Geral

Madeiras de faixas de propaganda são reutilizáveis em viveiro

Publicado

em


Reciclar significa uma nova oportunidade de trabalho. Em Águas Claras, o grande volume de peças publicitárias (faixas) irregulares recolhidas diariamente pelas ruas da cidade ganha novo sentido em um viveiro do parque ecológico local. É que as estacas usadas para hastear os anúncios são reaproveitadas como tutores de plantas – funcionam como “guardiões” das mudas que um dia vão crescer e virar árvores.

Pedaços de madeiras usados para segurar faixas de propagandas irregulares são reutilizados como estacas para mudas | Foto: Tony de Oliveira/Agência Brasília

“Quando essas madeiras chegam aqui, são preparadas para serem usadas como tutores das plantas, direcionando o crescimento das mudas para que elas não fiquem tortas”, explica o administrador do Parque Ecológico de Águas Claras, José Reis. “As estacas amarradas nas plantas, além de dar suporte, servem como sinalizadores, evitando que as pessoas pisem nas mudas quando elas ainda estão pequenas no período da roçagem.”

Uma média de 100 a 200 faixas é colocada de forma ilegal pelas ruas da cidade, sendo recolhidas todos os dias pelos servidores da Administração Regional de Águas Claras, em parceria com agentes da secretaria DF Legal. O material fica acumulado no pátio da administração e encaminhado não apenas para o Parque de Águas Claras, mas, de acordo com a demanda, também para os bosques do Areal, Samambaia e Recanto das Emas.

Até bem pouco tempo atrás, os tecidos utilizados na confecção dos anúncios eram retirados das estacas e doados para organizações não governamentais, que os reaproveitavam na fabricação de artesanato como bolsas e mochilas. “Mas isso era quando o lixão da Estrutural recebia material reciclável e orgânico”, conta o gerente de Obras da administração de Águas Claras, Norberto Duarte de Souza. “Agora, fazemos o descarte do pano junto com o material pesado, como restos de construção e poda de árvores. Toda a madeira vai para os parques”.

A parceria entre os parques e a Administração de Águas Claras existe desde 2019. Segundo José Reis, além do fator econômico, a iniciativa tem um viés sustentável. “Não temos verbas para aquisição dos suportes das mudas; foi uma forma encontrada de aproveitar o que ia ser jogado fora e ficar apodrecendo anos no lixão. Aqui a madeira tem utilidade simples, mas eficiente”, emenda.

Coordenadora de mais de 100 voluntários do viveiro do Parque Ecológico de Águas Claras, a maioria moradores da cidade, Rosa Coalho, 57 anos, dedica-se à causa com paixão – algo estampado no peito de uma camiseta que usa com frequência: “Eu amo, eu cuido”. É o que ela faz com cada uma das estacas recolhidas nas ruas cedidas pela administração, carinhosamente enlaçadas com milhares de espécies de buriti, araçá, pitaya, babosa, roseira, graviola, pequi-do-cerrado, copaíba, uvaia, jatobá, bacupari e tantas outras mudas do local.

“Aqui se aproveita tudo, nada é jogado fora. Das garrafas de vidro fazemos calçadas; as garrafas pet, usamos como pote para as mudas e as madeiras funcionam como esteio das plantas que estão em fase de crescimento”, conta ela. “Nossa missão é manter a cidade limpa, e essa parceria com os parques é uma ação eficiente para melhorar a situação da poluição visual na cidade”, reforça o administrador da cidade, André Queiroz.

Fonte: Governo DF

Comentários do Facebook

Geral

Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

Publicados

em

Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

Comentários do Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA