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Meio ambiente ganha mais espaço com inovação tecnológica
A inovação tecnológica está se consolidando como frente de atuação do Governo do Distrito Federal (GDF) para a integração das políticas socioambientais. A opinião é do titular da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), Sarney Filho, que participou do webinário “Diálogos do Cerrado: restauração e monitoramento” e do lançamento do aplicativo Radis Cerrado. “A ferramenta vem contribuir na construção do caminho para uma gestão ambiental mais transparente e participativa”, afirmou.
O aplicativo foi desenvolvido pelo Centro de Gestão e Inovação da Agricultura Familiar da Universidade de Brasília (Cegafi/UnB) e da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), com apoio da Sema, Brasília Ambiental, Embrapa, Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), CEPF Cerrado e Rede Bartô.
“A ferramenta vem contribuir na construção do caminho para uma gestão ambiental mais transparente e participativa”Sarney Filho, secretário do Meio Ambiente
Para o coordenador do Fundo de Parcerias para Ecossistemas Críticos (CEPF Cerrado), Michael Becker, os agricultores de pequeno, médio e grande porte terão no Radis uma possibilidade a mais para monitorar os esforços de restauração. “A ferramenta vai ajudar na implementação do Novo Código Florestal, facilitando a aplicação da lei e o seu cumprimento”, completou.
O objetivo do Radis Cerrado, disponível em sistema android, é promover e fortalecer as cadeias produtivas associadas ao uso sustentável dos recursos naturais e restauração ecológica, apoiando, dessa forma, processos de recomposição da vegetação e regularização ambiental.
Por meio do Radis, será possível realizar a coleta de dados de indicadores ecológicos para o monitoramento da recomposição nativa, conforme normas do Distrito Federal e dados socioprodutivos voltados para pequenos agricultores e populações tradicionais. O projeto também prevê a abertura de portal para sistematização de dados de regularização ambiental.
Também participaram dos debates o pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Daniel Vieira, o deputado e coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista do Congresso Nacional, Rodrigo Agostinho, e o advogado e ambientalista, André Lima.
Sisdia
Na oportunidade, o secretário ofereceu apoio da Sema para que o projeto Radis Cerrado interaja com o Sistema Distrital de Informações Ambientais (Sisdia), que fornece acesso às informações e recursos do sistema, que já estavam disponíveis para diversos órgãos parceiros.
O Sisdia é uma plataforma de inteligência ambiental-territorial desenvolvida pela Secretaria do Meio Ambiente, visando à sustentabilidade no Distrito Federal. “O portal, por sua vez, foi planejado para promover a comunicação entre governo e sociedade. Outros estados possuem bancos de dados espaciais ambientais, mas o GDF é pioneiro na construção de um portal aberto a qualquer cidadão”, afirmou.
Proteção
Sarney Filho explica que a Sema atua de acordo com a necessidade de concentrar esforços para a proteção de nascentes e mananciais, recuperação da vegetação nativa visando a uma maior disponibilidade hídrica, implantação de sistemas agroflorestais, educação ambiental e capacitação técnica para que os agricultores utilizem de boas práticas, que valorizam a produção ao tempo que diminuem o consumo de água. “Do mesmo modo, temos subsídios mais robustos para a orientação de novas realizações, como o desenvolvimento de sumidouros de carbono”.
*Com informações da Secretaria do Meio Ambiente
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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha
Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.
A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.
Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.
Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.
Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.
Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.
ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.
“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.
NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:
Balanço de atendimentos
- Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
- Equipes volantes: 548
- Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
- Remoções aéreas: 25
- Atendimentos psicossociais: 22
Força de trabalho:
- 134 profissionais em atuação;
- 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
- 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
- 62 profissionais no HCamp;
- 19 profissionais de gestão;
- 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)
Recursos aplicados:
- Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
- Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
- Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
- Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
- Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.
IMUNOGLOBULINA — O Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.
Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.
“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.