Saúde

Mulheres recebem prêmio por enfrentamento à covid-19

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A médica pneumologista e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Margareth Dalcomo foi a grande homenageada com o Prêmio Nise da Silveira – Mulheres que Abrem Espaço para o Amanhã, entregue hoje (19) pela prefeitura do Rio de Janeiro.

Criado em 2013 para homenagear mulheres cariocas que promovam ações de impacto na sociedade, neste ano o tema foi o enfrentamento à pandemia de covid-19.

Um dos principais nomes da ciência brasileira, durante a pandemia, Dalcomo integrou equipes científicas no Ministério da Saúde e no governo do Rio de Janeiro, no início da crise, além de aparecer com frequência na mídia para levar informações confiáveis à população.

A pesquisadora destacou que Nise da Silveira, responsável por revolucionar a saúde mental no país, é inspiração como médica, mulher e cidadã brasileira.

“Esse prêmio tem o nome da doutora Nise da Silveira, ela nasceu em 1905 e se formou em 1926 em uma turma em que era a única mulher entre 157 homens. Ela foi uma mulher fora de seu tempo, aquela alagoana pequenina, de aparência frágil, mas um gigante de pessoa, que enfrentou muitas dificuldades, quando a psiquiatria ainda utilizava métodos questionáveis. Na introdução de sua biografia, Marco Lucchesi define Nise como “os olhos de força e doçura e mãos do pintor El Greco”. Nise é uma inspiração para nós”, disse Margareth, ao receber a premiação.

Mulheres

Também receberam o prêmio, pela atuação em suas comunidades, Maria Luiza Mesquita, por educação ambiental no quilombo Cafundá Astrogilda em Vargem Grande; Deise Xavier dos Santos, presidente de organização não governamental (ONG) no Rio Comprido; Maria do Socorro Silva de Oliveira, presidente da Associação de Moradores da comunidade da Indiana; Maria Rosilda Pereira de Azevedo Moreira, da comunidade Praia da Rosa e presidente da Associação de Mulheres da Ilha do Governador; Renata Kelly dos Santos, agente comunitária de saúde e comunicadora da Cidade de Deus; Taís Almeida, do Coletivo Cavalcante-se, do bairro Cavalcanti; Flávia da Silva Pinto, do terreiro de umbanda Casa do Perdão, em Campo Grande; e Deva da Silva Ferreira, ex-agente comunitária de saúde da favela Santa Marta.

A secretária de Políticas e Promoção da Mulher, Joyce Trindade, afirmou que a intenção do prêmio é destacar mulheres que recontam suas histórias para escrever um futuro sem silenciamento.

“Muito obrigada às premiadas por terem feito tanta coisa por nós, por terem salvado vidas. Vocês se levantaram, nós nos levantamos e que a gente possa levantar muitas outras. Esse é o início de grandes futuros, onde nós, mulheres, iremos cada vez mais contar a história da cidade, a história do estado e a história do Brasil. Que a gente não perca mais esse lugar, que a gente possa cada vez mais fortalecer em união, em construção, potencializando, reconstruindo e cada vez mais revolucionando também. Desfrutem do amanhã, reconheçam suas histórias e nunca mais permitam que nos silenciem”, afirmou Joyce.

O prefeito Eduardo Paes lembrou que as mulheres estão na linha de frente nos cuidados e no enfrentamento à pandemia e, mesmo que o prêmio não fosse específico para mulheres, em se tratando de covid-19, com certeza elas também seriam as protagonistas.

“Isso mostra a força e a liderança da mulher em um Brasil que muda. Que ainda tem muita desigualdade, que ainda tem um longo caminho a percorrer nessas questões, é um país ainda cheio de preconceitos, que não consegue entender o diferente, o que pensa diferente, ter a capacidade de escutar e ouvir as vozes que são as que gritam nesse momento”, disse o prefeito.

Edição: Maria Claudia

Fonte: EBC Saúde

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Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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