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Mais de 2 mil sequenciamentos genômicos foram feitos pelo Lacen

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Referência no Centro-Oeste, o Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) tem desempenhado papel fundamental ao longo da pandemia. Após os primeiros casos de covid-19 que surgiram no DF, em março de 2020, o laboratório passou a funcionar 24 horas por dia para atender, de forma mais célere, às demandas por exames na rede pública de saúde do DF.

Este ano, o Lacen passou a estudar as cepas variantes da covid-19 e, até o momento, 2.374 análises já foram realizadas.

Com a ampliação do trabalho desempenhado no laboratório, os servidores passaram a dedicar mais horas do seu dia ao trabalho. Alguns, inclusive, abdicaram, por iniciativa própria, do convívio familiar para se dedicar ao estudo das variantes da covid-19, em nome da ciência.

O início  

De março de 2020, até agora, o Lacen-DF já realizou 428.698 diagnósticos de exames para covid-19. Os testes são realizados diariamente e chegam ao laboratório pelas unidades de saúde pública do DF | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Em fevereiro, o Lacen-DF iniciou o trabalho de sequenciamento genômico para identificar as novas variantes do Sars-CoV-2. Todas as amostras antes eram enviadas para o sequenciamento no Instituto Adolfo Lutz – laboratório de referência indicado pelo Ministério da Saúde -, e o resultado poderia levar semanas.

Com as análises sendo realizadas no próprio Lacen-DF, o tempo-resposta dos casos passou a ser mais rápido. Em até cinco dias é possível obter o resultado dos exames analisados.

É com base nesses sequenciamentos que a Secretaria de Saúde consegue fazer a avaliação epidemiológica da origem dos casos das novas variantes, identificar a predominância no DF e também quando a nova cepa passa a ser de transmissão comunitária, o que ocorreu com a variante Delta e, mais recentemente, com a Ômicron.

O trabalho no Lacen-DF não para e, com a pandemia, passou a ser intensificado. O farmacêutico Brenno Vinícius Martins tenta descrever como foram os primeiros meses do ano passado trabalhando no laboratório. “Eu confesso que a adaptação foi muito difícil. Passei a trabalhar quase todos os finais de semana. Eu tive que mudar de setor para ajudar a equipe que realiza os diagnósticos dos exames de covid-19. O trabalho demandou muito mais atenção e senti o conflito entre ter que administrar a vida profissional com a vida pessoal”, explicou.

Brenno também tem atuado nos resultados dos sequenciamentos genômicos e entende o papel do seu trabalho durante a pandemia. “Me sinto muito cansado com o trabalho, mas fico feliz em saber que eu tenho ajudado de certa forma em dar uma resposta à população no combate à covid-19, e me dedicando para que os resultados saiam o mais rápido possível. Hoje eu carrego a esperança de dias melhores, mas com a preocupação com a nova variante”, destaca.

Com as análises sendo realizadas no próprio Lacen-DF, o tempo-resposta dos casos passou a ser mais rápido. Em até cinco dias é possível obter o resultado dos exames analisados

Para a técnica de laboratório do Lacen-DF, Eliane Maria dos Santos, a esperança é a palavra-chave para iniciar o próximo ano. Eliana também teve que mudar de setor para ajudar a equipe de diagnósticos da covid-19. A técnica, que trabalha há 20 anos no laboratório central, também sentiu um certo cansaço com o aumento de trabalho.

“O início foi muito puxado, era tudo novo. A volta para casa para mim era muito difícil, pois eu tenho um filho com diabetes tipo 1. Então eu tinha que entrar pela área de serviço e fazer toda a higienização. Eu fiquei meses sem abraçar o meu filho e só conversava com ele em casa usando máscara e com distanciamento. Eu tinha muito medo de me infectar e transmitir para ele”, conta.

Eliane tem para o próximo ano o sentimento de dias melhores. “Eu pude observar a diminuição da positividade dos diagnósticos à medida que a vacinação foi avançando. Então isso me traz esperança de que, por mais que ainda tenhamos o vírus circulando, que ao menos seja diferente do cenário que já vivenciamos. O meu recado hoje é que as pessoas se vacinem, não baixem a guarda ainda, e continue tomando os cuidados necessários. Eu perdi a minha irmã para a covid-19 e ela não teve a oportunidade de receber a vacina. Então eu falo para a família, amigos e para todos, que temos que vacinar para vencer essa luta”, pondera.

De março de 2020, até agora, o Lacen-DF já realizou 428.698 diagnósticos de exames para covid-19. Os testes são realizados diariamente e chegam ao laboratório pelas unidades de saúde pública do DF.

*Com informações da Secretaria de Saúde
Fonte: Governo DF

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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