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Mulheres rurais e autoridades debatem demandas do campo

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“Além de serem as principais responsáveis pela manutenção do grupo familiar e pelas atividades sociais, essas mulheres estão presentes nas atividades produtivas e ambientais”Denise Fonseca, presidente da Emater-DF

Para ouvir as demandas de mulheres rurais do Distrito Federal, a Emater-DF realizou nesta quinta-feira (18) o Momento Mulher Rural em Pauta. A atividade foi realizada no Salão Nobre do Palácio do Buriti, onde seis mulheres, representantes de comunidades rurais do DF, tiveram oportunidade de apresentar às autoridades as principais dificuldades e necessidades dos moradores de comunidades rurais.

O objetivo do evento foi dar voz às mulheres para que ações e políticas públicas possam ser traçadas diante das demandas. A reunião fez parte da preparação para o VII Encontro Distrital de Mulheres Rurais, que será realizado no dia 10 de dezembro, onde será apresentado um documento oficial com as reivindicações.

A presidente da Emater-DF, Denise Fonseca, abriu o encontro lembrando que as mulheres representam uma parte significativa do público atendido pela empresa. Das 15.776 propriedades cadastradas, 5.268 têm uma mulher à frente como proprietária ou coproprietária. No universo geral, a Emater atende mais de 10 mil mulheres no campo.

O objetivo da reunião, que serve como preparação para o VII Encontro Distrital de Mulheres Rurais, foi dar voz às mulheres para que ações e políticas públicas possam ser traçadas diante das demandas | Fotos: Divulgação/Emater-DF

“Além de serem as principais responsáveis pela manutenção do grupo familiar e pelas atividades sociais, essas mulheres estão também presentes nas atividades produtivas e ambientais, como as cadeias de ovinocultura, olericultura, floricultura, avicultura, agricultura orgânica, agroecologia e em diversas outras”, destacou.

“A gente não quer sair do campo, a gente mora no campo com amor, mas precisa de umas coisas básicas para viver lá”Maria Ivonildes, do Núcleo Rural Alexandre Gusmão

Além de extensionistas da Emater-DF e de mulheres rurais, participaram do encontro o secretário de Agricultura, Candido Teles; a secretária da Mulher, Ericka Filippelli; a secretária de Turismo, Vanessa Chaves de Mendonça; a secretária de Esporte e Lazer, Giselle Ferreira de Oliveira; a vice-primeira-dama, Ana Paula Hoff, e a chefe do Escritório de Assuntos Internacionais do GDF, Renata Zurquim.

Também estavam presentes a deputada distrital Júlia Lucy, a diretora-executiva da Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer), Mariana Ferreira Matias, e representantes do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e do gabinete da deputada federal Bia Kicis.

Demandas

Quem iniciou as falas das representantes das mulheres rurais foi a produtora Noilde de Jesus, de Brazlândia, que destacou as demandas de saúde e autoestima das mulheres rurais. Ela falou das necessidades de atendimentos de ginecologistas e exames preventivos. Também destacou questões como sexualidade, gravidez precoce e planejamento familiar, principalmente para adolescentes, além de ações preventivas contra violência.

Aline Valério de Souza, do Paranoá, representante da região Leste, lembrou que muitas mulheres que moram na área rural gostariam de ter acesso à profissionalização em áreas não necessariamente ligadas à agricultura ou tradicionalmente ocupadas por mulheres.

5.268das 15.776 propriedades cadastradas na Emater-DF têm uma mulher à frente como proprietária ou coproprietária

“Nem todas as mulheres se identificam com artesanato, por exemplo. Então, gostaríamos de ter oportunidades em outras áreas”, lembrou, citando cursos como de eletricista, mecânica, manicure e cabeleireiro. Ela também falou muito dos jovens rurais, que precisam de atenção, cuidados com a saúde mental e profissionalização.

Zuila Ito, do Rio Preto, citou dificuldades na área da educação, transporte, educação e destacou a necessidade de profissionais como dentista, muito comuns na área urbana, mas que são raros na zona rural.

O acesso a atividades de cultura, lazer e esporte foi o tema de Mayara da Silva, também do Rio Preto. “A gente até quer fazer esporte. Às vezes alguém na comunidade se propõe a organizar um grupo de atividade física. Mas não tem lugar e nem um profissional que nos oriente a fazer do jeito certo”, contou.

Infraestrutura foi o assunto de Federica Cordeiro, da área rural de Ceilândia, e de Maria Ivonildes, do Núcleo Rural Alexandre Gusmão. Federica falou de transporte público coletivo e regularização fundiária, que são básicos para o bem-estar no campo. “A gente não quer sair do campo, a gente mora no campo com amor, mas precisa de umas coisas básicas para viver lá”, destacou Maria Ivonildes.

Ao final, as autoridades relataram ações realizadas no sentido de melhorar a vida no campo e ressaltaram o compromisso com a solução de demandas. A presidente da Emater-DF, Denise Fonseca, também destacou que algumas das ações já estão em andamento, mas reconheceu que muito ainda precisa ser realizado e se comprometeu a dar andamento para essas questões juntamente com outros órgãos do GDF.

Ela lembrou que o governador Ibaneis Rocha cobra constantemente que mais realizações sejam feitas no campo e tem dado todo aval para concretizações, como, por exemplo, as primeiras creches que serão implantadas no próximo ano.

*Com informações da Emater-DF

Fonte: Governo DF

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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