Distrito Federal

Mercadinho virou biblioteca na Asa Sul

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Biblioteca foi construída graças à mobilização da comunidade | Fotos: Divulgação/Secec

Se a Biblioteca Pública de Brasília (BPB) fosse um livro, sua história começaria assim: “Era uma vez um mercadinho que ficou muito triste. Desativado, estava com suas estantes vazias. Certo dia, a comunidade que sentia fome de leitura teve uma ideia. Encheu o espaço com uma valiosa mercadoria: livros de toda a natureza”.

20 mil volumes, aproximadamente, compõem o acervo da Biblioteca Pública de Brasília

Com um rico acervo, a BPB comemora, na sexta-feira (12), 31 anos de existência. “Hoje, a Biblioteca Pública de Brasília cumpre o papel de transmitir conhecimento à sociedade e preservar a sua memória”, comemora o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. “Saúdo os servidores e servidoras que, ao longo desses 31 anos, zelam por esse importante equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa [Secec].”

Localizada na Entrequadra 312/313 Sul, a BPB tem 313 m2 quadrados e conta com um acervo de cerca de 20 mil obras para consultas locais e empréstimos. No momento, segue fechada, por causa das medidas de isolamento social.  Além de atender a comunidade, a BPB também contabiliza diversos projetos educativos e culturais destinados à população, como os mais recentes, lançados em 2019 – Roda de Choro e Meditação na Biblioteca.

Um espaço dedicado ao público infantil também faz parte das instalações

Após passar por uma reforma em 2017, o espaço foi reinaugurado e, em 2018, ganhou reparos e recursos tecnológicos para oferecer aos usuários. Com as obras, o equipamento passou a contar com Setor de Referência, Jardim de Leitura, Espaço Infantil, Setor Administrativo e o Telecentro, oferecendo computadores e wi-fi, além de 24 cabines de estudo individuais.

Dia do Bibliotecário

“Da fome do povo por cultura nasceu a Biblioteca Pública de Brasília, um verdadeiro milagre cultural” Sheila Gualberto, gerente da BPB

Símbolo da ação da comunidade local, a Biblioteca Pública de Brasília abriu as portas em 12 de março de 1990, no Dia do Bibliotecário. Com a missão de converter prateleiras de alimentos em estantes de livros, as bibliotecárias Neusa Dourado e Telma Bandeira conseguiram transformar um mercadinho desativado da Sociedade de Abastecimento de Brasília em um equipamento cultural na Asa Sul.

A iniciativa tomou força por meio do Movimento Associativo, representado à época pela bibliotecária Iza Antunes, que elaborou um abaixo-assinado com mais de mil assinaturas da comunidade, solicitando esforços do governo local na criação de uma biblioteca. “Da fome do povo por cultura nasceu a Biblioteca Pública de Brasília, um verdadeiro milagre cultural,” ressalta a atual gerente do espaço, Sheila Gualberto.

Vizinha da BPB, Iza Antunes acompanhou a criação do espaço.  “Os bibliotecários, moradores e comerciantes da nossa quadra se juntaram para montar o espaço com livros de doações”, lembra. “Hoje, a BPB é um ambiente moderno e de diversidade cultural. É um ambiente que está na minha vida, dos meus filhos e netos”.

Transformação social

Diariamente, 1,2 livros e revistas passam por triagem, higienização e catalogação na BPB

A bibliotecária Rosa Maria também participou do planejamento e execução da criação da BPB. “Fui convidada para trabalhar com Neusa Dourado em 1987, ainda antes da Biblioteca Pública”, recorda. “Neusa abraçou o desafio, as dificuldades e tornou sonhos possíveis. Fizemos um espaço de transformação social de forma artesanal, com luta, garra, motivação e apoio da comunidade”.

Além das inúmeras competências de uma biblioteca “de bairro” que acolhe a comunidade com diversas atividades culturais, a BPB é recordista de doações de livros no Distrito Federal, movimentando diariamente uma média de 1,2 mil livros e revistas que passam por triagem, higienização e catalogação. Atualmente, a BPB fornece alguns dos volumes recebidos por meio de doação ao acervo itinerante do Programa Mala do Livro, fruto de parceria entre a Secec e a Biblioteca Nacional de Brasília (BNB).

“Quando você aumenta a frequência de utilização da biblioteca, ao mesmo tempo você ganha um aliado, seja na defesa do livro, seja da leitura, seja do usuário”, resume a gerente da BPB. “Biblioteca Pública é lugar de reencontro e congraçamento”.

*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

Fonte: Governo DF

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Distrito Federal

Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

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No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

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