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Matérias do Governo avançam em Plenário nesta 4ª-feira na Alego

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Dando prosseguimento aos trabalhos parlamentares da semana, os deputados da Alego se reuniram em duas sessões plenárias, uma ordinária e, a outra, extraordinária, na tarde desta quarta-feira, 7. No total, 88 matérias foram apreciadas, sendo 68 vetos, nove projetos em primeira fase de votações e 11 em etapa final.

Os trabalhos da sessão ordinária foram comandados pelo presidente em exercício, deputado Henrique Arantes (MDB). Já a sessão extraordinária foi presidida, interinamente, pelo deputado Álvaro Guimarães (UB). Confira, abaixo, as principais matérias abordadas em cada encontro:

Sessão extraordinária

Durante a sessão extraordinária, três projetos retornados das comissões de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) e Mista foram colocados em pauta.

A proposta de alteração de jornada de trabalho de servidores da Educação recebeu aprovação em primeira fase. O projeto nº 10882/22, do Executivo, pretende alterar a Lei n° 13.909/ 2001, que dispõe sobre o Estatuto e o Plano de Cargos e Vencimentos do Pessoal do Magistério e também modificar outras normas relativas à jornada de trabalho dos profissionais da Secretaria de Estado da Educação (Seduc).

A propositura havia sido incluída na Ordem do Dia da sessão ordinária, mas recebeu emendas dos deputados Antônio Gomide (PT), Delegada Adriana Accorsi (PT), Delegado Eduardo Prado (PL) e Paulo Cezar (PL), e precisou passar por análise da CCJ. O colegiado manteve o texto original

Votaram contra a matéria, na sessão, os deputados Paulo Cezar (PL), Major Araújo (PL), Antônio Gomide (PT), Delegada Adriana Accorsi (PT), Delegado Eduardo Prado (PL) e Alysson Lima (PSB). O projeto, entretanto, foi aprovado e precisa passar por mais uma fase de discussão e votação na Casa, antes de poder seguir para a sanção do governador Ronaldo Caiado (UB).

A Seduc esclarece que, na rede estadual de educação, as aulas são de 50 minutos, no entanto, o professor da referida rede poderá ministrar até 32 aulas de 50 minutos em classe, sem extrapolar o máximo de dois terços de sua carga horária.

Segundo a Secretaria, a mudança proposta é necessária porque, atualmente, os professores que fazem a jornada de 40 horas semanais têm sua carga horária convertida em 28 aulas e 12 horas-atividade, ou seja, 30% da jornada de trabalho. Essa jornada é transformada em 210 horas mensais e não em 200 horas mensais, por simples questões matemáticas decorrentes da interpretação dessa lei ao longo dos anos pela pasta.

A carga horária mensal dos professores é fixada pelo número de aulas semanais. Diante da divergência entre a jornada mensal de 210 horas mensais e 200 horas, muitas ações judiciais foram propostas para o pagamento de possíveis horas excedentes. Portanto, na visão da pasta, a alteração legislativa se faz necessária para constar no Estatuto do Magistério que a jornada mensal do professor não ultrapassa 200 horas.

A proposta contempla, ainda, argumentação de que a modificação não irá provocar prejuízos financeiros aos professores, apenas a regularização na forma de lançamento da rubrica da carga horária de quarenta horas semanais, equivalente a duzentas horas mensais.

Também recebeu o primeiro sinal verde do Plenário a proposta de 10883/22, da Governadoria, que sugere alterar a Lei nº 15.503/2005, a qual dispõe sobre a qualificação de entidades como organizações sociais (OS) estaduais, disciplina o procedimento de chamamento e seleção públicos.

O líder do Governo, deputado Bruno Peixoto (UB), defendeu a aprovação da matéria, que permite ao Governo prorrogar contratos com OS na área de Saúde. “Estamos dando ao governador a prerrogativa para que ele possa renovar os convênios com as OS sérias e extinguir com as que não são”, ressaltou.

Os deputados Delegada Adriana Accorsi, Antônio Gomide, Major Araújo, Paulo Cezar e Delegado Eduardo Prado votaram contra o projeto.

Por fim, foi avalizada em primeira fase a sugestão de instituir, na Delegacia-Geral da Polícia Civil de Goiás, o cadastro estadual de pessoas investigadas pela prática de crimes contra a dignidade sexual. O projeto10884/22 não recebeu nenhum voto contrário.

