias de livros, preferencialmente romances. Machado de Assis, Eça de Queiroz e Jorge Amado, entre outros, foram companheiros diários. “Eu sou muito bom com números e geografia. Além disso, viajei bastante, o que me ajudou com o espanhol. Porém, português, redação e história sempre foram meus pontos fracos. Mas agora não são mais”, comemora.

Aposentado, o futuro aluno pretende pagar sua faculdade com o benefício recebido mensalmente e não pensa em deixar o Distrito Federal antes de ver seu caso solucionado.

Alojamentos provisórios

O DF contou com três alojamentos provisórios durante a pandemia. No Plano Piloto, no Recanto das Emas e em Ceilândia, com uma rotatividade de cerca de duas mil pessoas em quase nove meses de atuação. Essa última unidade ainda permanece por mais algum tempo. Nos próximos meses, a Secretaria de Desenvolvimento Social implementará mais 600 vagas de acolhimento por meio de edital de chamamento público.

“Os alojamentos cumpriram um papel importantíssimo e fundamental durante esta pandemia. Pessoas foram capacitadas profissionalmente, outras voltaram a suas cidades de origem e ainda tivemos aquelas que voltaram para o seio familiar. Agora, o objetivo é dar segmento a atenção com a população em situação de rua por meio dessas novas vagas”, explica a secretária Mayara Noronha Rocha.

*Com informações da Sedes

Fonte: Governo DF

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Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

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No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

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