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Mesmo na pandemia, aulas continuam no sistema prisional

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Dois adolescentes em conflito com a lei do Distrito Federal obtiveram boas notas no último Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade e Jovens sob medida Socioeducativa (Enem PPL). Atualmente, disputam vagas na universidade pelo Sistema de Seleção Unificado (Sisu).

“Especialmente no sistema prisional, a educação contribui diretamente com o processo de ressocialização” Lilian Sena, diretora de Educação de Jovens e Adultos

Eles não são os únicos casos de pessoas buscando na educação a reabilitação de suas vidas. O Distrito Federal tem seis unidades prisionais, todas com núcleos de ensino atendidos pelo Centro Educacional (CED) 01 de Brasília. A Educação de Jovens e Adultos (EJA) atende turmas de todos os segmentos de educação dentro do sistema prisional. 

Durante a pandemia, os estudantes se mantêm ocupados. Eles não podem usar equipamentos eletrônicos. Por isso, os professores do CED ofereceram material pedagógico impresso. Segundo a diretora de EJA, Lilian Sena, mesmo em um cenário adverso, a continuidade das atividades escolares é essencial dentro de um processo contínuo de ressocialização. 

“Precisamos considerar que a educaçãé um direito humano e fundamental na constituição de pessoas autônomas e críticas”, pontua. “Especialmente no sistema prisional, a educação contribui diretamente com o processo de ressocialização desses custodiados.” 

Ao entrar e sair das unidades, os materiais passam por um processo de quarentena que dura uma semana| Foto: Divulgação/Secretaria de Educação

Os professores preparam os materiais etiquetando o nome de cada estudante nas respectivas pastas. Assim, seguem a logística de entrega quinzenal dentro das penitenciárias. Ao entrar e sair das unidades, os materiais passam por um processo de quarentena que dura uma semana e são manuseados por policiais penais na entrada e saída do local. 

 Educação como meio transformador 

De acordo com o diretor do Centro Educacional 01 de Brasília, Wagdo Martins, neste momento de pandemia, é de extrema relevância a garantia de direitos. “Como escola responsável pelo atendimento aos estudantes do sistema prisional do DF, temos o dever de manter as atividades educacionais para o atendimento aos nossos alunos”, destaca. “No caso da impossibilidade de atuar de forma presencial, é primordial a garantia das aulas pelo material impresso, que é a forma mais adequada para esse público”.

Ainda segundo Wagdo, foi elaborado um documento para acompanhar os materiais, com o qual os estudantes podem enviar dúvidas relacionadas ao conteúdo, assim como as dificuldades de aprendizagem. No final de 2020, após avaliação institucional, foi constatado que os recursos utilizados proporcionaram um resultado positivo.

“A educação prisional tem o papel de proporcionar ao reeducando o resgate da autoestima como ser humano e, ao mesmo tempo, de possibilitar o conhecimento e o exercício da cidadania, com intuito de mediar um retorno mais digno para a construção de uma sociedade justa, humana e capaz de acolher essas pessoas”, conclui o diretor.

* Com informações da Secretaria de Educação

Fonte: Governo DF

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Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

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No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

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