Sessão ordinária

Entre os destaques da sessão ordinária está a aprovação definitiva de três projetos encaminhados pelo Executivo.

A primeira dessas matérias é referente ao projeto de lei nº 10866/22, que trata da instituição do Bônus por Resultado no âmbito da Secretaria de Estado da Educação (Seduc). A gratificação será concedida aos servidores em efetivo exercício na pasta, exclusivamente nos meses de dezembro de 2022 e janeiro de 2023.  De acordo com a matéria, a bonificação possui natureza remuneratória e destina-se a estimular a formação intelectual dos alunos, bem como os bons resultados de suas avaliações estaduais e nacionais. 

O valor a ser concedido chegará a 105% da remuneração ou do subsídio do servidor beneficiário. A Seduc aponta que os recursos orçamentários e financeiros para o cumprimento da medida atingem o valor total de R$ 213.651.255,23 e dispõem de dotação específica. Serão destinados R$ 171.273.374,18 para a parcela de dezembro de 2022 e R$ 42.377.881,05 para janeiro de 2023, sendo R$ 41.973.642,87 referente à parcela remuneratória e o montante de R$ 404.238,19 de despesa indenizatória. 

O projeto de lei nº 10867/22 visa alterar a Lei nº 21.003, de 5 de maio de 2021, que trata da criação do programa Crédito Social. O objetivo é definir especificidades para a divisão das despesas decorrentes do disposto, entre as Secretarias de Estado de Desenvolvimento Social (Seds), de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e da Retomada (SER).

Já a propositura n° 10868/22 visa autorizar a abertura de crédito especial ao Fundo Previdenciário e ao Fundo Estadual de Assistência Social até o valor de R$ 1.971.312,07. Conforme a matéria, o crédito será distribuído da seguinte forma: R$ 1.434.812,07 ao Fundo Previdenciário e R$ 536.500,00 ao Fundo Estadual de Assistência Social.

Iniciativas de parlamentares

Oito projetos de lei de deputados da Alego receberam aval definitivo durante a sessão ordinária. Destes, três são propostas do deputado Coronel Adailton (PRTB). O texto de nº 5150/21 busca reduzir em 10% o valor da taxa de licenciamento anual, em razão do fim da emissão em papel moeda dos Certificados de Registro e Licenciamento de Veículos, adotada pelo órgão estadual de trânsito de Goiás.

O valor atual para emissão do licenciamento de veículos é de R$ 217,351. Com os 10% de desconto, os proprietários de veículos em Goiás passarão a pagar o valor de R$ 195,61 para emissão do licenciamento anual.

Já o protocolado com o nº 4479/21 sugere o reconhecimento da pamonha como Patrimônio Cultural e Imaterial Goiano. Por fim, o de nº 3747/19 tem o objetivo alterar a Lei nº 8.125, de 18 de junho de 1976, a qual trata da organização básica da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO). Conforme justificativa da propositura, os policiais militares convocados atualmente “são indevidamente considerados como quadro permanente, o que acarreta consideráveis prejuízos para o desenvolvimento da carreira”, visto que, de acordo com o texto, o quadro, para efeito de vagas a serem preenchidas em promoções naturalmente permanece como ocupado. 

O título de “Capital do Ciclismo” para Bela Vista de Goiás, sugestão de Rafael Gouveia (Republicanos) com o nº 7747/19, e a inclusão no Calendário Cívico e Cultural de Goiás da Romaria de Carros de Bois, realizada em Trindade, proposta da Delegada Adriana Accorsi (PT) (nº 3755/19).

Vetos

Durante a sessão ordinária, o deputado Henrique Arantes (MDB), no exercício da presidência, consultou o Plenário sobre a apreciação conjunta de vetos encaminhados pela Governadoria a projetos de iniciativa parlamentar, o que foi aceito. Assim, com o placar de 21 votos “sim” e seis “não”, o bloco de 67 vetos foi mantido.

Vale lembrar que, conforme o Regimento Interno, a análise de vetos é feita em votação única e secreta, necessitando de ao menos 21 votos contrários para derrubar o veto.

Um outro veto, de nº 10833/22, ao autógrafo de lei de Cairo Salim (PSD) que buscava facilitar a compra de soda cáustica pelo consumidor goiano, também foi mantido pela Casa. Este foi analisado separadamente e o resultado registrou 17 votos favoráveis e sete contrários.

Fonte: Assembleia Legislativa de GO

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“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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