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Morango doce, azedo ou suculento? Saiba quais são as variedades

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No Distrito Federal são plantadas 14 cultivares de morango, cada uma com sabor e características bem específicas | Fotos: Emater-DF

Sabe quando a gente vai ao mercado e encontra aquele morango do jeitinho que a gente gosta e volta para comprar de novo mas acaba levando para casa uma bandeja de sabor e consistência completamente diferentes?

É que, ao contrário do que ocorre com frutas como uva e maçã, que têm especificadas as cultivares nas embalagens, no morango essa informação não aparece. E a diferença entre alguns tipos é bastante grande.

No Distrito Federal, por exemplo, são plantadas 14 cultivares de morango, cada uma com sabor e características bem específicas. Como fazer, então, para descobrir qual a melhor para você?

A gerente de Desenvolvimento Agropecuário da Emater-DF, Adriana Nascimento, dá uma dica de ouro: comprar direto do produtor, nas feiras rurais ou por meio do site PõeNaCesta.

Neste fim de semana (dias 10, 11 e 12) também será possível fazer isso na 25ª Feira do Morango de Brasília, na Associação Rural e Cultural Alexandre de Gusmão (Arcag), em Brazlândia. No espaço da Morangolândia, apoiado pela Emater-DF, há 40 estandes de produtores vendendo morango in natura ou em forma de doces, geleias e licores. O evento funciona das 10h às 22h e o acesso é livre.

“Quando você compra direto do produtor, você pode perguntar qual a cultivar e suas características: se é mais doce, mais azedinho ou suculento. Aí você pode escolher conforme suas preferências”, recomenda.

Adriana lembra que o sabor, embora seja a característica mais marcante para o consumidor, não é o único critério que o produtor rural precisa levar em conta no momento de definir a cultivar. “Ele precisa considerar aspectos técnicos, como resistência às pragas e doenças, ciclo, época de plantio. Não tem como eles plantarem apenas frutos grandes e doces, por exemplo”, esclarece.

A Emater-DF preparou um glossário básico sobre as 14 cultivares encontradas no DF. Saiba mais abaixo:

Monterey – originária da Califórnia (Estados Unidos), foi desenvolvida em 2009. É uma planta vigorosa, exigindo maior espaçamento na hora do plantio  e possui frutos grandes, com média de 32 gramas, formato alongado e cor vermelho brilhante. São frutos bastante firmes com moderada resistência a doenças, porém suscetível ao míldio. São indicados para consumo in natura.

Albion – também da Califórnia, foi desenvolvida em 2004. A planta apresenta porte médio com folhas de tamanho e espessura maiores que as outras variedades. Apresenta bom rendimento e poucos picos na produção de frutos, facilitando a colheita. Os frutos são brilhantes, possuem cor vermelha escura e formato arredondado e alongado, com boa firmeza. Sua concentração de açúcar é elevada, e a indicação é para consumo in natura.

San Andreas – resultado do cruzamento da cultivar Albion, foi desenvolvida em 2009, na Califórnia. Planta de porte médio, possui perfil de resistência a doenças fúngicas e pragas. Os frutos apresentam cor vermelho-laranja, são grandes e longos, pesando entre 20 e 30 gramas, com boa firmeza, resistentes ao transporte e ao armazenamento pós-colheita. Indicado principalmente para a comercialização para o mercado in natura.

Aromas – originária do cruzamento de dois híbridos da Califórnia, foi desenvolvida em 1997. A planta possui densidade foliar média, com folhas de tamanho médio e formato de recorte arredondado. É relativamente resistente ao oídio. Os frutos apresentam coloração vermelho-escuro, com peso médio 24 a 26 gramas podendo chegar até 45 gramas. A polpa é firme, teores de açúcares, acidez, sabor e aroma são medianos, comparados com as cultivares Albion e Monterey. Apresenta boa qualidade tanto para o mercado in natura quanto para industrialização.

PRA Estiva – surgiu do cruzamento das cultivares Cartuno, Diamante e Aromas, no município de Estiva (MG). Destaca-se das demais variedades pela elevada produtividade, colheita precoce e ciclo prolongado de colheita, com excelentes características comerciais. Apresenta tolerância a principais pragas e doenças e conservação pós-colheita. Tem apresentado boa adaptação em plantios a céu aberto e em cultivos protegidos especialmente sob manejo semi-hidropônico. Seus frutos são firmes e resistentes, a polpa é de cor vermelha intensa, com aroma elevado.

Camino Real – da Califórnia, desenvolvida em 2001, a planta apresenta porte pequeno e compacto, com produção mais tardia. Possui boa polinização, apresenta tolerância aos danos causados por chuvas, além de tolerância à doença denominada Flor preta e suscetibilidade ao Botrytis. Seus frutos são grandes, média de 25 gramas, de cor interna e externa vermelho intenso, boa firmeza, resistentes ao transporte e armazenamento pós-colheita. Recomendada para mercado in natura e industrialização.

Camarosa – é da Califórnia e foi desenvolvida em 1992. Se adapta em diversas regiões produtoras. No entanto, é sensível ao Oídio. Susceptível à mancha de micosfarela (Mycosphaerella fragariae), à antracnose (Colletotrichum fragariae e Colletotrichum acutatum) e ao mofo cinzento (Botrytis cinerea). Seus frutos são grandes, com massa média de aproximadamente 20 gramas, de cor interna e externa vermelho intenso, sabor subácido. Indicada para o consumo in natura e para a industrialização.

OSO Grande – planta vigorosa, com folhas grandes e de coloração verde escura; ciclo mediano e elevada capacidade produtiva. Tolerante ao mofo cinzento (Botrytis cinerea) e susceptível à mancha de micosfarela (Mycosphaerella fragariae) e à antracnose (Colletotrichum fragariae e Colletotrichum acutatum).Cultivar para mesa com frutos de tamanho grande, polpa de textura firme no início da produção e mediana no final da colheita, de coloração vermelha clara e aromática, epiderme vermelha clara e doces. Própria para consumo in natura.

Dover – desenvolvida em 1979 na Flórida (Estados Unidos), é uma cultivar de mesa, com produtividade alta, frutos firmes de boa conservação pós-colheita, de coloração vermelha intensa, porém ácidos. Apresenta alta sensibilidade ao ataque de doenças bacterianas, tolerância a fungos de solo. Adequada para mercados distantes das áreas de produção.

A verdadeira fruta do morangueiro são aqueles pontos amarelinhos ou pretinhos que vemos do lado de fora dos morangos

Festival – também com origem na Flórida, foi desenvolvida em 2000. Considerada como uma cultivar precoce, de alta produtividade, apresenta frutos grandes, firmes, de coloração vermelha intensa e excelente aroma e sabor. Planta com excelente resistência às enfermidades, tanto foliares como radiculares. Mantém a forma e tamanho durante todo o ciclo produtivo. Boa produção no segundo ano. Própria para consumo in natura.

Pircinque – cultivar italiana, desenvolvida em 2006, difundida comercialmente em 2010. Com baixa exigência em frio, tem maturação de frutos precoce e muito bem adaptada às condições meridionais de cultivo, apresenta plantas com elevado vigor principalmente em solos bastante férteis, sendo necessário adequado aporte nutricional. Frutos de formato cônico alongado e elevada massa média durante todo o período de produção, muito regular, elevada firmeza, coloração  e polpa vermelha brilhante, consistência elevada, média acidez e muito doce.

Portola – originária da Califórnia, é resultado do cruzamento de Camino Real  e Ventana. Planta com vigor semelhante ao Camino Real, com alto rendimento, e semelhantes em tamanho a Camino Real. Cultivar moderadamente resistente a oídio, antracnose, podridão da coroa e murcha de Verticillium, porém, moderadamente suscetível à Phytophthora, podridão da coroa, e da mancha comum, tolerância condicional ao ácaro rajado. Considerada a mais produtiva das cultivares neutras, própria para consumo in natura, apresenta fruto de cor vermelho brilhante, grande, e peso médio de 30g, forma cônica curta, coloração de polpa também vermelho brilhante.

Sabrina – de origem espanhola, tem boa adaptação local. Desde o início de seu cultivo no país, tem tido grande aceitação de mercado. Frutos com características muito típicas, de coloração vermelho intenso, são muito doces, suculentos, carnosos e firmes. Cultivar própria para consumo in natura e que se adapta ao cultivo hidropônico.

Fronteras – cultivar de morango da Califórnia, lançada em 2014. Demonstra características importantes de resistência a doenças, como à murcha de Fusarium e tem um maior nível de resistência à murcha de Verticillium e Phytophthora do que outras cultivares de dias curtos. Apresenta plantas grandes e vigorosas e frutos grandes, vermelho brilhante, cônicos e firmes.

* Com informações da Emater-DF

Fonte: Governo DF

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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