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Luz de qualidade promove redução da violência no DF

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Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Luz de qualidade para quem tem uma emergência hospitalar durante a noite, para quem se dirige à delegacia na madrugada ou para quem quer apenas se divertir. Isso é o que oferece o programa Luz que Protege, da Companhia Energética de Brasília (CEB), responsável pela iluminação pública da capital. A iniciativa de sucesso que reduziu a violência na cidade e prevê a troca das lâmpadas de vapor de sódio por LED teve início com a comparação entre o Mapa do Distúrbio, elaborado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), e as áreas de maior violência na cidade.

De acordo com o presidente da CEB Iluminação Pública, Edison Garcia, a maior violência acontecia justamente nos locais mais mal iluminados. A partir daí, teve início a melhoria na qualidade da iluminação da cidade. O DF registrou em 2020 e em 2021 as maiores reduções de violência dos últimos 41 anos. Ano passado, o DF teve a maior queda percentual de homicídios do Brasil (13,4%), comparado a 2019, de acordo com o Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Além de melhorar a iluminação na cidade, a CEB segue com projetos arrojados. No momento, segundo Garcia, a empresa está se preparando para, em médio prazo, trocar a matriz energética dos prédios públicos do governo local. De acordo com o presidente da empresa, num período médio de tempo, toda a energia consumida pelos órgãos públicos do Governo do Distrito Federal será solar. O projeto, que está já em andamento, prevê a construção de duas usinas fotovoltaicas de 150 megawatts cada uma. A iniciativa cumpre a Lei 6.891/2021, sancionada pelo governador Ibaneis Rocha, que estabelece que, até 2030, 75% da energia consumida por todos os prédios públicos do DF deverá ser de origem limpa.

“A gente quer trazer para Brasília dois projetos nos quais estamos trabalhando, que são usinas fotovoltaicas. Estamos avaliando a construção de usinas de 100 a 150 megawatts, usinas grandes, a serem construídas em terrenos de 200 hectares. Essas usinas vão gerar energia solar. Nosso foco é buscar em médio prazo gerar 100 % de todo o consumo de energia dos prédios públicos GDF”, garantiu Edison Garcia.

Segundo o presidente da CEB, os principais consumidores de energia no governo local são a Companhia de Água e Esgoto de Brasília (Caesb) e o Metrô. De acordo com ele, cada usina deverá custar entre R$ 250 milhões e R$ 300 milhões. A primeira delas será financiada com 55 milhões de euros (R$ 349 milhões), fruto de um financiamento junto ao banco dos Brics, o NDB.

Edison Garcia disse que também serão investidos recursos próprios da empresa, resultado da privatização de parte da holding (CEB Distribuidora), além de participação da iniciativa privada. “A ideia é ter parceiros que, juntamente conosco, financiem as usinas fotovoltaicas”, destacou.

Confira os principais trechos da entrevista

Depois da privatização da CEB Distribuidora, o que a CEB Iluminação Pública e Serviços tem oferecido à população do DF?
Com os investimentos que serão feitos e com uma gestão mais ágil, a distribuidora prestará um serviço melhor e dará um futuro de mais tranquilidade no fornecimento de energia. Quanto à iluminação pública, digo com certeza que a população se sente mais segura quando tem áreas mais iluminadas. Hoje, as pessoas possuem um novo padrão de qualidade em termos de iluminação, devido às lâmpadas de LED que estão substituindo as de vapor de sódio.

Qual foi o critério estabelecido para a troca da iluminação antiga pela de LED?
A pergunta a ser feita é: onde você precisa de luz à meia-noite, às duas horas da manhã? E a resposta é: na porta de um hospital, de uma delegacia ou mesmo numa balada. Começamos a pensar onde precisávamos ter iluminação na madrugada. Numa conversa com o ex-secretário de Segurança Pública e atual ministro da Justiça Anderson Torres, sobre como reduzir a violência com iluminação pública, ele nos apresentou o Mapa do Distúrbio, feito pela Secretaria de Segurança. Quando fizemos a sobreposição do mapa com a qualidade da iluminação, havia uma coincidência entre as áreas com falta de luz e os casos de violência. Assim, lançamos em 2019, o programa Luz que Protege, que buscou esses pontos e procurou mitigar ali a falta de luz.

Já é possível dizer que iluminação contribuiu para a redução da violência no DF?
O prefeito da 407 Norte esteve comigo para dizer da felicidade pela redução da violência e de furtos de veículos na quadra, devido à instalação da iluminação de LED. Tinha gente que escalava os prédios da quadra para furtar os apartamentos do primeiro andar. É grande a demanda da população por luz de LED. Para trocar as 305 mil lâmpadas que ainda faltam, precisaríamos de cerca de R$ 300 milhões. A CEB Iluminação Pública vai captar recursos que possibilitem fazer o investimento em dois anos, e trocar 100% das lâmpadas do DF. A fonte será o banco do Brics, o NDB, e investimentos por meio de parcerias público-privadas.

Fonte: Governo DF

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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